tag:blogger.com,1999:blog-48829419482775289752024-03-10T02:45:45.277+00:00Pippa CocoUm blog sobre a actualidade política. Estudos macro-económicos. Agricultura. Fórmula 1. Futebol. Gajas boas. Ou sobre nada disso. Descubram vocês.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.comBlogger1073125tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-4021787629733099672020-02-05T12:07:00.002+00:002020-02-05T12:07:26.127+00:00Faltam-me as Palavras<br />
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Ainda me lembro de, há uns anos - talvez 2010 -, ter o hábito
de acordar e ir logo ler, duma assentada, os blogs todos que seguia. Tinha cerca de 10 blogs de
eleição e, apesar os mesmos não incluírem fotografias e não conhecer a identidade dos
seus autores, utilizava a imaginação para preencher o que a ignorância não sabia nem tinha
maneira de saber. Talvez fruto desse quase-anonimato, os blogs eram também mais
transparentes. Partilhavam-se dramas, desejos, pensamentos e desabafos, quase
em modo diário, pois viam-se os leitores como amigos e não como comentadores
anónimos maliciosos. A escrita era partilha, em que o blogger escrevia sobre um
tema e os leitores muitas vezes respondiam com a sua visão do mesmo. Não havia
cá medos da crítica gratuita, até porque os blogs eram ainda um mundo mais ou
menos fechado, em que só ia, praticamente, quem seguia o autor, o apreciava e
queria conhecer o seu percurso.<o:p></o:p></div>
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Gradualmente, os blogs começaram a evoluir e a permitir a
inclusão de fotografias, de forma cada vez mais apelativa. Nasceram então as
Chiaras Ferragnis (à data, ainda muito à sombra da marca “The Blonde Salad”) e
as Alexandras Pereiras (à data, também debaixo do nome “Lovely Pepa”) e deu-se a junção entre o texto
e a moda. Começou a ser comum a partilha de várias fotografias com o look do
dia e textos a acompanhar, mais ou menos pessoais, incluindo as marcas das
vestimentas. Contudo, os textos estavam lá sempre. E o que me continuava a
agarrar era exatamente isso: não queria ver (só) a roupa, queria saber onde é que a
roupa ia e porque é que ia. Queria conhecer a história por trás das fotografias. Voltando à Chiara e à Alexandra dos exemplos, por exemplo, conheci os namorados de cada, entretanto ex, acompanhei os desgostos de amor, as novas paixões, as finais dos cursos, conheci os pais e os amigos.<o:p></o:p></div>
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Até que a Instagram nasceu e, com ele, a migração em massa.
As bloggers de moda tinham ali uma plataforma mais rápida, acessível no
telemóvel, de consumo mais imediato. Para quê escrever longos textos que,
tantas vezes, nem se conseguia ler bem no telemóvel, se os textos se podiam
agora resumir a uma legenda da fotografia com o look do dia? Inicialmente,
aceitei bem a mudança e aderi logo. Eu própria ia partilhando fotografias e
perdendo cada vez mais tempo a ver fotografias maravilhosas de paisagens
paradisíacas e de looks que eu imaginava só ser possível nas revistas de moda.
Foram tempos criativos. Até que todas as fotografias começaram a ser iguais. A mesma
cor sépia. As mesmas poses desprevenidas. As mesmas comidas. Os mesmos lugares.
Às bloggers juntaram-se anónimas mais ou menos magras e mais ou menos
fotogénicas, que nunca tinham escrito uma linha, mas sabiam tirar fotografias e
gostavam de roupa ou de viajar. Continuo a ser consumidora da aplicação, mas noto que a imaginação e os textos cada vez mais escasseiam.<o:p></o:p></div>
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Em simultâneo, o Youtube começou a ganhar mais adeptos, com novas personalidades expansivas
e extrovertidas a partilharem dicas de tudo e mais alguma coisa. E nova
migração em massa dos bloggers.<o:p></o:p></div>
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Depois, os Podcasts. Para quê ler se podemos ouvir as mesmas
palavras enquanto andamos, corremos, conduzimos ou fazemos o jantar?<o:p></o:p></div>
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Mais recentemente, o TikTok, com as instagrammers a começarem
a dançar e a fazer vídeos curtos, numa espécie de Youtube versão fast food.<o:p></o:p></div>
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E os blogs? Esses, ficaram como as aldeias do interior,
quando os seus habitantes emigram todos para o Porto ou Lisboa: vazios, com os
seus anciães a guardarem as memórias e a dar indicações aos turistas que por ali
passam, quase em modo decorativo. Os blogs ficaram quase vazios.<o:p></o:p></div>
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Por isso, sinto falta de ler. Mas textos bons, intimistas ou
sarcásticos, opinativos e sinceros. Adoro moda e as fotografias do Instagram
inspiram-me. E aderi também aos Podcasts, que me fazem companhia a correr, por
exemplo. Adoro a novidade e acompanho a evolução da tecnologia com atenção e
proximidade, não me interpretem mal.<o:p></o:p></div>
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Mas…. E as palavras? Sem ser em papel, onde lemos agora bons
textos por aqui, por este sítio começado por htpp? Não lemos, certo?</div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-85328510119127970342020-01-27T16:40:00.002+00:002020-01-27T16:40:44.499+00:00Quase 3 anos depois: olá!<br />
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Tenho recebido alguns emails e mensagens, nas últimas
semanas, a perguntar o que é feito da Pippa Coco. Fui tentando responder
diretamente a cada pessoa que me fazia a pergunta, e cada email ou mensagem
deixou ali uma sementinha. As sementinhas foram crescendo e hoje, mais que
nunca, deram frutos , porque acordei com uma vontade gigante de escrever e de
regressar ao blog.<o:p></o:p></div>
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Peço desculpa a quem ficou à espera que a Pippa desse sinais
de vida. Peço desculpa a quem me seguiu e se sentiu, do dia para a noite, sem
uma amiga. Não, a Pippa está bem, de saúde e com a família também fresca e
fofa.<o:p></o:p></div>
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O que aconteceu? O que acontece a todos os adultos (eu é que
achava – ah ah ah ah – que poderia ser diferente): fui-me deixando absorver
pelo dia-a-dia, pelos afazeres, pelos horários e obrigações, e deixei passar a
capacidade de contemplação aos poucos. O blog ficou ali parado, como se fosse
um diário da adolescência a que não sabemos muito bem o que fazer.<o:p></o:p></div>
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Querem um breve ponto de situação?<o:p></o:p></div>
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Estou na mesma.<o:p></o:p></div>
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Minto: estou com mais uns anos em cima. Tenho meia dúzia de
cabelos brancos que nascem espetados no topo da cabeça e que odeio, porque
lembram-me que já não tenho 20 anos. Tenho a pele mais flácida, aguento menos o
álcool e cada vez me deito mais cedo ao fim-de-semana.<o:p></o:p></div>
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Os meus filhos estão lindos! A Constança já tem 5 anos e
continua uma castiça. Adora dançar e desafiar. Não admite que adora mimo, tenta
ser independente e engraçada, mas derrete-se com vestidos e laços, e sorri
quando lhe faço festinhas. O Francisco é o oposto. Aparentemente um mimado,
sempre a procurar abraços e beijinhos, mas depois não faz nada do que dizemos e
está cada vez mais homenzinho, a dar saltos à ninja e a querer jogar futebol.
Em comum têm algo que adoro: são loucos um pelo outro! Defendem-se com unhas e
dentes e, se for preciso, atacam o próprio pai/mãe que esteja a dar uma
reprimenda ao respetivo irmão.<o:p></o:p></div>
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Ah lembram-se de desejar constantemente emagrecer? Já não
tenho pedido, porque passei a pesar naturalmente menos, à volta dos 58kg.
Continuo a dar nos doces diariamente, de forma religiosa, como um drogado procura
a dose (será que podia ter usado a palavra “religiosa” e “drogado” na mesma
frase? Hmmm.. adiante). Mas tenho conseguido fazer desporto frequentemente e,
de alguma forma, devo ter enganado o metabolismo! Yeaaah! A Pippa de 2014 ia
rejubilar de alegria!<o:p></o:p></div>
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Mais coisas? Estou com menos piada. Tenho que o admitir.
