terça-feira, 31 de dezembro de 2013
Ai ca nervos!
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Aquele "X" que muda tudo
"11 de novembro de 2013, 14:02.
Querido filho ou filha,
À data de hoje ainda não sabemos o teu sexo. As apostas dos familiares e amigos multiplicam-se (...). Aqui a tua mãe, no entanto, ainda acredita, bem lá no fundo, que és... uma menina. Porquê? Porque sempre imaginei a minha vida com uma menina no colo. Porque sempre sonhei com uma menina a nascer, nos mil sonhos com partos que tive. Porque toda eu sou feminina e conheço apenas o mundo das mulheres. Porque toda a família próxima são mulheres. E porque tenho medo de não saber educar um rapaz. Porque tenho medo de o ver ficar com a voz grossa, com barba, de o ver tornar-se parvo e a tratar mal as raparigas. Porque sei que um dia vou vê-lo chegar a casa bêbedo ou vou descobrir que fuma às escondidas e tenho medo de não saber lidar com isso. De qualquer maneira, o teu pai quer tanto que sejas rapaz, que tenho que começar a pensar também nesse cenário, não é? A parte boa é que dizem que os rapazes são mais ligados à mãe... Há sempre uma parte boa, não é?
Não sabemos ainda o teu sexo. E como é que irás ser? Como é que será a tua carinha? Os teus olhos? O teu nariz? E o teu cabelo? Eu e o teu pai somos tão diferentes que há mil combinações que poderão sair daí. Estou curiosa, admito. Serás mais moreno ou mais branquinho? Resmungão ou mais calminho? Vais gostar tanto de música como nós? Vais alinhar nas nossas cantorias e danças aparvalhadas? Vais ter sentido de humor e rir-te das nossas piadas e brincadeiras? Vais gostar de ler como eu gosto? Vais ser desportista e sempre com vontade de fazer mil programas? Vais ser esperto e curioso, com vontade de saber tudo? Espero que sim. Tenhas apenas cromossomas X ou Y também. E acima de tudo espero perceber-te e compreender-te sempre. Espero que vejas sempre em mim alguém para conversar e alguém em quem confiar, como sempre vi a minha mãe. És feito de amor e espero que sintas sempre isso."
E assim termina...
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
Sabemos que estamos mesmo grávidas quando...
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Dá para meter isso num saco e trazeres-me, Pai Natal?
Entretanto, a pulseira mais fofinha que já vi na vida. O "charm" também pode ser usado num colar, mas para já vão andar os dois bem juntinhos aqui no meu pulso. :) |
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
Feliz Natal!!!
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Modo férias: ON/OFF?
sábado, 21 de dezembro de 2013
Prefiro trabalhar com mulheres
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
O mundo ao contrário
Habemus nome!
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Natal a dois - quando pensar nisto parecia um pesadelo
Até que… subitamente, algo aconteceu. Como a minha avó teve o AVC, decidiu-se não fazer “o” Natal como era costume, para não a sobrecarregar. De repente, senti-me perdida. “Então como vai ser a Véspera?”. Sim, porque o Dia era sempre com a minha família paterna, mas o verdadeiro Natal para mim era a Véspera, era essa que me enchia as medidas. E foi aí que se fez luz: “passamos juntos o Natal, certo?”, perguntou-me ele. “Os teus pais podiam vir também”. De repente, tudo fez sentido. Perdi um Natal, mas ganhei outro. Perdi uma lareira, umas paredes de pedra, umas escadas, mas mantive os inúmeros primos (ganhei novos), os tios (ganhei novos), a comida até perder de vista, as piadas, as conversas, os risos, a juventude, os presentes sempre com grandes explicações associadas e sempre a mesma reação “dá muito jeito!!”. Perdi em parte o Natal, mas a Véspera continuou cheia de cor, cheia de alegria, cheia de amor. E gosto de ver que, em certa medida, ganhei uma família muito muito parecida com a minha. Quanto ao dia, continua tudo igual, e é passado junto do modo de sempre. De qualquer maneira, a todos aqueles que andam aterrorizados, como eu estava, com a perspetiva de perderem o “vosso” Natal, ao ter que o partilhar: tenham calma. Muito calma. Tudo pode correr bem. E podem sempre pensar que estão, não a subtrair afetos, mas a somar uma família à vossa. E no Natal nunca há gente a mais, certo? No Natal, como negar uma família que afinal até se soma à que já tínhamos?
