sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A minha cadela é mais gira que a tua

É o que penso, sempre que vejo outros cães. Também vos acontece o mesmo?

Tento ser isenta e objectiva. Acho alguns (bastantes, até) amorosos e sou sincera nos elogios que faço.

... mas a minha... É sempre a mais engraçada e esperta.

Será isto daqueles síndromes semelhantes ao que acontece a quem tem filhos? Também são sempre os mais bonitos, não é? :)


Bomba calórica

1.
Tenho asma e, infelizmente, tenho que recorrer às - assim designadas, na gíria - BOMBAS.
É uma doença silenciosa, quase ninguém sabe que tenho, porque ando sempre medicada e nunca tenho crises. No entanto, nem por isso deixa de ser horrível.
A única vez que me fizeram rir relativamente a este assunto foi quando vi estas T-shirts:


É humor negro, básico, mas conseguiu fazer-me soltar umas gargalhadas e teve o efeito de me fazer sentir sexy a usar a bomba na vez seguinte.



(Ok, na prática não fez, mas enquanto pegava na bomba senti-me, por um nano segundo, "naughty", logo seguido de um "estás-parva?" autocrítico).






2.
Todos os dias somos confrontados com os ataques no Médio Oriente, crises políticas e guerras sem fim. E aí se voltam a referir as malogradas BOMBAS.


1+2. Conclusão simples
As bombas devem apenas associar-se a desgraças e não a comida, certo?

Adoro comer.
Sou um óptimo garfo.
Mas de cada vez que oiço um "não comas isso, é uma autêntica BOMBA CALÓRICA" sinto uma falta de ar tão forte que fico a precisar realmente de uma bomba, mas das referidas em 1. e 2.
Desculpem este momento politicamente incorrecto, mas precisava de desabafar.
E o meu espécime de estudo da surdez masculina está com o ipad, por isso, como sabem, não podia ouvir-me. ;)

Obrigada por me lerem.
Pippa.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Mulher acusada de tentar asfixiar o namorado...

... com os seios.

in http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/MundoInsolito/Interior.aspx?content_id=2914177&page=-1

(nota: atentem na sensual fotografia que ilustra esta notícia, ocorrida em território da nossa querida Merkel, talvez para ilustrar melhor do que trata esta peça do jornalismo criminal, no caso de a subtil palavra "SEIOS" não ter sido suficientemente esclarecedora).

Citemos algumas passagens:

"Tim Scmidt, de 30 anos, acusa a ex-namorada de o tentar asfixiar entre os seios, copa 38DD, quando faziam sexo. A mulher responde em tribunal por tentativa de homicídio com arma."

Primeira questão: arma? Sim, de facto, parece que, à semelhança do que acontece no nosso ordenamento jurídico, também para o Código Penal Alemão, considera que "arma" pode ser qualquer instrumento, ainda que de aplicação definida (?), que seja utilizado como meio de agressão ou que possa ser utilizado para tal fim. Até aqui, apesar de torcer o nariz a esta possibilidade, ainda admito que seja possível... Mas vejamos o resto da notícia.

"Ela estava sentada em cima de mim, nua, e eu estava a beijar-lhe os seios. De repente, ela agarrou a minha cabeça e apertou-a entre as mamas com toda a força", contou Tim Schmidt, em declarações ao jornal alemão "De Bild".

Sim, é no mínimo assustador. Julgo que o Exorcista ao pé disto é para meninos.

"Não me conseguia libertar e pensei que ia morrer", acrescentou.

É o qualquer homem pensará o mesmo, ao ler a descrição dos factos.

"Tim Schmidt, que pesa cerca de 82 quilos, diz que conseguiu libertar-se, a custo, da pressão da ex-namorada, de 57 quilos"

Notem bem o peso da potencial e perigosa homicida: 57 quilos...

"Para mim é claro que que ela queria matar-me."

Sim, para ti e para todos nós, Tim. Para ti e para todos nós.

Bem, depois de respirar de profundo alívio por constatar que a vítima sobreviveu a tão maquiavélico ataque, dei por mim feliz por, no meio de toda esta desgraça, perceber que deste tipo de homicídio eu nunca poderia ser acusada. Cof cof.

Obrigada por me lerem.
Pippa.

Os homens e a surdez

Tenho reparado, com alguma perplexidade, que quase todos os homens são surdos.
Sucede, contudo, que esta surdez é muito caprichosa e apenas surge nalgumas ocasiões.
No meu caso, o meu espécime objecto de análise tem revelado padecer desta maleita nas seguintes:

1. Em frente ao computador/ ipad/ telemóvel.
Já experimentei insultos ("palhaço, põe o som mais baixo"). Reacção nula.
Fiz grandes confissões e desabafos ("sabes aquelas Lays que compraste? comi o pacote todo. estou cheia de fome, achas que posso estar grávida?"). Zero.
Frases sem sentido ("acho que vou correr nua. a roupa é sobrevalorizada"). Nem um sorriso.

2. A ver televisão. Preferencialmente futebol.
Posso cantar e dançar em lingerie, gritar as maiores barbaridades ("traí-te com o teu melhor amigo!!"; "odeio a tua mãe!!!") ou cortar as camisas dele aos bocados enquanto faço risos maquiavélicos. Sei que os tímpanos deixam simplesmente de funcionar. Se algum otorrinolaringolista me ler, por favor, apresente-me a sua mui douta explicação, sim?

3. Em jantares de amigos.
Se não se virem há algum tempo, durante os primeiros minutos do reencontro já sei que nada do que disser vai ter interesse. Às vezes aproveito esses minutos e desabafo sobre a vida e angústias que tenho e sempre poupo em psicólogos ou psiquiatras. Sim, porque todos sabemos que a surdez masculina também surge precisamente nesses momentos:

4. TPM e Desabafos femininos cheios de autocomiseração sem motivos concretos, apenas fundados em alterações hormonais


Nota de rodapé: enquanto escrevia isto, chamaram-me e também não ouvi, de tão concentrada que estava com estes pensamentos tão úteis para a humanidade (ahah). No entanto, a surdez feminina costuma surgir noutras ocasiões. Um dia destes debruço-me sobre esse também curioso fenómeno ;)

Nota de rodapé II: sempre quis escrever "maleita" na internet. Isso e "bomba calórica". Mas essa expressão vai precisar de post alongado!