Cada vez ligo menos o botão do sentido de humor, à falta de plateia. Ando menos
sociável. E menos interessante ou culta. Vejo menos as minhas amigas, o que me
deixa com um sentimento de vazio permanente.<o:p></o:p></div>
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Ganho mais.<o:p></o:p></div>
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Mas tenho menos tempo para “mim” e para namorar.<o:p></o:p></div>
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Estou adulta.<o:p></o:p></div>
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E nesse caminho, deixei a minha Terra do Nunca abandonada ao
esquecimento. Hoje vim espreitar esta Terra onde fui tão feliz. E acreditem que
só queria ter forças para conseguir regressar mais frequentemente. Para me rir
e sonhar. E depois partilhar por aqui. Mas, acima de tudo, gostava de voltar a
ser a Pippa, otimista, sonhadora, sarcástica e opinativa.<o:p></o:p></div>
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Estou adulta. E tornei-me uma seca.</div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-89093227083556215732017-05-04T15:54:00.001+01:002017-05-04T15:54:36.259+01:00O fim da WhatsApp?Aparentemente, ontem o <i>WhatsApp</i> foi ao ar e não se falava de outra coisa. E digo "aparentemente", porque não sou viciada na <i>app</i>, não estou em mil grupos e - surpresa! - continuo a escrever sms ou, por ter <i>iPhone, iMessages.</i><br />
<br />
Serei pouco popular ou pouco sociável? Talvez! Mas prefiro acreditar que terá a ver com a idade, pois vivi até aos 17 anos sem telemóvel e só há cerca de 2, 3 anos comecei a usar mais assiduamente o <i>WhatsApp.</i><br />
<br />
De qualquer dos modos, adorei muitos dos memes que inventaram sobre o tema. O meu preferido foi este:<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqv17NNyaJ5uOvhmyPa33_x80d4FHD_jwZdLQH-ec8lHkdaoz4yGonESfS0XmsePdK53Ki6cuSi1IVyy8eDUDXndXzgt3YiPzo5Mm2Iveac-_D8xKyDVd9yysIbZYjCIAlBWtrA4eWPw_3/s1600/ceefd2f263868d5c0e55db3f9ce2aa385b9c666f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqv17NNyaJ5uOvhmyPa33_x80d4FHD_jwZdLQH-ec8lHkdaoz4yGonESfS0XmsePdK53Ki6cuSi1IVyy8eDUDXndXzgt3YiPzo5Mm2Iveac-_D8xKyDVd9yysIbZYjCIAlBWtrA4eWPw_3/s400/ceefd2f263868d5c0e55db3f9ce2aa385b9c666f.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagino que muito boa gente se identifique! :)</td></tr>
</tbody></table>
Talvez com a queda, muita gente tenha reaprendido a conversar ao vivo, algo cada vez mais (injustamente) subvalorizado.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-5520809534417464592017-04-27T12:59:00.000+01:002017-04-27T12:59:20.267+01:00PaixãoPaixão.<br />
Trabalhar com paixão.<br />
Viver com paixão.<br />
Amar com paixão.<br />
<br />
Sempre tentei pautar a minha vida pela máxima do "aproveitar enquanto cá estou". Até que o trabalho, a rotina, o facto de ele ter começado a trabalhar fora e o cansaço me engoliram. Até que alguma desilusão pela falta de reconhecimento no trabalho, pela dedicação e pelos sacrifícios me engoliram. Sim, continuei a trabalhar. Continuei a sorrir. Continuei a chegar a casa e a brincar com os bebés. Continuei a marcar coisas ao fim-de-semana. Continuei a fazer desporto. Continuei a tentar olear esta máquina chamada vida e a fazer o que era suposto fazer.<br />
<br />
Mas a paixão? A paixão por todas as coisas desvaneceu-se um pouco no ano passado. Talvez tenha sido quando a minha empregada/ babysitter desapareceu do mapa, na altura em que estava de licença em casa, com o bebé e a Constança, e a tentar perceber como é que funcionava a dinâmica de dois bebés ao mesmo tempo mais uma casa para tratar. Talvez tenha sido quando tive que tratar sozinha do batizado, porque ele tinha começado a trabalhar num sítio novo. Talvez tenha sido quando voltei ao trabalho e ele teve que ir para fora, deixando-me sozinha a aprender a dinâmica nova "casa-trabalho-nova empregada-dois bebés em casa". Talvez tenha sido quando voltei ao trabalho e percebi que o trabalho tinha continuado sem mim e que eu não era, afinal, indispensável como achava ser. Fui bem recebida, mas foram pequenas coisas que me fizeram sentir algo "substituível". Talvez tenha sido quando, mês após mês, me cansava, mas continuava a dar tudo, mesmo sem dormir. Talvez tenha sido quando, no final do ano, na altura dos prémios, senti que o meu trabalho e sacrifícios não tinham sido devidamente valorizados. Talvez tenha sido quando senti que ser mulher seria sempre um fator de desvalorização num mundo dominado por homens.<br />
<br />
Talvez tenha sido cada desses fatores que me fez perder alguma chama. Há alturas assim, não há? Neste caso, a primeira diferença notória foi ter deixado de escrever. Comecei a sentir-me meia vazia, desinteressante, cansada e cinzenta. Ia escrever o quê?<i> "Olá, estou cansada, porque esta noite o bebé não me deixou dormir e tenho um prazo para hoje."</i> Achei que o blog não devia ser um muro de lamentações. E só me apetecia mesmo lamentar. Não ia dizer <i>"olá, hoje tive uma branca a meio duma reunião e percebi que estou um caco"</i>. Não sou pessoa dada a depressões, acho eu, mas andei muito tempo em modo "down", sem perceber para onde estava a caminhar a minha vida e a tentar encontrar conforto nos abraços e carinhos que trocava com os bebés no final do dia ou nas corridas que ia dando.<br />
<br />
Os meses foram passando. Ele regressou. Voltei a ter mais ajuda. Voltei a sentir que éramos novamente "nós", "uma família". As coisas foram melhorando. Comecei a fazer mais desporto como terapia. Comecei a sentir o meu antigo "eu" a regressar.<br />
<br />
Conclusão? Ter dois filhos pequenos e segurar sozinha o barco, com um emprego com horários malucos é... não há outra palavra... uma merda. Podemos adorar os filhos, podemos adorar o emprego, podemos adorar tudo. Mas acho que, a dada altura, perder a paixão pelas pequenas coisas é inevitável. Acabamos sempre sugados pelas rotinas, fraldas, horários, papas, prazos, stresses.<br />
<br />
Não prometo recomeçar a escrever todos os dias. Mas hoje dei por mim a morrer de saudades de escrever aqui. E percebi que esta é, verdadeiramente, uma das paixões que tenho. Isto, este cantinho à beira-blogosfera plantado.<br />
<br />
Até já.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-8471000019589192022016-09-07T17:55:00.001+01:002016-09-07T17:55:09.517+01:00O novo iPhoneFaltam 10 minutos para ser lançado o novo iPhone 7. Se estou ansiosa? Estou, sim, principalmente porque a minha querida filha me partiu o ecrã do telemóvel e preciso urgentemente de um novo.<div>
<br /></div>
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Mas em dia de lançamento de novo telemóvel dei por mim a percorrer <a href="http://observador.pt/2016/09/07/lembra-se-dos-tijolos-a-evolucao-dos-telemoveis-em-29-imagens/">esta galeria</a> e a lembrar-me do meu primeiro telemóvel, que não está aqui: o Nokia 5110.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr6hCa0wBSBvx544ouZSz71x5Cghuq15RZzontoPvCjti_n1XuoyDApdJSVWwlZhkMC9ZRDhmfxAm9OQ7-FmEkHdcWn0Jd7jeNEQqEWH6AwmGttJcYxgca88y-xqdsBEhVHAyQbiB6XWe5/s1600/no5110_00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr6hCa0wBSBvx544ouZSz71x5Cghuq15RZzontoPvCjti_n1XuoyDApdJSVWwlZhkMC9ZRDhmfxAm9OQ7-FmEkHdcWn0Jd7jeNEQqEWH6AwmGttJcYxgca88y-xqdsBEhVHAyQbiB6XWe5/s400/no5110_00.jpg" width="400" /></a></div>
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É incrível como um telemóvel que, à data, nem SMS dava para enviar (a operadora não suportava o serviço), causou tanto impacto na minha vida. Tinha a capa vermelha, que adorava, e só o facto de poder falar com as minhas amigas em qualquer lugar já era motivo para muita excitação.</div>
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Sim, não havia selfies, não havia Apps, não havia nada para fazer a não ser telefonemas - sim, espantem-se, crianças, mas só podíamos usar o telemóvel para conversar! - mas fui muito muito feliz a conversar com o meu telemóvel vermelhinho. Saudades desse tempo.</div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-42545305415355751792016-09-06T17:41:00.001+01:002016-09-06T17:41:26.708+01:00XX e XX vs XX e XYDei um jeito ao pescoço no último treino e andava há dias como se tivesse engolido uma vassoura - muito esticada, sem conseguir mexer o pescoço para um lado nem para o outro.<br />
<br />
Como não sabia mais o que fazer, marquei consulta num osteopata e fui lá hoje. Levava uma camisola larga e com decote em forma de barco tanto à frente como atrás, para lhe dar espaço de manobra. Só que, quando lá cheguei, ouvi algo que não estava à espera - "dispa-se, por favor". "Dispo? Mas é só o pescoço que me doi", disse eu, enquanto tentava parecer descontraída e relaxada. Não estava. Era um homem, pouco mais velho que eu, não havia mais ninguém em todo o gabinete, a rececionista tinha ido almoçar e senti-me desconfortável. "Tem que se despir, porque tenho que ver onde está a origem do problema. Até pode estar na anca".<br />
<br />
Continuei a sentir-me desconfortável, mas lá o fiz. E ainda bem que fiz, porque saí de lá, uma hora depois, a sentir-me praticamente nova e quase sem dores.<br />
<br />
Sei que para os profissionais da área da saúde deve ser indiferente o sexo da pessoa que lhes aparece à frente. Mas não me lixem: é sempre diferente, pelo menos numa primeira consulta, estar à frente de um homem ou de uma mulher, principalmente se for duma idade próxima da nossa. E, ou a pessoa que está à nossa frente é tão profissional e descontraída que, a dada altura, já nem nos lembramos que é um homem - é apenas um ótimo profissional, como era o meu ginecologista - ou, então, o desconforto mantém-se e nada feito. Neste caso, mais vale mudar.<br />