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Dão-se lições de engate.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
Querido Pai Natal
Muito frio por aí ou já mandaste instalar ar condicionado? Vê lá que as constipações e gripes nesta altura são complicadas e difíceis de curar...
E já tens tudo comprado ou ainda tens espaço para mais ums carta um pouco atrasada? Bem, se os CTT não fizerem greve, espero que as minhas palavras te encontrem a tempo...
Habituaste-te aos meus pedidos cheios de sonhos inalcançáveis à mistura, não foi? E, talvez por isso, sei que este ficarás impressionado com o meu sentido prático inédito e que tentarei conferir a esta carta. É que pedir é fácil, é de graça, e eu tenho noção que me "esticava" sempre um bocado neste momento. Começava com pedidos fáceis de concretizar e depois ia subindo a parada, o que tornava as coisas bastante complicadas aí para o teu lado, não era? De qualquer maneira, deixa-me dizer-te que te portaste sempre à altura e que conseguiste até surpreender-me meia dúzia de vezes! Parabéns por isso e obrigada por seres sempre tão certeiro naquilo que decides oferecer.
Este ano, no entanto, resolvi esquecer os sonhos e pensar apenas verdadeiramente no conceito de “precisar”. Ora, do que preciso mesmo? Vou com base nas respostas a esta pergunta que formulei esta carta.
Em primeiro lugar, preciso de óleo para os travões do carro. Aquele sinal vermelho começou a acender no painel há uns dias, parece algo assustador e sério, por isso, é o meu primeiro pedido. Depois, preciso também de produtos de beleza: cremes para as malfadadas estrias, pois a barriga vai crescer nos próximos meses (deixo-te escolher, confio no teu critério), bons hidratantes, água tónica para o rosto, algo para hidratar as pontas do cabelo e dar brilho, uma boa máscara de pestanas e ainda um creme para as mãos e outro para os pés.
reciso também de massagens de drenagem linfática, porque sei que estas pernas vão começar a inchar e convém antecipar-me. Há uma ótima promoção num sítio aqui perto, se quiseres entra em contacto comigo, querido Pai Natal, e conto-te tudo.
Ah preciso ainda de leggings e túnicas e vestidos largos, que parece-me que até maio parte da minha roupa me vai deixar de servir.
O meu porta-moedas também já tem sete anos e meio, e já teve melhores dias, mas não é prioritário.
Por fim, preciso de um carrinho e de outras coisas que nem sei como se chamam para receber a bebé que aí vem. Sei que são caríssimos e que, tecnicamente, devia ser ela a pedir, mas espero que percebas que falo enquanto porta-voz das suas necessidades, já que sou eu que a carrego, certo?
E pronto, Pai Natal, acho que era isto. Também gosto muito de livros, e séries, e de viagens (ando com vontade de ir à Eurodisney outra vez!), mas parece-me que não encerra o conceito de “necessário”, por isso, podes considerar um capricho e rir-te com desdém nesta parte. Eu percebo.
Se sobrar ainda saúde, felicidade e muito amor perdidos aí pelos teus sacos, a verdade é que isso era o mais importante de tudo. Falamos sempre de bens materiais, mas o que mais quero é que a minha filha nasça com saúde e alegria e que eu possa estar cá anos e anos a tomar (bem) conta dela.
E agora, sim, é isto, Pai Natal.
