terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Somos todos feitos de hormonas

Hoje está tudo igual a ontem e, no entanto, acordei bem-disposta e otimista - como acordo sempre, aliás. Não costumo recorrer a citações, mas gosto muito duma frase que atribuem a Churchill: "Sou um otimista. Não me adianta muito ser outra coisa". Basicamente isto resume a minha maneira de estar: acredito sempre que vai correr tudo bem, não tenho grandes angústias e raros temas me tiram o sono. Sou uma otimista. À exceção dos dias em que sou atacada pelas malandras das hormonas. Torno-me outra pessoa. Completamente. E o pior é que tenho noção disso, mas não consigo deixar de me sentir assim. E nesses dias compreendo as pessoas pessimistas e mais tristes. Compreendo mesmo. Somos mesmo feitos de hormonas, não é? A tristeza e a nostalgia repentinas, a necessidade de mimo. Um turbilhão de sentimentos a aparecerem de 28 em 28 dias, sensivelmente. Não tinha saudades nenhumas disto (quando estamos a amamentar, os ciclos passam-nos ao lado). E imagino que seja estranho para um homem compreender estes dias - "Então ontem estavas bem e hoje já estás insatisfeita com tudo?". Mas também eles funcionam à base de hormonas, seja quando veem um jogo de futebol e se exaltam, seja quando conduzem, seja quando veem uma mini-saia... Afinal de contas, somos todos hormonas, mas as nossas pedem atenção e as deles reclamam por necessidade de se afirmar, certo? Menos mal... Que se afirmem dando-nos atenção. Sempre se torna um mundo melhor e mais equilibrado. ;)

1 comentário:

  1. "Que se afirmem dando-nos atenção. Sempre se torna um mundo melhor e mais equilibrado" gosto disto! :P

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