<br />
Talvez por isso, há uns tempos, uma pessoa conhecida me disse que tinha tido um treino com um PT e que desistiu logo. Agora só queria ser treinada por mulheres.<br />
<i>- Mas desististe porque era desconfortável?</i><br />
<i>- Não chegou a ser. Ele era mesmo muito profissional. Mas assim a probabilidade de haver um momento desses, de desconforto, é de 0%. Prefiro evitar problemas. Até porque o meu marido podia um dia não gostar de me ver a trocar mensagens com ele.</i><br />
<i><br /></i>
Concordam? Também preferem ser seguidos por pessoas do mesmo sexo?Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-27111019535678766142016-09-05T10:37:00.002+01:002016-09-05T10:37:44.629+01:00Terceiro dia de escolinhaE pensava eu que ao segundo dia já não ia custar tanto, nem a ela nem a nós. Pensava eu que, ao terceiro dia, já seria tudo fácil e sereno. Errado. Hoje deixei-a e continuou a chorar tanto que senti que deixei parte do meu coração atrás de mim. Chamava pela ama, chamava por mim, pelo papá, pedia colinho, dizia que não queria "escolinha"... e eu só queria conseguir explicar-lhe que isto é o melhor para ela, que é melhor estar ali com outros meninos que ficar em casa fechada mais um ano, e que me sai caro pagar ama e escola, e que é um sacrifício que fazemos pelo bem dela. Só que o meu lado racional desfaz-se em cacos ao mesmo tempo que o coração se parte e também me dá vontade de chorar, e choro mesmo, e saio dali a pensar <i>"vou mas é acabar com isto e deixá-la ficar em casa mais um ano, coitadinha".</i><br />
<br />
Enfim. Isto é mesmo duro. Custou menos regressar ao trabalho no fim da licença que isto. Porque ao menos nessa altura sabia que ela ficava no ambiente dela e que a podia visitar quando quisesse. Escola? Ninguém me tinha avisado que custava tanto. Às duas. :(Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-43398473951231678382016-09-01T12:36:00.002+01:002016-09-01T12:36:27.739+01:00Primeiro dia de escolinha - A cromice da mãeHoje é (ou era?) o primeiro dia de escola da Constança. Esteve até agora em casa, as coisas foram correndo bem, o registo e a dinâmica pareceu ir funcionando para todos os envolvidos, por isso, fomos mantendo na base do <i>"vamos indo e vamos vendo"</i>. Eu nunca tive um plano a longo prazo, nunca fui extremista ao ponto de defender só casa ou só escola, sabia que havia vantagens e desvantagens em cada um dos cenários, daí que tinha definido que a iria por na escola quando sentisse que a casa já não a estimulava o suficiente. Esse momento aconteceu depois do bebé nascer. A dada altura percebi que, com o bebé para dar atenção, não conseguia (eu ou a pessoa que estivesse em casa) focar-me no desenvolvimento dela, levá-la a passear, a andar de triciclo ou ao escorrega, não conseguia sentar-me ao lado dela a desenhar (e a limpar depois tudo o que sujava), a ensinar novas músicas ou palavras, ou até a insistir para ela deixar de usar fraldas. Sobrevivia-se, as coisas iam-se fazendo, mas começou a haver demasiado Canal Panda para o meu gosto -<i> "senta-te aí a ver a Patrulha Pata enquanto a mamã vai trocar a fralda ao bebé"; "olha o Panda! não posso brincar contigo, porque tenho que dar o leitinho ao bebé"</i>, e por aí fora. Por outro lado, desde que terminou a minha licença comecei a perceber que a Constança andava mais irritadiça, a precisar de atenção, e comecei também a questionar se o bebé teria estímulo suficiente, uma vez que a ama não conseguia ter dois minutos para o por no tapete de atividades (a Constança atirava-se logo para cima dele) ou passear com ele, por exemplo (é difícil para a ama passear sozinha com os dois).<br />
<br />
Posto isto, tomei a decisão (um bocado sozinha, porque o pai inicialmente não concordava): estava na hora de ir para a escola. Consegui uma vaga para setembro, na escola que queria, por isso, foi uma questão de ir tentando convencer o pai, nos meses que faltavam. Lá consegui que ele concordasse comigo.<br />
<br />
Hoje é (era?) então o dia "D". Já tinha a mala pronta desde ontem, o lanche e a farda da escola preparada para a vestir. Ontem, no entanto, comecei a stressar. Mas a stressar a sério. Não me deu para a choraminguice (estranho!), mas para os nervos. Comecei a questionar tudo. Será que a iriam compreender na escola? Eu percebo o dialeto dela, ela até fala relativamente bem, com alguns verbos e pronomes pelo meio, mas há palavras que ainda não diz direito e que nem todos percebem. Ela fala uma língua própria e às vezes tenho que a traduzir para os outros que não dominam a língua. Quem é que vai saber o que é o "Kuim" (coelhinho) e a importância que tem para ela? Quem vai saber o que é o "tim" (leitinho) e que, se o está a pedir, é sinal que tem sono? Quem vai saber o que é a "chi" (bolachinha) e que ela está com fome? Quem vai perceber, quando estiver triste, que o "cóínho" é ela a pedir colo? E o "Tai" (Panda style), quem é que ia perceber que, quando falar no "Tai", ela quer dançar? E isto ia piorando de minuto para minuto. Depois lembrei-me que eles não iam saber o ponto de desenvolvimento dela. Não sabem que sabe ler os números em português e inglês, e também as cores. Não sabem que sabe as notas musicais e adora cantar enquanto as toco. Não sabem que adora animais, dançar e dar cambalhotas. Não sabem o que a faz rir. Não sabem como reage quando tem sono ou está chateada. E como lhe dar a volta. <i>"Coitada da minha filha, vai ser incompreendida!" </i>Quando dei por mim, estava a escrever um "manual de apoio à Constança". Às duas da manhã. E a enviar por email à educadora. Incluí um dicionário Constança - Português. Incluí os pontos fortes do desenvolvimento e os pontos a desenvolver. Incluí conselhos. <b>Tornei-me uma croma. Tornei-me uma croma. Tornei-me uma croma.</b><br />
<br />
A seguir ao almoço vou deixá-la lá. Se não me der um ataque de choro. Sim, é o primeiro dia de escolinha. E custa muito. Mas acho que custa verdadeiramente é às mães. Os pais vivem isto mais na desportiva. As crianças acabam por adorar (eu sempre adorei a escola, por exemplo, e por norma é um sítio feliz para as crianças). As mães é que são umas cromas, muitas vezes. <b>Pelo menos eu acuso-me!</b>Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-10252834372763214262016-08-31T10:53:00.001+01:002016-08-31T10:53:32.451+01:00Cantar e (des)encantarEstava ontem a ler a lista dos filmes que vão estrear esta semana (faço sempre exercício por mero masoquismo, pois com duas crianças em casa raramente consigo ir ao cinema!) e deparei-me com <a href="http://www.imdb.com/title/tt4136084/?ref_=nm_flmg_act_2">este</a> que me chamou a atenção. Além de ter a maravilhosa Meryl Streep e o Hugh Grant, atentem na história:<br />
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<i>"Passada na Nova Iorque dos anos 1940, a história verídica da lendária Florence Foster Jenkins, uma socialite e herdeira nova iorquina que perseguiu de forma obsessiva o seu sonho de se tornar uma grande cantora lírica. Se quando cantava, a voz que ouvia na sua cabeça era bonita, para todos os outros tratava-se de uma experiência horrível mas hilariante. O seu "marido" e agente, St. Clair Bayfield, um aristocrático ator inglês, conseguiu sempre proteger a sua amada Florence da cruel verdade, mas quando esta decide dar um concerto público no Carnegie Hall, St. Clair sabe que está prestes a enfrentar o seu maior desafio."</i><br />
<i><br /></i>
Estava eu muito contente a ler a descrição e a ver depois o trailer, quando tive uma epifania. Uma triste e cruel epifania: <b>estou sempre a cantar e nunca ninguém me disse que canto bem. </b>Recuei no tempo. Revivi momentos. Uns atrás dos outros. Viagens de carro com os meus pais, quando eu ainda era uma adolescente, em que o meu pai, a dada altura, desligava o rádio e dizia "Pronto, agora vamos conversar!". Viagens de horas no carro em família, em que canto e coreografo as músicas que passam na rádio e ele começa a cantar por cima, como quem não quer a coisa. Noites com a Constança ao colo, a cantar músicas de embalar, e em que ela cada vez grita mais e mais alto. Hmmm... Algo me diz que posso ser uma pequena Florence em potência. De qualquer dos modos, adoro cantar. Não tenho a pretensão de dar concertos nem de me tornar uma grande cantora lírica, mas hei-de continuar a cantar (melhor ou pior) e a espantar os males, como diz o ditado. Só espero não espantar quem me rodeia. E só espero que os meus filhos não saiam a mim e herdem a capacidade de canto do pai, que, aqui entre nós, canta realmente bem, afinado e com projeção de voz.<br />
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Cantar, ainda que pessimamente, faz bem à alma. Pelo menos à nossa.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-58917543299186944702016-08-26T15:52:00.000+01:002016-08-26T15:52:01.435+01:00Para os dias de calorO calor chama por fruta fresca, salada, sumos com muito gelo, peixe e comidas mais leves, certo?<br />
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Por isso, o ceviche foi uma descoberta recente que combina bem com estes dias de verão.<br />