Já sabes que gosto muito de ti. Obrigada por pensares em cada um de nós e nos fazeres sentir especiais a todos pelo menos uma vez por ano.
beijinhos da sempre tua, Pippa,
e da pequenina ainda inominada
O último dia contigo
domingo, 15 de dezembro de 2013
Voltei a ver a Casa dos Segredos
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Eu sei que não se brinca com coisas sérias...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
O amor gasta-se?
Passei por isso. Aquele era “o” amor da minha vida, com certeza nunca mais me esqueceria dele. Ele dizia-me o mesmo: “nunca vou conseguir estar com outra pessoa sem me lembrar de ti, porque foste o melhor que já tive”. E eu retribuía. E acreditava naquilo com todas as forças. A melhor parte? É que, felizmente, não era verdade. Igual nunca mais houve, como era de esperar. Mas houve diferente. E melhor ainda, até. E, aos poucos, fui reaprendendo a gostar. De forma mais ponderada, talvez. De forma mais calma, pensando não só no hoje, mas também no amanhã. E as mãos voltaram a ganhar cola. E a barriga voltou a ter borboletas. E cada parte do corpo voltou a tremer. A fome? O sono? Já não os perco, mas o amor será menor por isso? Não, de forma alguma. Simplesmente ninguém sobrevive sem comer e sem dormir, e há uma altura em que tudo se reequilibra. Vem a fome e o sono. Vão as inseguranças e os medos. E o segundo balanço parece-me claramente mais positivo. Não sei se o amor se gasta. Mas sei que, se se gasta, também se renova. E tem capacidade de renascer.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Ser cigarra ou ser formiga
Tenho pensado nos meus pais e no exemplo deles, e questiono-me se algum dia construirei tanto como eles construíram. Questiono-me se algum dia terei dinheiro para me tornar proprietária de uma bonita casa para os meus filhos crescerem. Questiono-me se algum dia poderei dar-lhes a oportunidade de estudar em boas escolas, se algum dia poderei inscrevê-los numa Academia de Música, num desporto, em explicações. Os meus pais sempre investiram ao máximo na minha educação e da minha irmã, sem pestanejar. Não nos davam prendas se tínhamos uma grande nota, mas não questionavam se pedíamos para ter aulas de piano. E depois afinal guitarra. E depois instituto de inglês. E que tal francês? E alemão. Francês. E agora quero nadar. E também quero ter aulas de ténis. Tudo o que fosse aulas, tinha um “sim” garantido, mas agora pergunto-me como. Como é que conseguimos viver a vida, pagar um teto, um carro, viajar, conhecer novos restaurantes, vestir roupas de boas marcas e ainda ter para a educação dos filhos? Digam-me a verdade: temos que abdicar das jantaradas, algumas viagens e algumas marcas, não é? E assim, pela primeira vez na vida, começo a admirar quem, qual formiguinha silenciosa, prepara a marmita com o almoço de véspera, poupando, assim, uns bons €300 por mês em restaurantes. Começo a admirar quem se vira para a cozinha, adora preparar o jantar e abdica de jantar fora. Começo a admirar quem consegue poupar na comida, nas viagens, nas boas marcas “porque sim” e, aos poucos, vai criando um valente pé de meia.
Eu sou da geração dos estados partilhados nas redes sociais ao estilo “Maria está no Spa XPTO”. Sou da geração das viagens lowcost, em que andar de avião “não custa nada!” (pois, custa “só” o hotel e a alimentação no destino). Sou da geração Time Out, em que quem não conhece o novo bar, o novo restaurante ou o novo cafezinho está… pois, o nome já diz tudo… “out”! Sou da geração dos mil euros, em que todos nos queixamos de falta de dinheiro, mas a verdade é que também gostamos de o gastar bem. E sempre gostei de ser desta geração. Exceto quando me dão estes acessos de poupança e de peso na consciência. Sim, se puder pedir já um desejo para 2014 (Será muito cedo ainda?) é aprender a ser mais formiguinha e deixar um pouco a vida de cigarra. As formigas também podem ser felizes, não podem??
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Quem quer ser mais elástico?
- Então está grávida??!, perguntou-me, com ar de felicidade, como se fosse familiar próximo.
Acenei que sim.
- E sente-se bem?? Feliz??
- Sim, muito bem. E fiquei contente por continuar a ter elasticidade. Estava à espera de não conseguir fazer tanto, hoje.
- Pois tem elasticidade!… Sabe porquê?
(E foi aqui que eu me arrependi solenemente de me ter denunciado. Nota importante: o resto das pessoas continuava por ali a calçar-se e a arrumar os tapetes)
- … Porque isto é a sua bacia. (e exemplificou com as mãos) E a sua bacia vai expandir-se. Assim… Vai expandir-se até deixar sair o bebé. O seu corpo está aos poucos a abrir-se. É um processo natural. E, neste processo, todas as articulações estão a acompanhar o movimento da bacia, e estão a alargar-se. Por isso é que se sente mais elástica. É normal. É o seu corpo a preparar-se para expulsar o bebé. Assim. Repare.
E eu não sou nada esquisitinha. A sério que não. Raramente alguma conversa me mete impressão. Mas aquela demonstração do meu corpo a expandir-se como uma massa gelatinosa, com a bacia a alargar para expulsar um pequeno ser… hmmm… Como dizê-lo? Não foi a imagem mais apelativa do mundo. Nem era o que esperava retirar duma tranquila e zen aula de yoga, Principalmente porque tinha uma plateia à minha volta a ouvir aquela animada descrição da minha bacia em expansão. Não… Prefiro continuar a pensar em mim como uma contorcionista sexy que propriamente como uma bacia humana a expandir-se. Pode ser, senhor professor?
Dos dias quase terríveis
No entanto... aos poucos, tudo se foi compondo: soubemos que a familiar melhorou e que os rins começaram a funcionar hoje, ao fim de quase três semanas de diálise. Na consulta, o médico disse, a sorrir, com ar despreocupado, que estava tudo bem e que a placenta já estava no sítio. Para os leigos, como eu, a placenta prévia significava, a manter-se assim, uma cesariana obrigatória e a impossibilidade de fazer grandes esforços até maio. Entretanto, a sentença foi lida e não podia ter sido mais positiva. E o trabalho? Esse está quase... Lá para as 3 da manhã deve estar terminado.
E estávamos os dois comentar entre nós todos os acontecimentos do dia, quando ele me diz "sabes, o meu pai foi ontem a Santiago de Compostela. Disse-me que foi pedir por tudo isto que hoje ia acontecer". Fiquei surpreendida. O meu sogro nem é uma pessoa muito religiosa, por isso, este gesto deixou-me boquiaberta. "Também pediu que a netinha tivesse direito a uma placenta no sítio?", perguntei, meio a brincar, meio a sério. "Disse-me que pediu por tudo". À exceção do meu trabalho, claro. Será que é por isso que ainda não o consegui terminar, enquanto o resto se resolveu logo? De qualquer maneira, achei mesmo fofinho. Às vezes é agradável conhecer facetas novas das pessoas que julgávamos conhecer bem. E é agradável sermos assim surpreendidos. Quanto a mim, não acreditava nisto das promessas, mas... "que las hay, las hay!"
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Ainda não tenho árvore de Natal, mas...
À entrada do Mercado. Estavam todos a beber vinho e gins. Pareciam bons, mas eu só posso confirmar essa qualidade daqui a um ano. ;) |
No início eram doze. Só sobrou a caixa para a fotografia. E a vontade de repetir. |
sábado, 7 de dezembro de 2013
Como vingar-nos sem querer
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Manifesto em defesa dos olhos castanhos.