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O que leva o ceviche? Leva peixe cru marinado em "sumo de tigre" (bebida feita com o peixe marinado na lima e com os outros ingredientes e que, no Peru, é usada para curar ressacas!, e supostamente dar força e energia), salsa e coentros. Também leva cebola e piripiri, o que dá um travo picante e que convida a beber muito (controlem a mão ao temperar, se não, passam o almoço a beber água!). Pode acompanhar-se com batata doce e legumes, e também com milho. É fresco, é leve e... ando fã. Já experimentaram? Também gostam? Acho que vão gostar e há muitas receitas na internet para todos os gostos e grau de habilidade na cozinha!<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdZd0jT8UfG3JR0XTXt4lIq-v1lTvNIETQ6RB17jyVsSzs0gjpg7Kaoz0_GU-DhBHGU6DCqYu-tiESE-5NhqC6qlev3IFVlqIryJkto5Iqj9RO9B3CfwhNzsTCe5eW0zg5v0sl4xlTlHK_/s1600/ceviche.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdZd0jT8UfG3JR0XTXt4lIq-v1lTvNIETQ6RB17jyVsSzs0gjpg7Kaoz0_GU-DhBHGU6DCqYu-tiESE-5NhqC6qlev3IFVlqIryJkto5Iqj9RO9B3CfwhNzsTCe5eW0zg5v0sl4xlTlHK_/s400/ceviche.jpg" width="298" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Almoço de domingo, no <a href="https://pt-pt.facebook.com/Pancacevicheria/">Panca Cevicheria</a>. A acompanhar, limonada bem fresca. De sobremesa um gelado de doce de leite com chocolate. Sim, porque eu falei em comida leve e fresca, não disse que tinha que ser pouco calórica. ;)</td></tr>
</tbody></table>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-69160808847261432672016-08-25T17:09:00.003+01:002016-08-25T17:09:57.152+01:00Casamento à vistaTenho um casamento depois de amanhã. E o vestido, que já devia ter chegado hoje de manhã (via Asos, outra vez - ando muito previsível), nem vê-lo. Começo a temer o pior.<br />
<br />
"Mas não tens outros vestidos que possas levar?", perguntam vocês e bem. Tenho, pois. Mas cheguei à seguinte conclusão: os vestidos elegíveis para casamento (excluindo, desde logo, os pretos e os brancos, que nunca uso em casamentos) que tenho no meu armário, ou são bege ou são rosa claro ou são "nude" ou então são verde água. Ah e são todos bem justinhos. Não tenho vestidos com cores vivas e mais largos. E não me apetece vestir roupa clara. Nem vestidos colados ao corpo. O moreno já saiu há muito, mas a barriguinha pós-parto ainda não, por isso, tenho que me esconder num vestido mais largo e com uma cor que não me faça parecer uma triste anémona pálida e leitosa.<br />
<br />
Por isso, as hipóteses para este sábado são as seguintes:<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_EDenxP0yvPmM6Egu_iSpD2J4v8GUaT9K_fvCheuuoXE-9lWL_1y2btO0fWFDJXC6s4igfie1Nw-BsNjykBaC6gcKOIfIjVUXMHq88yyO9Y_IM4T73Smqdy9Vae5d-Wn1RfQUZzgSBfFD/s1600/image1xxl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_EDenxP0yvPmM6Egu_iSpD2J4v8GUaT9K_fvCheuuoXE-9lWL_1y2btO0fWFDJXC6s4igfie1Nw-BsNjykBaC6gcKOIfIjVUXMHq88yyO9Y_IM4T73Smqdy9Vae5d-Wn1RfQUZzgSBfFD/s400/image1xxl.jpg" width="312" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ou vou assim, caso o vestido chegue a tempo<br />(sendo que estou a desejar muito que aquela transparência ali na cintura seja tapada pela parte de cima)</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCcpv6ITJyuDueazZc1Rf4EdvZjXO4I7QRuYn1nHCla3dKZrnrNqQE5_sG4oZfJLYVzZwqU2DZ245ZwCprRGm01zlKGJNnXoDdTu27GUQWk5TSfHAkxFjuAxGs8-piX5IFvAMJXr5lDku-/s320/Aquarium-Fish-Tank-White-Silicone-Sea-Anemone.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ou algo assim: branca e gorda, vestida de bege.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCcpv6ITJyuDueazZc1Rf4EdvZjXO4I7QRuYn1nHCla3dKZrnrNqQE5_sG4oZfJLYVzZwqU2DZ245ZwCprRGm01zlKGJNnXoDdTu27GUQWk5TSfHAkxFjuAxGs8-piX5IFvAMJXr5lDku-/s1600/Aquarium-Fish-Tank-White-Silicone-Sea-Anemone.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-12902150346512754512016-08-24T10:46:00.002+01:002016-08-24T10:46:24.610+01:00Meninas que estejam pelo algarveÉ fácil criticar a forma como somos atendidos e os serviços que nos prestam. Ainda há dias, num café, resmunguei com o empregado porque pedi uma sandes com queijo de cabra e tomate e veio uma tosta com queijo flamengo. "Não tinha os ingredientes da lista? Tinha que me avisar antes de trazer uma alternativa...". Criticamos serviços todos os dias, porque, infelizmente, é comum sermos mal atendidos e é demasiado normal lidarmos com pessoas sem brio no trabalho. É por isso que tenho a convicção que, quando somos bem atendidos, devemos fazer por elogiar e incentivar o bom trabalho.<br />
<br />
Isto tudo para dizer que quando, ontem, olhava para as minhas mãos, três semanas depois de ter colocado verniz gel, e reparei que as unhas ainda estavam perfeitamente intactas, sem uma única lasca de verniz já em falta, pensei "tenho que mandar mensagem à Gi a dar os parabéns". A Gi é uma esteticista brasileira que a minha irmã me deu a conhecer há uns anos, em Albufeira, e que faz depilação, manicura e pedicura e também extensão de pestanas. Experimentei o ano passado as pestanas e adorei. Estava sem vontade de colocar diariamente máscara de pestanas e maquilhar-me, pelo que a extensão me permitiu andar todas as férias de cara lavada sem parecer um zombie desmazelado. As pestanas abriam o olhar e davam um ar arranjado, mesmo quando só tinha colocado o creme hidratante. Demorava literalmente dois minutos de manhã, depois do banho: era só pentear o cabelo, lavar os dentes e colocar o hidratante. Este ano decidi repetir e colocar também verniz gel nas mãos e pés para não ter que me preocupar com as unhas todas as férias. Três semanas depois? Unhas - intactas. Pestanas - continuam aqui, não todas, mas as suficientes para continuar a não me preocupar com a maquilhagem mesmo para ir trabalhar.<br />
<br />
Por isso, hoje decidi fazer algum serviço público e partilhar com as meninas que, como eu, passem pelo Algarve e queiram andar com ar cuidado sem terem que perder tempo todos os dias. Perdem apenas uma ou duas horas um dia e depois dura três semanas. Eu nunca sei onde ir fazer este tipo de coisas durante o ano, por isso, tenho mesmo pena que a Gi não viva perto de mim. Seria da forma que teria sempre as mãos e pés arranjados. A verdade é que, antes dela, ainda não tinha encontrado ninguém que pusesse as minhas unhas intactas tanto tempo. Pagava imenso e as unhas só duravam uma semana. Não sei se é a qualidade do verniz que é diferente, se é mesmo o jeito que é outro. O que sei é que na 6a vou remover, com muita pena, este verniz e voltar às minhas unhas ao natural. Até ao próximo verão. Ou até encontrar outra Gi que trabalhe perto de mim.<br />
<br />
Quem quiser experimentar, envie-me por favor mensagem privada/ email e eu dou o contacto. Tenho a certeza que ficarão tão fãs como eu.<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgji4XONHtha0ulKoLJWC1qxSOhhM42zbF0Pku_MwdbIrj2xZG-RFFQOpab0vmbbwR4AwPurJvodeUCcgPGJosOdD46GjSYyglB-RcN6YqYZwVK-eNnW4ut9gpHiuMdGx5_u_rIo0DPukw2/s1600/IMG_5822.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgji4XONHtha0ulKoLJWC1qxSOhhM42zbF0Pku_MwdbIrj2xZG-RFFQOpab0vmbbwR4AwPurJvodeUCcgPGJosOdD46GjSYyglB-RcN6YqYZwVK-eNnW4ut9gpHiuMdGx5_u_rIo0DPukw2/s400/IMG_5822.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aqui estão as unhas com três semanas. Claro que já se nota o crescimento e está a chegar a hora de as tirar,<br />mas ainda não envergonham ninguém, certo?</td></tr>
</tbody></table>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-37089945990455342142016-08-18T11:47:00.002+01:002016-08-18T11:47:28.327+01:00Sentido de desorientaçãoEu tento. Juro que tento. Esforço-me por decorar os caminhos.<i> "Direita, esquerda, quiosque na esquina, supermercado, rotunda, direita, ok!"</i>. Só que depois parece que alguém pega nas ruas e altera-as, por pura maldade. <i>"Ui! onde está o supermercado? e o quiosque? duas rotundas? mas era só uma! merda, perdi-me!".</i><br />
<br />
Eu tento mesmo a sério. Tento até quase doer a cabeça. Acabo sempre por me perder. É por isto que o Gps foi, para mim, das melhores invenções de todo o sempre. Sem Gps seria daquelas pessoas que passam em Elvas para ir de Setúbal a Sintra, só porque naquela rotunda saíram na primeira em vez de sair na segunda saída e foram por aí fora, felizes da vida.<br />
<br />
Já ele, quase de olhos fechados, consegue chegar a todo o lado. É frustrante! Às vezes vou a fazer de co-piloto, enquanto andamos de carro, e temos diálogos surreais:<br />
<i>- Que gira casa! Já viste? Aqui do lado direito. Adoro a varanda.</i><br />
<i>- Já vi, claro. Estamos fartos de a ver.</i><br />
<i>- O quê? Nunca passámos aqui!</i><br />
<i>- Claro que passámos, esta é a rua da pizzaria.</i><br />
<i>- Que pizzaria?</i><br />
<i>- A pizzaria perto de nossa casa. A nossa casa é duas ruas a seguir.</i><br />
<i>- Oh! É nada...</i><br />
<i>- Pizzaria aí do teu lado. Vês?</i><br />
<i>- Nem percebi que já estávamos aqui. Vieste por um caminho novo, pensei que estávamos muito mais longe.</i><br />
<i>- Hmmm... Casa! Chegámos!</i><br />
<br />
Acho que já não há nada a fazer. Da mesma forma que eu decoro as datas e consigo dizer, sem pensar muito tempo, onde estava em junho de 1998 (e ele perde-se completamente no tempo!), não consigo orientar-me no espaço. Nunca faço ideia para que lado é norte ou sudoeste. Se o mar está para a direita ou esquerda. Seria a pior escoteira da história, se alguma vez tivesse experimentado. Devo ter nascido sem esse "chip". Já pensei submeter-me a hipnose e tudo (aproveito e peço para deixar de gostar de todo o tipo de doces e para perder o medo de andar de avião, num três em um da hipnose).<br />