Quando foi a última vez que elogiaram os olhos castanhos de alguém? E uns olhos azuis ou verdes, quando foi a última vez que elogiaram? Com certeza estarão a dar por vocês a pensar que elogiaram mais vezes olhos claros. Ou porque são mais raros. Ou porque podem ter tonalidades mais invulgares. Ou porque refletem melhor o sol. Ou porque são mais límpidos. Ou porque, simplesmente, acham mais bonito olhar para a cor azul ou verde que para a cor castanha. Porque a verdade é contemplamos o mar e o céu. Contemplamos paisagens verdejantes. Contemplamos montanhas que se prolongam até perder de vista. Não contemplamos a terra. Ou árvores despidas de folhas. E músicas? Cantamos a “cor azul”. Até os Coldplay cantam sobre os “green eyes”. Mas os olhos castanhos, talvez por serem considerados mais vulgares, são quase sempre menosprezados na música ou na poesia.
E lembrei-me de tudo isto por dois motivos (desculpem, mas uma mulher precisa sempre destes preliminares, mesmo que teóricos). Primeiro, porque uma amiga minha teve uma filha de lindos olhos azuis e ninguém parava de repetir (eu incluída) o quão lindos e maravilhosos eram os olhos da menina. Ninguém parava de repetir o quão bonita será ela, a loucura que irá provocar nos rapazes, que logicamente não lhe resistirão, etc. E, depois, porque eu própria já dei por mim a pensar na cor dos olhos da minha bebé: serão azuis? Serão verdes? Serão castanhos? Podem ser de qualquer uma destas cores, porque na nossa família há cores para todos os gostos. Dei por mim a desejar ardentemente uns lindos olhos azuis. Mas ao mesmo tempo, fiquei a pensar: “e castanhos, porque não? Serão menos nobres ou menos merecedores?”. E decidi – como se estas coisas se pudessem decidir – que serão castanhos os seus olhos, como os meus, e que serão lindos na mesma. Nem melhores nem piores que uns olhos azuis ou verdes. Sim, porque parece que afinal ninguém deseja uns olhos castanhos para os filhos. Há sempre o desejo incontrolável de que a criança vá buscar aqueles olhos da tia-avó materna Rosa, ou do bisavô João do lado do pai, ou aqueles olhos do primo em sexto grau Adalberto. Pois eu não, decidi ser do contra e que quero uns olhos castanhos como os meus. Vale o que vale (ou seja, NADA), mas acredito que uns olhos castanhos podem ser quentes. Hipnotizadores. Desafiantes. Magnéticos. Meigos. Ou doces.
E escrevo este Manifesto pelos olhos castanhos, para que todos te elogiem à nascença, minha pequenina cookie, mesmo que não nasças com olhos da cor do mar, ou do céu, ou das paisagens verdejantes de perder de vista. Escrevo este Manifesto pelos olhos castanhos, para que todos os bebés que nasçam com a cor de 90% dos olhos dos portugueses, se sintam igualmente originais, e únicos. Porque os Coldplay podem não contar os “Brown eyes”. Os Delfins podem não cantar a “cor castanha”. Mas canto-a eu. Em defesa da igualdade dos direitos aos olhos castanhos.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Fui o Barney Stinson por uma noite
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Para mim era um Tarot e uma meia de leite, se faz favor
Ora bem, anjos-da-Maria-Helena-que-ligam-para-lá, deixem-me dizer-vos uma coisa: "olá olá!" eu sei dizer muito bem, também. "Pensamento positivo" também. Chamar-vos "meu anjo" também chamo, sem problema. Do que precisam mais? Ah e não cobro nada! Que tal? Sinceramente, percebo que estejam angustiados e que queiram uma palavra amiga e compreensiva, mas... eu tenho estado a ver o programa atentamente (ou parte dele, já que, no final do segundo telefonema fujo de casa a correr, porque já estou mega atrasada) e... não vejo ali nada que eu não dissesse, do alto do meu senso comum. Parecem-me apenas clichés misturados com um cocktail de espiritualidade. No tempo da Maya, pelo menos ainda havia o Top Signos, que dava para espreitar e sair de casa a saber se o meu signo Peixes estava em número 1 ou não, o que me tranquilizava e dava forças para o dia que ia enfrentar. Agora, enquanto lavo os dentes, vou ouvindo aquela lenga-lenga repetida e tenho pena de quem está a ligar, preocupado como um raio com os seus problemas, e que só ouve aquelas frases repetidas num tom totalmente comercial e desprovido de preocupação. Sinto que aquelas pessoas precisam é de um amigo, de alguém com quem falar. E para isso não precisavam de gastar dinheiro. Para isso até eu servia, a sério. E desculpem, pessoas que acreditam no Tarot, e desculpa, querida Maria Helena, meu anjo, mas não estou a criticar as vossas crenças, porque, para mim, ali não há sequer Tarot nenhum. Ali há apenas sede de telefonemas. E rápidos, de preferência.
Não são só os cães que perdem pelo.
Depois deste desabafo, lembrei-me agora de algo que não tem nada a ver com o post, nada mesmo: ninguém quer comprar um colete lindíssimo em pele sintética (sim, aqui ninguém mata animais!), só usado uma vez? Bom preço!! Contactem a autora do blog. ;)
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
A escolha foi clara... Clara!
Para minha grande surpresa, o nome mais votado por vocês foi o bonito e simples... Clara! Estive a ver e, em 2012, ficou em 25.º lugar na lista dos nomes femininos mais colocados em Portugal, mas parece que aqui é o 1.º. E confesso que gosto muito, mas não é um dos que faz parte da nossa lista de nomes para discussão. Nesse lista, no entanto, estão outros nomes que muitos de vocês também sugeriram. ;)
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
A saga da escolha do nome
Pois bem: isto dos nomes está difícil. Aliás, “difícil” é dizer pouco - esta parece-me uma tarefa impossível de chegar a bom porto! E porquê? Porque eu acho que ele escolhe apenas nomes comuns e cheios de protagonistas já conhecidos. Os nomes que sugere foram já atribuídos a pessoas que nos são próximas. Para mim, são nomes que já exerceram a sua função, já foram vestidos, já foram usados, já foram gastos. Ele não percebe esta minha visão. Por outro lado, para ele, os nomes de que gosto são nomes demasiado arcaicos, suscetíveis de trocadilhos variados, com ares de sangue-azul-wanna-be e com diminutivos péssimos. Já tínhamos decidido o nome para rapaz, mas para menina parece tarefa pior que assinar um tratado de paz!
No meio disto, conseguimos, não sei como, fazer uma pequena lista de nomes aceites por ambos para discussão. E caímos no erro de partilhar a lista com os mais próximos. Conclusão: os meus sogrinhos cortaram logo metade da lista, apresentando argumentos sólidos e válidos. Os meus pais cortaram outra metade, recorrendo a analogias, exemplos e argumentos emocionais. A minha irmã cortou mais algumas hipóteses. E cada pessoa com que partilhei a lista tratou de aniquilar alguns dos nomes.
Por isso, a minha inquilina continua, à data de hoje, sem nome. E enquanto o debate continua, começou a ser tratada por nós por “cookie”, por ser pequenina, por parecer uma bolachinha saltitona e por dar vontade de lhe dar pequenas trinquinhas. Mas a “cookie” não vai ser eternamente uma bolachinha, vai nascer e precisa de um nome. Por isso, se quiserem dar sugestões de nomes... falem agora ou calem-se para sempre! ;)
Viajar no tempo
domingo, 1 de dezembro de 2013
Balanço do dia
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
365 dias.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Adivinha
Direito de resposta capilar
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Música para fazer bebés
Na mesma onda sentimental, o meu primeiro slow agarradinha a um rapaz foi ao som da “Porque tu m’aimes encore”, da Céline Dion (quem se lembra daquela início em francês - “j’ais compris tous les mooots”?). Foi uma época cheia de romantismo exacerbado, de cantores que gritavam o seu amor sem medo, cheias de laca no cabelo, lantejoulas, brilhos e ombros do casaco bem definidos, enquanto nós em casa cantávamos. E estes dois exemplos são para mostrar que ouvia música bem lamechas e até gostava e muito. No entanto, à medida que fui crescendo, algo aconteceu e deixei de ter paciência para este tipo de músicas ditas “para-fazer-bebés”. Talvez tenha sido a adolescência e o querer ser mais “fixe” e ouvir música mais animada, mas o que é certo é que o gosto por música mais calminha e romântica ainda não voltou. Raramente gosto de músicas mais “lamechas”.