<br />
Mais alguém padece deste mal?Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-65469131417973306232016-08-17T12:13:00.000+01:002016-08-17T12:13:11.577+01:00FériasÉ engraçado como o conceito "férias" muda ao longo dos anos. Há uns anos, férias exigiam praia, muita praia, sol, programas atrás de programas, amigos e festas. Agora, a qualidade das férias quase que é medida pelo número de páginas de um livro que se consegue ler. Este ano consegui ler quase um livro numa semana (ando a ler o "As intermitências da morte", do Saramago, e a achar brilhante e cheio de sentido de humor, naaaada tétrico, apesar do nome), o que significa que houve realmente tempo para descansar! Aqueles momentos mágicos em que, depois de muita brincadeira a quatro, ambos os filhos adormeciam ou ficavam sossegados? Aconteceram. E deu para dormir bem, namorar, conversar, ler, apanhar sol e estar com amigos. Andámos pelo Buçaco e Luso, Montargil e Algarve. Foi mesmo bom. O ano passado, com a morte da Malti, tivemos umas férias bastante tristonhas. Este ano fomos compensados com uma semana feliz. Acho que merecíamos.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHOA5USfyJvctwzoWyYPcFQ8bdLmRr9I8jkjDRPIHZ6k7PsdL-4yhHm2hB2oJnekNkd6FacFT-uIt0Cd9bbs4sHmzqmZTh-nFGrVjD8NpT7DqK1Vvr4tkGqb5kp3Bmv7FQZsqAG9dQNVx/s1600/13935085_1189810724391544_3314063869868317982_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHOA5USfyJvctwzoWyYPcFQ8bdLmRr9I8jkjDRPIHZ6k7PsdL-4yhHm2hB2oJnekNkd6FacFT-uIt0Cd9bbs4sHmzqmZTh-nFGrVjD8NpT7DqK1Vvr4tkGqb5kp3Bmv7FQZsqAG9dQNVx/s400/13935085_1189810724391544_3314063869868317982_n.jpg" width="300" /></a></div>
<br />Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-13394097465721691502016-07-20T11:31:00.002+01:002016-07-20T11:31:28.192+01:00Procura-se<b>Procura-se homem na casa dos trinta</b>. Magro. Muito magro. Cabelo preto curto e escasso. Estatura média. Costuma rondar carros estacionados em ruas mais desertas, para partir os vidros e subtrair todos os elementos de valor que lá encontrar, especialmente dinheiro, computadores ou telemóveis. Com certeza que usará o dinheiro e os bens para poder comprar droga. Neste momento, deverá estar a usar óculos de sol da marca Céline e uma carteira para moedas em forma de ananás debaixo do braço.<br />
<br />
<b>Dá-se recompensa.</b> Pelos óculos e pela carteira, claro. Quanto ao homem, levará um chuto no rabo e um par de estalos. Talvez pela ordem inversa. Sim, pela ordem inversa. Por me ter partido o vidro do carro e por me ter roubado os óculos e a carteira das moedas.<br />
<br />
Os óculos são estes. Deve ser fácil detetar o homem, imagino que não seja muito comum ver drogados usar este tipo de óculos:<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaLJbiBc4S6xtVg-4lKnPs_zfgcHvWhWPp8zj6DirQPEi3wV1_7B_VSxkm87dV_4PZUkqVnyYDYuwJkOvIW5kYBlCLrGJNImCTni8aN_wHhWLjLqeWbh7XGYOPWFbcZq8LOx0mBT8klMwf/s1600/762753196729_shad_fr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaLJbiBc4S6xtVg-4lKnPs_zfgcHvWhWPp8zj6DirQPEi3wV1_7B_VSxkm87dV_4PZUkqVnyYDYuwJkOvIW5kYBlCLrGJNImCTni8aN_wHhWLjLqeWbh7XGYOPWFbcZq8LOx0mBT8klMwf/s400/762753196729_shad_fr.jpg" width="400" /></a></div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-16350614799588991182016-07-18T12:03:00.001+01:002016-07-18T12:03:14.677+01:00Aqui vive uma mãe desesperadaO<i> marido mudou de emprego e tem que andar uns meses a viajar em formação, fora do país. E eu, de repente, tive que me tornar um polvo capaz de estar em todo o lado, resolver tudo e apagar todos os incêndios. O meu dia tem sido um vestir e despir de funções. Nos dias em que o trabalho está pior, chega a ser caótico e desesperante. Tem sido mais ou menos assim:</i><br />
<br />
Às 9h sou uma profissional a tentar ser tão competente e ambiciosa como os demais, a cumprir prazos e a manter um ar sério e trabalhador, do alto da minha roupa impecavelmente lavada e passada a ferro e de saltos altos. Às 13h estou em casa de chinelos, semi despida, de mama de fora a dar de mamar, com a Constança a puxar-me o cabelo e a pedir atenção, a empregada a dizer que é preciso comprar toalhetes e abóbora para a sopa. Às 13h30 estou a dar a sopa à Constança (e ao meu cabelo), a falar da Patrulha Pata e a cantar as músicas infantis que me vou lembrando. Às 14h estou de sabrinas, baba do bebé na roupa e cabelo desalinhado no Pingo Doce a comprar toalhetes, abóbora e um chocolate, porque o dia está a ser complicado e preciso dum doce. Às 14h15 estou a dar instruções para o jantar enquanto volto a por os saltos e tento endireitar a roupa amarrotada, já sem grande solução. Às 15h estou a trabalhar e a tentar tirar disfarçadamente um bocado de sopa do cabelo, enquanto marco uma reunião para o dia seguinte e respondo a emails urgentes. Às 20h30 estou em casa outra vez descabelada e de mamas de fora a dar de mamar, enquanto a Constança espalha aleatoriamente todos os bonecos que encontra pela sala e dá um sermão ao coelho de peluche que, pelos vistos, não para de chorar. Às 21h estou a dar o jantar à Constança e a seguir fazer desenhos. Às 22h estou a dar-lhe banho. Às 22h30 estou a dar banho ao bebé. Às 22h45 estou a deitar a Constança. Às 23h estou com o bebé ao colo, que não para de chorar. Será um dente? Tento conversar com ele e dar-lhe a atenção que não consegui dar durante um dia, para tirar este peso da consciência que carrego frequentemente comigo. Às 23h15 estou outra vez a dar-lhe de mamar. Às 23h40 deito-o. E vou jantar. Janto como um pequeno animal faminto. Porque tenho finalmente o meu momento de descanso. Porque não como nada há horas. Porque sinto que mereço. Às 00h30 estou a ver televisão e a pensar <i>"finalmente vou ver aquele episódio que já estou para ver há dias!"</i>. Às 00h33 estou a dormir exausta, toda torta no sofá. Às 03:00 estou a acordar com dores no pescoço e vou para a cama. Às 07h30 acordo. Vou à casa-de-banho. Peso-me. <i>"Que gorda! Hoje tenho que conseguir fazer desporto e comer saladas e fruta. Vou começar hoje finalmente a minha dieta e a ter a vida organizada, que isto assim não pode ser!!".</i><br />
<br />
Às 9h sou uma profissional... e mais um dia igual continua.<br />
<br />
<b>Volta, marido.</b><br />
<b><br /></b>
<i>Ass: Mãe desesperada</i>Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-80592688305476693702016-06-28T18:54:00.002+01:002016-06-28T18:54:27.091+01:00Aquilo que ninguém te disse sobre a amamentaçãoNinguém te avisou que, quando estás a amamentar, o tamanho da copa varia durante o dia. E vais ter tamanhos para todos os gostos, ao longo de 24 horas.<br />
<br />
Problemas? Vários.<br />
<br />
Pode acontecer ires trabalhar com um soutien antigo, que está(va) mesmo à medida, mas, a meio do dia, teres mamas, descontroladas, a saltar por todos os lados.<br />
<br />
Pode acontecer pegares naquele top que compraste há dois anos, ainda no tempo em que tinhas tantas mamas como o teu pai, e que não era nada decotado, e saíres de casa a sentires-te recatada. Mas, à tarde, pode acontecer o mesmo top recatado tornar-se demasiado decotado para o teu trabalho formal ao ponto de teres que te encher de casacos em pleno verão para evitar olhares libidinosos. Sim, tu. Tu que achavas que isso seria impossível acontecer sem uma faca e uma anestesia geral previamente envolvidas.<br />
<br />
E isto até pode parecer muito bonito, como um milagroso silicone dos pobres, certo? Pois... Mas a verdade é outra! É que ninguém te avisou que, se não fores a correr alimentar a tua cria, qual Cinderela-do-leite, as pobres coitadas vão continuar a crescer sem parar até te doerem e te causarem calor, de forma insuportável.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-2202568220701246772016-06-20T13:04:00.005+01:002016-06-20T13:04:55.292+01:00Sou mãe dum Fernando Mendes em potênciaO meu filho bebé mais querido alimenta-se única e exclusivamente do leitinho da sua adorada mãe-leiteira. Bebe o leitinho da sua mãe como bebia a sua irmã. A fórmula é a mesma: bebe de 3 em 3 horas, mais coisa menos coisa, e até já aguenta a noite inteira a dormir, ou seja, cerca de 7 horas. Isto, partindo do princípio que não escapa a meio da noite para atacar o frigorífico à socapa e partindo do princípio que ninguém lhe anda a dar papas Cerelac às escondidas.<br />
<br />
No entanto... O meu filho bebé mais querido... está gordo. E digo "gordo", sem rodeios, porque não está cheiinho, não está fofinho, não está queridinho. Não: está gordo mesmo. Tem duplo queixo, umas bochechas enormes, pregas nos braços e nas pernas, e uma barriga de fazer inveja a qualquer concorrente do Biggest Loser. Eu estava em negação até ontem. Tirava-lhe fotografias de cima, para minimizar o duplo queixo. Concentrava-me apenas no sorriso lindo e doce que tem quando olhava para ele. Colocava as roupas de lado, quando não serviam mais, dizendo a mim mesma: "está grande". Sorria, quando pegava nele, pesado como chumbo, e repetia "é duro, até parece musculado".<br />
<br />
Ontem, no entanto, vesti-o com um body branco de golas, em tecido fininho, e uns calções azuis, encostei-o a uma almofada, sorridente, e babei-me a olhar para ele, mais uma vez. Até que o pai se vira para ele, depois para mim, e diz, às gargalhadas:<br />
- <i>Ahaha, parece o Fernando Mendes!</i><br />
<i><br /></i>
Saí da minha bolha de negação. Se o próprio pai já lhe chama Fernando Mendes já não dá para negar mais.<br />
<br />
Agora digam-me, por favor, mães fit e com bebés fit: como é que se emagrece um bebé que só bebe leite materno?Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-23299834046437901962016-06-16T17:12:00.001+01:002016-06-16T17:12:51.339+01:00Os diferentes tipos de utilizadores de FacebookJá me disseram mais que uma vez que o meu perfil no Facebook é uma seca. Fotografias não atualizadas, ao estilo "já viram como eu era em... 1946?". Poucos comentários. Raras atualizações de estado. Enfim. Um tédio. Só faltam as bolas de pó rolarem mural fora e ouvir-se o vento a soprar, furioso, por entre as publicações quase nulas. No fundo, sou o típico utilizador fantasma, que anda ali só-a-ver-o-que-se-passa e a mandar timidamente umas opiniões ou comentários nos <i>posts</i> dos outros.<br />
<br />
Imagino que, em termos de alvo de engates, isso me torne pouco apetecível, mas... e então? De qualquer maneira, tenho reparado que é possível agrupar os utilizadores de Facebook por categorias, conforme o tipo de publicações que partilham e o número de vezes que alteram a fotografia de perfil. Vejam lá se concordam. Se se lembrarem de outros, partilhem por favor, para acrescentar:<br />
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1. <u>O utilizador fantasma</u><br />
Este utilizador tem uma fotografia que não atualiza desde que criou o Facebook, há coisa de 7 anos atrás. Basicamente, não tem paciência para escolher outra e parece-lhe uma perda de tempo estar a mudar a fotografia se até não mudou tanto assim desde então. Não partilha fotografias, não altera o estado e também não escreve nada no próprio mural. Quase nos esquecíamos que existia não fosse ir comentando uma fotografia dum amigo ou doutro e ir também fazendo um ou outro "like" no estado dos outros.<br />
<br />
2. <u>O utilizador <i>voyeur</i></u><br />
O <i>voyeur</i> está de bem com a sua vida, mas não tem interesse em partilhá-la com ninguém. Basicamente, o que ele quer fazer no Facebook é ver o que se passa com a vida dos outros. É um cusco dos tempos modernos. Estão a ver aquelas senhoras nas aldeias que conversavam com as vizinhas sobre a Rosa e a Lurdes enquanto estendiam a roupa no estendal? Estes são a versão 2016. Os <i>voyeurs</i> comentam tudo. Às vezes até são incendiários e gostam de ir atirar lenha em fogueiras/<i>posts</i> alheios. Excitam-se com a vida dos outros e adoram que haja tanta partilha. Alheia. Porque partilha deles raramente há.<br />
<br />
3. <u>O utilizador exibicionista</u><br />
Este utilizador está nos antípodas do anterior. Não quer saber da vida dos outros, porque está demasiado absorvido na sua. Mais concretamente, no seu almoço baixo em calorias e rico em cor, que estava ótimo e tem que fotografar e partilhar. No seu <i>outfit, </i>que também merece ser partilhado. No seu novo corte de cabelo, um <i>bob</i> que está um <i>must </i>e que deve ser já mostrado ao mundo sob pena de entretanto se tornar <i>outdated</i>. E a cor das unhas. E as sandálias<i>/pumps/espradilles</i> novas. E a aula de pilates. E a <i>selfie </i>com a vizinha. Os exibicionistas adoram a sua vida. Adoram tanto que aceitam partilhá-la com todo o mundo. No fundo, é um favor que nos fazem. Já que não pudemos ir àquela festa, àquele restaurante ou àquele encontro, pelo menos temos a sorte de participar à distância, a comer umas migalhinhas em forma de fotografias que o utilizador exibicionista nos dá.<br />
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4. O utilizador propaganda<br />
O propaganda usa o Facebook para se auto-promover. Participou num workshop de metodologia chinesa no tratamento de cutículas? Partilha-se o diploma. Esteve presente no almoço de jovens empresários da Rechousa? Partilha-se a fotografia de grupo. Escreveu um artigo no Jornal Voz de Arganil? Toca a mostrar um retrato orgulhoso do recorte do jornal. Deu uma aula sobre coaching para entrepreneurs no contexto global (convém ter algum nome em inglês para dar um ar de maior importância). Partilha-se já. O propaganda só não partilha quando vai à casa-de-banho porque a casa-de-banho tem pouca rede e não consegue ligar-se ao Facebook de lá. No fundo, tem a esperança que algum CEO ou CFO importante repare nele e o contrate. Até lá, continua apenas a fazer a delícia dos utilizadores fantasmas e <i>voyeurs.</i><br />
<i><br /></i>
5. O utilizador inseguro<br />
O inseguro não se sente 100% bem na sua pele, mas aspira a ser como o exibicionista. Só que nunca sabe bem que foto o favorece mais, por isso, muda de foto de perfil todos os dias, preferencialmente no horário nobre, ou seja, por volta das 9h da noite. O inseguro mede a sua beleza e amor pelos likes das fotos. Às vezes apaga uma foto se o número de likes não lhe está a agradar. Geralmente tenta justificar as fotos escolhidas com legendas profundas, como "smile is the prettiest thing you can wear" ou citações em inglês que encontra no google. Às vezes nem repara que, nessa ânsia de justificar simplesmente o querer partilhar uma fotografia em que se sente bonzão/boazona, acaba a citar o Paulo Coelho... em inglês. Este utilizador é geralmente solteiro e muda para utilizador fantasma quando encontra o amor. Reparamos que encontrou o amor quando passa uma semana sem que a fotografia de perfil seja atualizada no horário nobre ou sem que haja publicação de pensamentos profundos. Em inglês.<br />
<br />
6. O utilizador engatatão<br />
O engatatão tem como perfil uma fotografia que representa o auge da sua juventude. Tinha 24 anos, era agosto, tinha apanhado 30 dias de sol seguidos, estava de férias e alguém lhe tirou uma fotografia em que aparece moreno, cheio de cabelo e sorridente. A fotografia recebeu muitos elogios na altura. Só que, depois disso, o moreno saiu, o branco esquálido voltou, o cabelo começou aos poucos a ser menos farto e, com o trabalho a aumentar, aquelas tardes descontraídas e sorridentes começaram a escassear. Por isso, apesar de já ter atualmente mais 20 kgs e menos 2 kgs de cabelo, é aquela foto (ou outras semelhantes, tiradas na mesma altura) que vai resgatando do baú das memórias quando quer engatar. Adora usar o chat do Facebook e tem sempre elogios na ponta da língua. Ou, neste caso, nos dedos.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-52472229248759950282016-06-15T18:07:00.001+01:002016-06-15T18:07:30.476+01:00Segurem-me que eu vou espiralizar o mundoRecebi, no meu aniversário, um presente engraçado: um espiralizador. Um quê?, perguntam-me vocês. Um espiralizador? O que é isso? Ok, ok. Es-pi-ra-li-za-dor. De espiral. Um espiralizador é, basicamente, um utensílio de cozinha que permite cortar alimentos em forma de espiral. Ahhh!, dizem vocês agora, espero. Ainda assim, por via das dúvidas, mostro um exemplo:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhkEUHD8Q6F31-9Lh6gFEoob2cFJw4_WJiKyRw5hgrAebkkBj_9o4na943E96xGT23O-10m5TntVGGL9we39SbT_OrdeavQCdJ0t6d-dfLQe7kN4fsrduCYp4emA7ezLd0Wv2ZYlU-aw3_/s1600/espiralizador.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhkEUHD8Q6F31-9Lh6gFEoob2cFJw4_WJiKyRw5hgrAebkkBj_9o4na943E96xGT23O-10m5TntVGGL9we39SbT_OrdeavQCdJ0t6d-dfLQe7kN4fsrduCYp4emA7ezLd0Wv2ZYlU-aw3_/s400/espiralizador.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Pois bem, recebi um espiralizador no meu aniversário. E se, primeiro, não lhe dei grande importância (confesso que há sempre aquele primeiro pensamento - "utensílios de cozinha?") e o deixei ficar quietinho na respetiva caixa, depois li <a href="http://www.nit.pt/article/04-01-2016-5-receitas-com-massa-falsa-para-comer-e-nao-engordar">este artigo</a> e fiquei com a pulga atrás da orelha. Aqui estavam compiladas receitas supostamente saudáveis, com ótimo aspeto e em que se utilizava o quê? Lá está... um espiralizador! Pois eu, que tinha acabado de fazer 34 anos e que tinha também tomado pela enésima vez a resolução de ser magra e saudável, tinha ali a resposta para os meus males: pratos saborosos, com poucas calorias e com a possibilidade de utilizar o brinquedo novo. Meti logo mãos à obra e decidi fazer não uma, mas sim duas receitas logo duma vez: a salada de spiralli de beterraba com requeijão e nozes, como entrada, e o esparguete de curgete à bolonhesa como prato principal. Fui às compras. E, nesse mesmo dia, saiu isto:<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOaZptFHoaumZi8Uat-jPK5HxwOa3ky1NEOOwBbaq63wp8lXzFU5maleS1z9LsScrxR9hv1tyuAH8jIozPs0bKltYJP43qvGQOcnEomuNWJ3UuPnMJ2HTcUjomOOGuWzgPmp-XztaWrHLj/s1600/400fca63-1846-423f-a5f9-8f4560ce009a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOaZptFHoaumZi8Uat-jPK5HxwOa3ky1NEOOwBbaq63wp8lXzFU5maleS1z9LsScrxR9hv1tyuAH8jIozPs0bKltYJP43qvGQOcnEomuNWJ3UuPnMJ2HTcUjomOOGuWzgPmp-XztaWrHLj/s400/400fca63-1846-423f-a5f9-8f4560ce009a.jpg" width="298" /></a></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqSwGh8BMcXo_VFHI35Pj2_MBz4_21OGRPsLQl8MjQ1yojiUW24fK3N5AANBOuBlBgjQ1wlS0QvQQp-JJzfU7pS0T0OLWX6B29lWtSjNs5f8tK1wKAZ3JpE_Fwmt5Wm6uA7k1bYYFcNPtk/s1600/0ff88005-0790-4767-9a5c-934e470506f8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqSwGh8BMcXo_VFHI35Pj2_MBz4_21OGRPsLQl8MjQ1yojiUW24fK3N5AANBOuBlBgjQ1wlS0QvQQp-JJzfU7pS0T0OLWX6B29lWtSjNs5f8tK1wKAZ3JpE_Fwmt5Wm6uA7k1bYYFcNPtk/s400/0ff88005-0790-4767-9a5c-934e470506f8.jpg" width="298" /></a></div>
Eu não sou um ás na cozinha. Na verdade, raramente faço pratos que fiquem bem nas fotos. Mas estes dois foram tão fáceis de fazer e souberam-me tão bem que tive que partilhar. Acho que encontrei aqui um nicho da cozinha em que posso ser boa: a espiralizar alimentos. Mas isso não é cozinhar, poderão dizer vocês! É, é, digo eu. É cozinhar de outra forma.<br />
<br />
Posto isto, declaro iniciada a missão de espiralizar o mundo. Curgetes, batata doce, cenoura, beterrabas, fujam! Vou espiralizar o que me aparecer pela frente. E se, pelo caminho, emagrecer, melhor ainda.Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-32279992421619598642016-06-13T17:58:00.001+01:002016-06-13T17:58:18.135+01:00Socorro, a minha filha vai para a Casa dos SegredosA Constança, como qualquer menina de dois anos, adora o Canal Panda. E dentro do Canal Panda, adora o Panda propriamente dito, mas também adora o bando de amigos-animais que ele tem, todos com nomes interessantíssimos como Micas, Pintas, Kincas, Riscas, Cricas... Ok, este último acho que inventei. Adiante. A Constança adora o Panda, mas também não diz que não a uma sessão de cinema com o Ruca, a Abelha Maia, o Bing ou a Patrulha Pata. E o que é engraçado é que os pedidos vão mudando consoante o estado de espírito. Um dia é:<div>
- <i>Mamã! Pata!</i></div>
<div>
<i>- Patrulha Pata?</i></div>
<div>
<i>- Sim! Pata!</i></div>
<div>
Mas no outro dia, se eu tento antecipar-me e sugerir a Patrulha Pata, já não serve:</div>
<div>
- <i>Não!! Bing!</i></div>
<div>
<i>- Não queres a Patrulha Pata? E o Panda?</i></div>
<div>
<i>- Não! Bing. Põe Bing.</i></div>
<div>
E lá ponho o Bing. Bing esse que, passado dois minutos já cansa e é trocado, sem dó nem piedade, pelo Panda e os amiguitos todos:</div>
<div>
- <i>Pandaaa! Panda... Põe! </i>(sim, porque as crianças têm o dom de estar sempre com a maior pressa e urgência, como se tivessem uma reunião importantíssima dali a 20 minutos e não houvesse tempo a perder, nem para pedir por favor e recorrer a essas delicadezas de quem está cheio de tempo).</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Sim, a Constança é feliz com muitos programas do Panda. E é capaz de ver o mesmo episódio, se estiver para aí virada, 5 ou mais vezes seguidas. Ao ponto de eu já saber de cor algumas falas entre o Professor Ruben, a Dra. Marta e a Joana (os outros amigos são todos mudos), coisa de que não me orgulho.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
De qualquer dos modos, a Constança não aceita qualquer programa. E não aceita ao ponto de ficar um pouco agressiva se insistimos com alternativas. Geralmente mostra o desagrado de forma sintética, com um perentório "Não!". Acabou de fazer dois anos, não é propriamente a rainha da dialética e da argumentação, como poderão imaginar. Só que, no outro dia, para além do "não", quis justificar a sua escolha, nitidamente a tentar aumentar os seus recursos verbais. O pior é que se inspirou, não nas palavras bonitas e eruditas que a mãe lhe tenta ensinar, mas sim nas palavras rudes que ouve o pai utilizar em dia de jogos de futebol:</div>
<div>
- <i>Queres ver a Masha e o Urso? Também é giro!</i></div>
<div>
<i>- Não!</i></div>
<div>
<i>- Oh... Não queres ver a Masha? Porquê?</i></div>
<div>
<i>- Não! A Masha é put@.</i></div>
<div>
<i>- Desculpa...?! A Masha é quê?</i></div>
<div>
<i>- Put@! A Masha put@!!</i></div>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
De maneira que meti a viola no saco e pus rapidamente no Panda. Ao mesmo tempo, tomei logo ali duas importantes resoluções de vida: não voltar a tocar no sensível tema da Masha (não enquanto tiver este episódio fresco na memória) e retirar os filhos de casa em dias de jogo. Isto sob pena de, daqui a uns anos, ser a feliz progenitora de dois filhos concorrentes da Casa dos Segredos 18, lado a lado com o Kevim, filho da Bernardina.</div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-15669951102417530712016-06-09T17:42:00.001+01:002016-06-09T17:42:13.653+01:00A saloiaA saloia é uma mulher que não desenvolveu as suas aptidões sociais.<div>
A saloia vive para os afazeres da casa e para os seus.</div>
<div>
A saloia acorda com o nascer do sol e deita-se quando aquele se põe.</div>
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A saloia dá de comer à família e o seu habitat natural é na cozinha.</div>
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A saloia tem que tratar da casa.</div>
<div>
A saloia fala da comida, das compras que tem que fazer, das horas das refeições e da casa.</div>
<div>
A saloia não consegue desenvolver temas de conversa para além disso.</div>
<div>
A saloia também não consegue manter uma conversa por muito tempo.</div>
<div>
A saloia tem sempre sono, muito sono.</div>
<div>
A saloia tenta lutar contra isso, tenta ler, tenta ouvir música, tenta ver filmes, tenta ir a festas.</div>
<div>
À saloia só lhe resta tentar, porque por enquanto tem sono. E tem filhos para criar. E trabalho para apresentar.</div>
<div>
A saloia sou eu.</div>
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<br /></div>
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Sou uma saloia. E descobri isto ontem, quando comentava com uma amiga que tenho sentido, de ano para o ano, que o cansaço do trabalho, acumulado com o cansaço dos filhos, me tem tirado todas as capacidades comunicativas e a capacidade de socializar com outras pessoas. Em resposta ao meu desabafo, ela primeiro disse-me que sentia o mesmo. Senti-me compreendida. Expliquei-lhe que tive um casamento há dias e que me sentia tão cansada, depois de noites sem dormir, que as conversas à mesa me passaram todas ao lado, enquanto eu assistia apática aos diálogos, como um simples espectador numa partida de ténis. Não trouxe temas ou opiniões inteligentes para a mesa, não acrescentei piadas espirituosas, não abrilhantei conversas nenhumas. Nada. Só me limitei a tentar acompanhar o que se dizia e a conter os bocejos. Ter dois bebés em casa é dose. E trabalhar durante o dia não melhora nada e suga-nos a energia. A minha amiga ainda não tem filhos, mas disse que me compreendia.</div>
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<br /></div>
<div>
Depois, citou-me de forma livremente traduzida para português a passagem dum livro ["El tiempo entre costuras", de María Dueñas, que aborda a guerra civil espanhola e, a dada altura, a passagem pelo nosso país], em que basicamente me chamou de saloia. Sou uma saloia. Confiram lá se o meu desabafo sobre as minhas inaptidões sociais no casamento não coincide exatamente com a descrição destas portuguesas (penso que, mesmo sendo em espanhol, se percebe bem):</div>
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<i><br /></i></div>
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<i>"La conversación entre los hombres se mantuvo a lo largo de casi dos horas, pero, a medida que ésta se agitaba, la reunión de mujeres iba decayendo. Cada vez que percibía que la negociación se enroscaba en algún punto sin aportar nada nuevo, volvía a concentrarme en sus esposas, pero las mujeres portuguesas hacía rato que se habían desentendido de mí y de mis esfuerzos por mantenerlas entretenidas, y daban ya cabezadas incapaces de contener el sueño. En su crudo día a día rural, probablemente se acostaran al caer el sol y se levantaran al alba para dar de comer a los animales y atender las faenas del campo y la cocina; aquel trasnoche cargado de vino, bombones y opulencia superaba con mucho lo que podían soportar."</i></div>
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<i><br /></i></div>
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<b>Próximo objetivo de vida: reaprender a socializar.</b></div>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-28158367184695350602016-06-08T17:13:00.001+01:002016-06-08T17:13:06.851+01:00Olá, filho mais querido #3<span style="font-size: x-small;">(Podem ler a primeira parte da história <a href="http://pippacoco.blogspot.pt/2016/03/ola-flho-mais-querido.html">aqui</a> e a segunda parte <a href="http://pippacoco.blogspot.pt/2016/03/ola-filho-mais-querido-2.html">aqui</a>)</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>
Pois então, eram 5h da tarde e eu estava convencidíssima, pelo avançar do meu estado (ie, rutura de bolsa, dilação, eliminação de colo do útero, contrações constantes) e ainda pelo facto de ser um segundo parto que teria o bebé nos braços em coisa de hora ou duas. A juntar a isto a garantia dada por todas as mães que conheço de que os segundos partos são sempre mais fáceis tínhamos uma quase-parturiente relaxada, animada e super otimista. Só que, entretanto, começaram as notícias menos boas. Para começar, a médica de serviço disse-me que o exame para detetar estreptococos (umas bactérias que, pelos vistos, 1 em cada 3 mulheres grávidas tem e que são inofensivas e sem qualquer sintoma associado para a mulher, mas capazes de provocar pneumonia a um recém-nascido, por exemplo - podem ler mais <a href="http://www.mdsaude.com/2013/08/estreptococos-b.html">aqui</a>) tinha dado positivo e que, por isso, ia ter que me dar um antibiótico.<br />
- <i>Lembra-se daquele exame que fez e que deu positivo, certo? Vou ter que lhe dar um antibiótico.</i><br />
- <i>Ok, não há problema, </i>respondi.<br />
Não estava a perceber a cara de preocupada da médica. Um antibiótico? Não são 2 segundos para tomar e já está?<br />
<i>- Pronto... Mas sabe como se processa?</i><br />
<i>- Não é só tomar o antibiótico?</i><br />
<i>- Não... Vamos ter que esperar cerca de 3 horas até fazer efeito e podermos avançar com o trabalho de parto.</i><br />
<i>- Oh...</i><br />
<i>- É... Por isso, a partir de agora, vou pedir-lhe que relaxe e descanse. Não lhe vamos dar ocitocina, não vamos voltar a fazer qualquer exame </i>[adeus, toque!] <i>e vamos tentar adiar o parto ao máximo, ok? Convém que o antibiótico faça efeito.</i><br />
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E eu fiquei ali a olhar para ele, ao meu lado, também expectante... Tanto tempo? A única coisa boa que retirava dali era, realmente, a parte de acabarem com os diabólicos toques. Mas senti-me a <b>morrer na praia</b>. Estava tudo a ser tão rápido... Estava tudo a ser, até àquele momento, como nos filmes, estava tudo a ser exatamente como eu tinha imaginado o dia do parto ou até melhor - as contrações, o ir a conduzir para o hospital sem nada marcado, os telefonemas para ele "anda! vai nascer!", os telefonemas para os meus pais e irmã, a rutura da bolsa, a adrenalina... De repente, foi como se tivessem pegado num comando e carregado no "pause". Suspenderam o meu filme. Suspenderam o <b>meu filme </b>tão aguardado. E não adiantava tentar carregar no "play" outra vez. Não até ter ordens em contrário.<br />
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- <i>E agora?, </i>perguntei-lhe. <i>Nem sequer temos "A Guerra dos Tronos" para ver, como da outra vez.</i><br />
<i>- Não te preocupes que eu arranjo já aqui algo para nos distrairmos.</i><br />
Pegou no telemóvel e procurou um vídeo para me mostrar.<br />
Quando demos por ela, estávamos os dois a chorar a rir. Primeiro só nós. Depois os meus pais também, que entretanto chegaram. Depois os meus sogros. A dada altura, já estávamos a ver o vídeo com enfermeiros também. O vídeo que nos pos a todos a chorar a rir foi <a href="https://www.youtube.com/watch?v=zhQT2FdwOZg">este</a> e já todos devem, a esta hora, conhecer. Mas posso garantir que foi este vídeo que me fez doer a barriga de rir até doer a barriga a sério das contrações. E posso garantir que foi este vídeo que, até levar a epidural, me fez aguentar as dores que comecei a sentir.<br />
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Foram três horas de espera, entre "ais" e "ahahah"s e com uma epidural pelo meio. Três horas de espera que pareceram trinta. E eu ia olhando para o relógio e pensando que, por volta das 20h, logo que o antibiótico fizesse efeito, iam fazer-me novamente exames e perceber que o bebé já estava basicamente com uma perna cá fora.<br />
- <i>Vinte e três de fevereiro. Gostas da data?, </i>perguntei-lhe, a dada altura.<br />
<i>- Gosto... Acho que sim. Mas vou gostar de qualquer data em que o meu filho nasça.</i><br />
<i><b>- Vinte e quatro era mais giro, </b>não achas?</i><br />
<i>- Porquê?</i><br />
<i>- Porque a Cookie nasceu a doze. Este é o segundo filho. 12x2=24. Vinte e quatro parece-me mais especial.</i><br />
<i>- Pois, mas vai ser vinte e três. É especial na mesma.</i><br />
<i><br /></i>
Pois... Não dizem que a mãe é que manda? Nasceu apenas cinco horas depois. Demorou. Custou. Mas o bebé deve ter-me ouvido. Se a mãe prefere o dia vinte e quatro, a vinte e quatro será. As mães mandam sempre. ;)<br />
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<i>(... Continua...)</i>Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-52814655240296676852016-06-07T17:18:00.002+01:002016-06-07T17:18:43.853+01:00O batizado do bebéEntretanto, o dia chegou. Como o batizado da Constança correu bem, optámos por, basicamente, repetir a fórmula. A igreja foi a mesma, a quinta foi a mesma, a lista de convidados foi a mesma, o fotógrafo foi o mesmo, o <i>catering</i> foi o mesmo, enfim... percebem a ideia! Infelizmente, o <i>catering</i> não estava disponível no sábado que queríamos e, por isso, acabámos por mudar o dia para domingo. Custou-nos um bocado tomar a decisão, porque sabíamos que corríamos o risco de ter muitos convidados a sair mais cedo por ser domingo e, além disso, eu sabia que muitas mulheres iriam ficar bem mais limitadas no que toca a arranjar cabeleireiro e maquilhagem. De qualquer dos modos, decidimos na mesma arriscar e esperar que corresse tudo pelo melhor. Como pequeno acerto - e de forma a que desse para aproveitar mais o dia -, antecipámos a missa para as 11h.<br />
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Assim, às 8h (!!) e a morrer de sono, já eu estava no salão do meu cabeleireiro pronta para ser penteada e maquilhada (e a sonhar com um café). Claro que o salão não abre ao domingo, mas lá os convenci a abrirem uma exceção (pagando mais, claro, que pela minha cara laroca já não vou longe, minha gente :P).<br />
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Desta vez, como o bebé tinha apenas 3 meses, conseguimos fazer algo com que os avós há muito sonhavam e que não conseguimos fazer da outra vez: usar o vestido de família, o mesmo vestido que tem vindo a ser usado em batizados de geração em geração e que já na 5a geração! Assim que receba as fotografias do fotógrafo mostro aqui, porque o vestido é realmente muito bonito, mas não consegui tirar nem uma fotografia ao longo do dia - ou estava com a Constança ao colo ou com o Francisquinho. Correu tudo bem e o S. Pedro até ajudou, mas continuo a achar que os sábados são sempre os dias mais adequados para estas festas. Talvez para o próximo batizado! (#not)<br />
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De todo o modo, eu sei que vocês querem menos conversa e ver mas é o vestido escolhido e alguns pormenores da festa, por isso, para já digo-vos qual foi o vestido. Claro que eu ainda tenho uns quilos para perder e uma barriguinha bem mais saliente do que queria, por isso o vestido não ficou exatamente como na modelo<i>. </i>Basicamente imaginem, para já, este vestido numa pessoa com menos 10cms de pernas, mais 20 cms de perímetro na zona da cintura e mais 10 quilos. Prazer, sou eu. Ah... e mandei subir um pouco a bainha, porque achei comprido para mim. Quanto aos sapatos escolhidos também foram estes, por coincidência. Entrei na Aldo, vi-os, adorei e depois em casa reparei que eram os sapatos utilizados na foto. Gostei deles, mas se fosse hoje levava sandálias compensadas - ficamos altas na mesma, mas com menos pressão na planta do pé.<br />
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidEAm3nw15N1oJ4vWewHvq7EVVAg3svbObQNaZs2hgDxmA2GW2Hk0bWRM73CKwo8uAlcAiG1QtFDV_Ol49HYy9X5hLjYH81Y4sTJtgxT39M2t9tIZsEXrNEqvsrNMGaSrALQxxrZ3K57d3/s1600/image2xxl.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidEAm3nw15N1oJ4vWewHvq7EVVAg3svbObQNaZs2hgDxmA2GW2Hk0bWRM73CKwo8uAlcAiG1QtFDV_Ol49HYy9X5hLjYH81Y4sTJtgxT39M2t9tIZsEXrNEqvsrNMGaSrALQxxrZ3K57d3/s400/image2xxl.jpg" width="312" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lembram-se do vestido do outro post? Aqui está ele.</td></tr>
</tbody></table>
Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-4882941948277528975.post-41395471182699818882016-06-01T12:32:00.001+01:002016-06-01T12:32:16.630+01:00Sou adultaPago a conta da água. Controlo também o prazo da conta do gás, para não deixar passar. Pago a conta da internet e da televisão. Sou adulta. Tenho telemóvel. Que paguei também. E cujos dados que utilizo continuo a pagar. Pago a minha casa. (Minha? Em parte.) Pago o meu carro. (Meu? Quase, ainda estou a pagar.) Pago as compras que faço para casa. Pago a minha roupa. Pago as consultas do médico. E pago os seguros também. Pago todos os impostos. Sou adulta. E agora até pago as coisas do meus filhos também.<br />
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Para mim, a transição entre o ser criança e o adulta deu-se quando apareceu a primeira conta para pagar. Não tenho dúvidas. Não foi quando o primeiro salário apareceu, como muitos dizem. Não. Porque esse salário devo-o ter gasto em roupa e outras futilidades. Nem foi quando o segundo salário veio. Continuava a ser criança, sem grandes responsabilidades. Apenas com mais dinheiro. Para mim, o ser adulta veio com a primeira conta. Com o início das responsabilidades. Tornei-me adulta. E não adorei, devo confessar. Mas aprendi. Aprendi a fazer contas à vida. Aprendi a importância do poupar. Aprendi a importância de ser ambiciosa. De querer ganhar mais. Querer chegar mais longe na vida. Porque há contas para pagar! Aprendi a querer estabilidade, segurança. Casa, carro, férias e contas pagas. Ser adulto obriga-nos a fazer muitas contas e a trabalhar muito. E nem sempre nos deixa com tempo para sermos só e apenas aquilo que todos somos, bem lá no fundo - eternas crianças. Crianças vestidas de adultas.<br />
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Sim, quando tiramos as contas e os nossos empregos fica mais fácil ver o que está ali em baixo - crianças. Crianças que cresceram e vestiram a roupa dos seus pais. Crianças que cresceram e foram trabalhar. Crianças que cresceram e ganharam responsabilidade. Crianças que cresceram, mas que, se se esforçarem, percebem que nunca perderam a capacidade de se admirar e de se espantar com o mundo. Este dia é para todos nós. Para não nos esquecermos de ser crianças. Não todos os dias. Porque há contas para pagar. Mas de vez em quando. Saint-Exupéry dizia que todas as pessoas grandes já foram crianças. Eu acredito que continuam a ser, debaixo destas roupas e contas das pessoas grandes. Feliz dia!Pippa Cocohttp://www.blogger.com/profile/09218411767848016418noreply@blogger.com2