Por isso, desde que sobrevivi à minha overdose de romantismo do tempo dos Roxette, ando a ouvir música mais rock ou eletrónica. Agora está na moda dizer “indie”, mas o estilo “indie” é tão vasto que continuo a preferir as velhas terminologias musicais. De qualquer maneira, enquanto estava a ouvir há dias Arcade Fire, Kings of Leon, Phoenix, Empire of the Sun, etc, lembrei-me “espera aí, agora a bebé vai começar a ouvir o que eu oiço. Não ficará nervosa com este ritmo todo?”. Comecei a ler fóruns na internet (nunca façam isso!) e todas as mães diziam “só devemos ouvir música clássica para acalmar os nossos bebés. Eles gostam”. Acreditei sem pestanejar e comecei a ouvir Choupin, Bach, Beethoven e Vivaldi (e atenção que, talvez por ter tocado piano, adoro música clássica), apenas. Mas comecei a ficar com sono. Acrescentei alguma “musica-para-fazer-bebés”, já que supostamente a bebé só gosta de música calma. Mas continuei com sono. Cada vez mais. E dizem que não se pode abusar do café nesta fase.
Até que se fez luz! Percebi tudo: as mães têm sono durante a gravidez, porque só ouvem música parada! Abri o meu Grooveshark (dos poucos sites de música que não estão bloqueados no sítio em que trabalho) e voltei ao meu registo habitual, mais animado. A música-para-fazer-bebés já voltou mais. Dancei os slows todos, apaixonei-me e desapaixonei-me, tornei-me adolescente a ouvir os amores e desamores alheios, mas já chega. Tenho que trabalhar e preciso de música animada para me manter acordada. Além disso, se a bebé já está feita, já não preciso da música para a fazer, certo? Certo. ;) Bebé aí dentro, se me conseguires ouvir, espero que gostes da animação! E que gostes de dançar tanto quanto eu.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
O dilema de ter filhos, esse pecado capital
O meu colega continuava: “ela está a assumir um compromisso com os eleitores. Está a candidatar-se, porque quer representá-los. Ora, estando grávida, já sabe que dali a uns meses não os vai poder representar.”
“Então não pode candidatar-se?”, perguntámos nós, mulheres, em coro.
“Pode candidatar-se no próximo mandato. Neste, não. Primeiro tem os filhos, depois pensa na política”.
Eu não estava a acreditar naquele argumento.
“Sabes que muitos homens em que votas podem vir a ser pais, não sabes? Simplesmente não vês a barriga, nem vão para o hospital para lhes ser retirada uma criança de dentro do corpo. Mas sabes que muitos homens em que votas podem vir a ser pais e querer ficar também em casa com a criança, não sabes? Então já agora não votes em ninguém em idade fértil. Ou não votes a menos que se comprometa a não cometer a ousadia de… ter um filho, esse pecado capital!”.
(sim, eu acho que me comecei a passar, porque comecei a “pessoalizar” a história, enquanto trabalhadora grávida)
“Eu não estou a ir tão longe. Se acontecer, aconteceu. Só que eu nunca votaria em alguém sabendo de antemão que ela não vai estar a representar-me nos próximos tempos. Só isso.”
Para mim, não era “só” isso. Para mim, era a prova de que as mulheres continuam a ser vistas de forma diferenciada só porque têm filhos. Para mim, era a prova de que mesmo com a história da licença partilhada pelo pai e pela mãe, há sempre a presunção de que a mãe é que vai ficar em casa meio ano a tomar conta do bebé, enquanto o pai vai continuar a sua vida, como se nada fosse. Pensei que as mentalidades estivessem mais evoluídas e já se presumisse que ambos vão ter participação nos primeiros tempos, seja pai ou mãe. E sim, posso estar a “pessoalizar” isto e não ter o distanciamento necessário para intervir de forma desapaixonada e neutra nesta discussão. Mas que se há-de fazer? Talvez os debates mais acesos surjam precisamente nestes casos, não?
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
A nova linguagem – a saga de quem não fala “gravidês”
E, por isso, tem sido toda uma aventura iniciar-me no mundo do ácido fólico, dos suplementos, dos cremes anti-estrias, da toxoplasmose (ahh… e afinal até há pessoas imunes e tive a sorte de ser uma delas, por isso, afinal não tenho que esfregar frutas e legumes como se não houvesse amanhã e posso comer carne praticamente crua. Lá se foi um mito abaixo), da placenta alta ou baixa, e até das semanas em vez dos meses. No entanto, tive que descobrir sozinha algo que talvez já todas as mulheres saibam mesmo sem terem estado grávidas: descobri que a história da gravidez ser nove meses não é bem bem bem verdade. Pois então estava eu a fazer contas à vida (neste caso, à bebé) e a pensar “fixe, no dia X chego às 16 semanas. O que significa que são 4 meses, já só faltam 5!”. Só que, no mesmo momento, comecei a pensar “espera lá, mas a data de nascimento prevista é só daqui a quase 6 meses, como é que é possível? Afinal a gravidez são 10 meses?”. Cheguei a casa, peguei no livrinho que comprei e comecei a pesquisar – pois então, blábláblá, a gravidez são 40 semanas, blábláblá, os médicos contam a partir da última menstruação, blábláblá, por isso dá 10 meses lunares. Parei ali. Dez meses lunares?! Mas agora andamos em bruxarias, a seguir a lua? A seguir tenho que cortar uma madeixa de cabelo e colocar uma pata de rã num caldeirão, ao luar? Dez meses? Fiquei chocada. Já para não falar no vídeo com o parto que resolvi ver na internet. Mulheres: nunca façam isso!!
Enfim… Tudo isto está a ser uma descoberta, acreditem. Toda a linguagem, todos os conselhos, tudo… E sinto que, tal como ando a ter aulas de Espanhol, também devia ter aulas de “Gravidês”, porque a verdade é que não falo ainda nada! Nada… A ver vamos se nos meses que faltam aprendo tudo o que é necessário. É que ninguém nos avisa que há todo um mundo novo aqui à nossa espera.
PS: por favor atirem-me à cara e gozem comigo se um dia colocar uma foto de perfil só com a barriga quase a explodir e duas mãos a acaricia-la, com orgulho. Será merecido!
Fenómenos inexplicáveis
A semana passada a minha irmã mostrou-me uma música que me disse ser o novo "fenómeno". Explicou-me que teve imensas visualizações no youtube mal apareceu e que a prova que estava a ser um sucesso é que já pediam esta música em discotecas, segundo um amigo dela que é Dj (!!) e já havia paródias do videoclip. Ouvi a música e achei tão má, tão má, tão má que me pareceu impossível aquilo ser um sucesso em mundo algum. Primeiro, o homem está estranhamente obcecado com a raposa. Depois, interessa assim tanto o que ela diz? Por fim, a letra remete para um mundo infantil que não coincide com o ritmo acelerado da música. De qualquer maneiram deixo-vos este estranho fenómeno para se prepararem caso um dia destes oiçam nalguma festa e não percebam a rápida movimentação de pessoas para a pista. Vejam lá se concordam comigo: