segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E... 3.... 2.... 1...

...Feliz 2013 a todos os que estão desse lado!

E, já agora, feliz 2013 a mim.
E feliz 2013 a todas as pessoas que me são especiais!

Peguem nas uvas passas à meia-noite, peçam os vossos desejos e não se esqueçam que, se não se esforçarem, é quase certo que não se realizam. Mas com esforço e capacidade de sonhar, tenho a certeza que podem tornar tudo possível. Pelo menos é isso que ando a dizer a mim própria.

E vou agora para a casa duma das minhas BFF encontrar-me com os meus amigos, depois de um grande almoço de fim-de-ano com a família, junto ao mar, a comer um belo sushi. Não encontro melhor maneira de acabar o ano!! Sejam felizes.

E agora lá vou eu despir-me

... a um homem que não o meu. Mas acalmem-se, mentes perversas: vou agora a uma consulta para poder fechar o ano em beleza e com os check-ups médicos devidamente em dia.

E não deixo de pensar nisto: será que um homem (neste caso, porque é médico) que vê mulheres nuas todos os dias, se continua a deslumbrar, a maravilhar quando vê um corpo bonito? Será que continua a ficar doido quando a sua mulher se despe, na intimidade do lar? Não consigo deixar de pensar que há aqui uma certa banalização do corpo humano, para quem lida profissionalmente com a nudez. E tenho a certeza que não gostava que o meu namorado passasse o dia a contemplar corpos femininos alheios. Era estranho, no mínimo...

Sabemos que temos ar de bem-comportados...

... Quando, pela 100.ª vez que o fazemos em frente dos amigos dele, aproximamos um copo com Whisky e Coca-Cola da boca e ouvimos um amigo a comentar: "Ohhh muito bem, a tua mulher está a emancipar-se. Já bebe e tudo!"
Eu: "tens noção que sempre que me vês beber Whisky ou Gin dizes isso? De todas as vezes!"
O amigo: "Sabes porquê? Porque não tens ar de quem bebe. Tens um ar direitinho. E nunca te vi bêbeda."
Ele ria-se:"Ahh nunca a viste bêbeda... Ela disfarça é muito bem!"

E pronto, a minha mãe ia ficar muito orgulhosa de mim, se soubesse. Posso ficar bêbeda de vez em quando, dançar até de manhã, e rir-me por tudo e por nada, mas pelos vistos passo por direitinha. Que orgulho para uma mãe, hãaan?

domingo, 30 de dezembro de 2012

Percebemos que somos um bocado geeks

... Quando percebemos que sabemos diálogos de todos os episódios do Star Wars de cor. Que belos serões que passei a ver e rever cada um deles. Metia-me com os meus primos em casa, fechávamos as persianas, fazíamos pipocas e... voilà!!

Hoje é mais um dia! Episódio III - A Vingança dos Sith*, aqui vamos nós. Não é tão bom como os originais, mas continuo fã. E por isso mal posso esperar por saber se sempre vão haver mais 3 episódios da saga, agora que a Disney comprou a Lucas Film.

* Se alguém estiver interessado, Canal SyFy. ;)

Sabemos que estamos bêbedos...

...Quando reparamos que estamos a dançar.
Em casa.
Às cinco da manhã.
E que o nosso par não é uma pessoa.
É a nossa cadela.
Que, por sinal, até revelou dar um pezinho de dança.

Enquanto isso, ele estacionava o carro, sem saber que a festa cá dentro continuava.


Das tarefas domésticas


Primeiro, quis fazer o jantar. Procurou a receita na net e conseguia ouvi-lo, na cozinha, a seguir as instruções através dum vídeo qualquer que encontrou. Lá apareceu depois com um spaghetti carbonara que estava realmente óptimo. Perguntou-me algumas vezes "está um pouco insonso, não está?", mas a verdade é que, para mim, naquele momento, aquele era o melhor spaghetti carbonara que alguma vez tinha provado. Estava totalmente derretida. E a pensar, maquiavelicamente: "vou transformá-lo no meu chef privativo".

Depois, resolveu ser ele a tratar da própria roupa. Lavou e pôs a secar. Até aí tudo normal. Até que fui à cozinha e vi esta imagem. Não é de uma mulher ficar completamente babada? É tão organizado... Sinto-me como uma mãe no dia em que o seu filho tem a primeira namorada e pensa "tornou-se um homenzinho". Para mim, este foi o dia em que ele se tornou adulto. E não interessa se já tem 31 anos.


Sinceramente acho que todos os homens se deviam atirar mais à cozinha. Além de fazerem as mulheres mais felizes (li uma vez que eram os melhores preliminares que podiam fazer a uma mulher, ahah), da experiência que tenho (esta relatada e pelo que vejo do meu pai) são, por norma, bastante organizados e têm um jeito natural para cozinhar ou para este tipo de tarefas. Em suma: esta é a minha tentativa de te incentivar publicamente a continuares este tipo de actividades, sim??? Juro que tens um dom natural!!! :)

sábado, 29 de dezembro de 2012

Despidas por amor....

...aos filhos.

(Aqui)

Mas porque é que muitas mulheres deste mundo recorrem à nudez para resolver qualquer tipo de problema?

Os filhos não têm transporte para ir para a escola? Solução: despimo-nos!

Somos contra o uso de pele de animais? Ora bem.... despimo-nos!

Queremos protestar contra as medidas do Governo? Vamos para a Assembleia da República... Despidas, claro!

Somos vegetarianas? Hmmm... Despimo-nos!

Mas não podem resolver os problemas.... Vestidas?! Expliquem-me isto, por favor.

Resoluções para o Ano Novo

1. Terminar a tese.
2. Ter pelo menos 17 na dissertação. Sei que estou a ser ambiciosa, mas era o meu sonho.
3. Ganhar mais que em 2012.
4. Levar a actividade desportiva mais a sério e dedicar-me, pelo menos 3 vezes por semana, ao desporto.
5. Retomar um dos meus hobbies antigos.
6. Continuar a escrever neste blog.
7. Ser uma filha mais presente e ligar mais às avós e restante família.
8. Marcar mais jantaradas cá em casa. Tenho sido preguiçosa a organizar jantares.
9. Atingir os 55kgs. Mesmo com as jantaradas, portanto.
10. Dedicar mais tempo à casa e à decoração da mesma.
11. Adoptar um estilo de alimentação mais saudável: adeus chocolates, batatas fritas e fast food.
12. Ler pelo menos um livro por mês.
13. Preparar mais surpresas românticas. Ando um bocado desleixada. (Tu, se me lês, não me atires isto à cara, sim? Admitir é o primeiro passo! :))
14. Passar um fim-de-semana na neve, pois tenho saudades de fazer snowboard (Até já sonho com isso).
15. Ser mais pontual. Todos me dizem que é o meu pior defeito. E sei que passa por má-educação. Tenho que mudar isso urgentemente!!
16. Não ter medo de dizer "NÃO". Acabo muitas vezes por dizer que sim a tudo e depois fico com programas em simultâneo, o que é chato para quem me convida.
17. Não voltar a comprar presentes de Natal ou de aniversários no próprio dia. Compro sempre coisas mais caras do que aquilo que queria.
18. Não cortar a franja. Não me fica bem, definitivamente. Não me posso esquecer disso.
19. Deitar-me antes das 2h se não vou trabalhar/ fazer a tese.
20. Fazer pelo menos 10 destas resoluções.

E a vossas, já sabem quais são??

Ela disse que sim?

Vi no blog Sexo e a Idade esta história de amor: A história da Joana Baptista. A ser verdade*, acho admirável alguém dar-se ao trabalho de construir um site de propósito para o pedido de casamento. Partindo do princípio que não trabalha na área - aí perde 50% do valor, porque é a profissão dele, tem obrigação de ser bom! - é uma ideia espectacular e para lá de romântica. E teve direito a publicidade em jornais e tudo!

Se eu fosse homem, tinha mil ideias para pedir uma mulher em casamento. Infelizmente, sou mulher e educada de forma tradicional (tenho a convicção que tem que ser o homem a dar esse passo!!), por isso, só me resta disponibilizar os meus serviços de consultoria para qualquer homem apaixonado que queira pedir a sua amada em casamento de forma romântica e original. A sério que estou convencida que tenho umas ideias à maneira. Foi um desperdício (ao nível dos pedidos de casamento) ter nascido mulher, portanto...

*Hoje em dia a publicidade tem, infelizmente, recorrido a este tipo de campanhas e já não seria a primeira vez que se usava este tipo de histórias para promover um determinado produto.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Nasci para ser bilionária


Quantas vezes ouvimos dizer "ai, eu cá nasci para ser rico"? Imensas vezes, não é verdade? Até porque - sejamos realistas - ninguém vai dizer que gosta de passar dificuldades, ter que fazer ginástica financeira no final do mês ou chegar àqueles dias importantes do ano e não poder dar tudo o que queria às pessoas que mais gosta. Todos nós temos cá dentro um pequeno milionário à espera do dia em que possa ver a luz do dia, certo? Infelizmente esse dia apenas chega para poucos - pouquíssimos - de nós. A verdade é que também eu acho que nasci para ser rica. Mas não milionária. Nasci para ser bilionária, i.e., ter o meu querido cofre (assim ao estilo Tio Patinhas) recheado de biliões de euros.

Estive há quatro anos, com o meu grupo de amigos, numa discoteca chamada, modestamente, "Billionaire", na Sardenha, e tudo me parecia fazer sentido. Até as letras condiziam com o meu vestido. Tudo sinais do destino. Miúdos de 18 anos a pedirem garrafas de Moët & Chandon de 6 litros (!!!), septuagenários bronzeados, com camisas de linho brancas a passear as suas namoradas de 20 e poucos anos, lindas e com 2 metros de pernas, iates estacionados na praia, Louboutins como quem usa havaianas, blá blá blá. Nunca me tinha sentido, numa discoteca, a pessoa mais abaixo na escala social e ali foi o dia. Eu estava abaixo dos empregados que limpavam as sanitas da casa-de-banho daquele sítio, que com certeza eram também podres de ricos. E o que senti ali foi que é tudo relativo: nunca passei dificuldades, mas não sou nem nunca fui rica. No entanto, aqui em Portugal sentia-me uma pessoa dita "normal". Naquele sítio, senti-me completamente pobre. Não é estranho?

Tenho pensado imenso na questão financeira, ultimamente, talvez pelo final do ano que se avizinha. Quando finalmente senti que ganhava bem, para os meus parâmetros, percebi também que estava longe da pessoa que gostava e que isso me impedia de ser uma pessoa preenchida emocionalmente. Passei meses e meses a sentir um vazio no coração em contraste com a conta bancária mais cheia. Agora é mais ao contrário, sinceramente. E o que peço para 2013 é poder ter tudo na dose certa. Oh Senhor Barbudo aí de cima, não mereço ter a minha conta mais cheiinha após me ter esforçado tanto nos últimos anos, a ter inclusivamente que viver sozinha, com vontade de chorar todos os dias, mas dedicada a 200% à profissão? Não está na altura de ter um pouco de tudo: amor e estabilidade financeira? Estava a brincar na parte do bilionária, sabes que não sou materialista. Só preciso de estabilidade e ganhar à altura das minhas responsabilidades e competências.

Será que não podemos ter sorte no amor e no emprego em simultâneo? Temos que ser solteiros deprimidos, mas ricaços ou pobres, mas ricos em amor?

Diz que são dos mais fiéis no mundo


Deparei-me com eles no Quénia e o guia explicou que se chamam "dik dik". São pequenos antílopes africanos com ar de bambis fofinhos. Mas o que mais me impressionou foi a sua história: são monogâmicos, super fiéis, nunca se separam da cara-metade e, se um morrer, o outro sofre de desgosto e acaba por morrer pouco tempo depois. Não são a coisa mais amorosa do mundo? Não consegui tirar foto ao casal, mas fica aqui o macho, que ficou a posar para a câmara antes de desatar a fugir. Adoro estas histórias de casais que se completam até ao fim da vida. Nem que venham do reino animal. :)

Parabéns a mim...

... que estou há um mês consecutivo a escrever aqui e o bichinho cada vez aumenta mais.

O motivo por que criei este blog é demasiado esotérico para o dever admitir. Devia ter vergonha na cara e dizer-vos apenas: "criei, porque gosto de escrever, é isso que me faz feliz". E a verdade é que isso se verifica, mas não foi a razão directa. Sempre gostei de escrever e ler. Muito, demasiado até. E digo demasiado, porque cheguei a atravessar uma triste fase anti-social, em que me agarrava aos livros e evitava até conversas ou programas enquanto não chegasse à última página. Isto acontecia principalmente nos eventos familiares. Na escola, lia os livros que constavam nos programas de anos à frente, porque já tinha lido todos os que havia para ler no meu ano. Lembro-me que na 4.ª classe a professora chegou a sugerir aos meus pais que me comprassem livros de História para adultos, porque dizia que eu era demasiado exigente nas perguntas e demasiado ávida de respostas. Era uma chata, em resumo. Acabei por ir para Humanidades no 10.º ano, apesar de adorar Matemática (ia sempre às Olimpíadas) e ter uma paixão por Educação Visual e desenho. A escrita foi, portanto, sempre uma constante, nomeadamente na minha vida profissional.

O blog foi criado no momento em que estou a preparar a minha tese de mestrado. Passo horas, todas as noites, em frente ao computador a escrever e, por vezes, canso-me dos termos técnicos e da linguagem tão formal. Sentia uma necessidade de extravasar a minha vontade de escrever para outros temas. Andava a sentir-me "presa" no tipo de escrita que tinha de adoptar. Andava a sentir a minha vida cinzenta. Sem actividades que me despertassem paixão. Sentia que precisava de algo mais, de algum hobby que me fizesse sentir novamente adrenalina, o sangue a correr-me violentamente nas veias.

Até que tive um encontro com um astrólogo. É verdade. Devia ter vergonha de admitir, repito, mas tive. As minhas amigas tinham ido lá, disseram-me maravilhas e eu, sempre céptica, recusei ir também. Só que não contava é que o jantar que marcámos todas naquele restaurante tivesse (por coincidência?) incluída uma leitura do mapa astral. O resultado já podem prever. Não só o raio do homem acertou tudo sobre o meu passado, ao ler o meu mapa, como me disse, quanto ao meu presente: "tem imenso jeito para as artes; não se dedique profissionalmente a elas, mas despenda todo o tempo que puder nessas actividades que lhe dão prazer. Vejo que lhe vai trazer imensas alegrias". Se é um motivo estúpido? Com certeza. Mas, se não servir para mais nada, pelo menos serviu para um mês em que realmente fui muito mais feliz.

Obrigada, Sr. Astrólogo. Obrigada, caros leitores. :)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Mamas #2

Antes de mais, não estou obcecada com este assunto - simplesmente sinto que ainda não disse tudo.

Desde os 15 anos que esperava pelo milagre no meu corpo e o dia em que ia ficar igual à minha mãe no que toca a certas e determinadas características. Afinal de contas sou sangue do seu sangue e esperava que fosse mais alguma coisa também. No entanto, esse dia nunca chegou. Nem a mim nem à maioria das minhas amigas mais próximas. Acho que até isso acabou por nos unir, porque brincávamos todas com isso. O que acontece é que ultimamente houve alguns gritos do Ipiranga e assisti ao crescimento mamário alheio por via cirúrgica. E é mesmo um milagre da natureza! São lindas. Perfeitas. Sei que é uma opinião discutível e que muitos vão já dizer que a beleza natural é que é, mas apaixonei-me uma, duas, três vezes. Não gosto que as exibam, porque não acho elegante grandes decotes, de todo. Nem gosto do modelo "Sofia-Aparício", que apenas parece que foi atacada por extraterrestres que lhe espetaram, contra a sua vontade, duas bolas de bowling. Mas as minhas amigas ficaram perfeitas, mais seguras e femininas, e sou totalmente a favor duma maior confiança e feminilidade. E queria também o mesmo para mim. Sei que parece algo fútil, mas acho que só quem é mulher percebe...

O que não queriam mesmo receber?

Estive a ver este vídeo (aqui) e percebi que, apesar de concordar com a parte das meias, de resto sou atípica: não tenho nada contra roupa interior ou livros. Pelo contrário, adoro que me ofereçam livros e se a lingerie for gira, vou com certeza usá-la. Concluo que a única coisa que não gosto realmente de receber, ao ponto de me deixar triste, são os vales. Parecem-me resultado de preguiça e desleixo e significam que a pessoa em questão não perdeu mais que 2 minutos connosco. De resto, qualquer presente com significado é bem-vindo. E vocês, têm presentes que constantemente vos irritam?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Mamas*

Sim, é este o termo técnico - não são os poéticos "seios", o educado "peito", o literário "busto", o maternal "colo" ou ainda o prático "decote". A palavra utilizada na medicina é mesmo "mamas", certo?

Muitas discussões já tivemos sobre isto. Com a minha mãe e com ele. Eu sempre disse que adorava mamas generosas. Ele era mais de rabos. Eu mostrava à minha mãe fotos de mulheres lindas e explicava-lhe "este é o tamanho certo". Ela defendia-se dizendo que o que era demais era exagero. Saíamos à noite e eu picava-o "e aquela, não tem mamas óptimas"? E ele dizia "sim, claro, mas as tuas é que são perfeitas".

Ora, eu sou muito exaustiva nas minhas discussões. E raramente desisto de convencer o meu interlocutor de que tenho razão quando estou totalmente certa disso. A discussão só acaba quando me convencem do contrário (é possível, claro) ou quando venço por desistência de quem me ouve. É vitória por K.O. Neste caso, venci, sim. Mas terei vencido mesmo? Tanto o convenci da beleza dum belo decote preenchido que ele agora mudou os gostos e já me confessou que o fiz reparar mais nas mamas que nos rabos femininos. Quanto à minha mãe, já lhe saiu um "realmente não saíste muito a mim nesse campo", porque lhe saiu a sorte grande, diga-se de passagem. O meu pai não comenta o assunto. Percebo. Seria estranho um pai discutir o tema "mamas" com a filha, não?

Conclusão: ganhei esta discussão, mas não sinto o sabor da vitória. Pensem duas vezes antes de entrarem numa discussão deste tipo. É que muitas vezes ganhar é, afinal, perder. Principalmente se sentirem que esse não é o vosso melhor atributo, mas sim o anteriormente preferido. Ando há anos a tentar convencer estas três pessoas me rodeiam que fazer uma mamoplastia de aumento não é nada do outro mundo. Acho que finalmente os convenci. Aos pais e a ele. Segunda tenho a consulta. Vamos lá ver o que diz o médico.



*Não, este post não tem cariz sexual. Se era isso que procuravam, lamento desiludir.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Challenge NOT accepted

O meu dia preferido sempre foi a Véspera e não o Dia de Natal em si.

E porquê? Porque por norma prefiro o "antes", a expectativa, a esperança. Adoro fazer a contagem até à meia-noite e, religiosamente, apenas abrir os presentes depois. Adoro as caras de satisfação (ou, por vezes, de desilusão disfarçada, porque nem sempre se acerta...). Adoro a parte do "acreditar" - vai ser um grande Natal. E a verdade é que, até ao momento, está de facto a ser!

Este ano mudei de casa. Fomos 22 pessoas à mesa - 9 jovens até aos 32 anos, 8 adultos, 5 anciãos. Nenhuma criança. Talvez por isso, um dos presentes mais engraçados que recebi foi exactamente sobre bebés. Podia responder "challenge accepted", mas apenas me ri. Daqui a uns dois anos, quem sabe? Ainda não. Para já, vamos continuar a ser uma mesa jovem, mas sem choros ou mudas de fraldas. Ainda não quero dar trabalho ao Pai Natal, que teria que trazer o saco mais pesado. ;)

Bem, vamos agora almoçar. Sim, porque Natal também não é Natal se não passarmos para aí 10 horas à mesa na engorda, não é? Mais uma vez, Feliz Natal para todos! Desejo-vos um dia preenchido com muito Amor. Não se esqueçam de conversar muito, principalmente com as pessoas mais velhas, que costumam andar sedentas de conversa, e muitas vezes não as vemos muito durante o resto do ano.

muaaah!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Às duas ou três pessoas que me lêem



Quero desejar-vos um Natal muito muito feliz! E agradecer-vos do fundo do coração por me terem acompanhado neste quase-mês a escrever no blog.

Sei que andámos todos de loja em loja, nos últimos dias, em busca do presente perfeito, mas tenho para mim que não é isso que nos vai fazer realmente felizes. A felicidade é algo mais duradouro que a alegria momentânea de abrir um presente. E o que vos desejo realmente é que tenham os ingredientes certos para uma estado permanente de felicidade. No meu caso, quero que, no meu sapatinho, esteja toda a sorte do mundo para a minha mãe, que vai iniciar esta semana um novo projecto. Para o meu pai, desejo que tenha a força e o amor necessários para a acarinhar e incentivar. Desejo que a minha querida avó materna regresse ao que era antes do AVC. Nem podem imaginar o quanto desejo isso. Quero muito que a minha irmã, recém-licenciada, se sinta realizada profissionalmente e feliz ao lado do namorado. Desejo que a minha avó paterna deixe de ter as dores que tanto a preocupam. Que parte da minha família deixe os conflitos de lado. Desejo-lhe a ele uma mega promoção no trabalho, que ele mata-se a matar e é apaixonado pelo que faz. E o mesmo para mim. Adoro o que faço, mas deixei um emprego para poder viver noutra cidade (vivíamos a 300 e tal kms um do outro) e agora quero voltar a ser tão bem remunerada e a ter tanto sucesso profissional como sentia que estava a ter. Quero ter muita saúde, sem crises de asma e espero que a minha rotura de ligamentos cruzados posteriores fique quietinha. Talvez por já ter tido alguns sustos, dou muito muito valor à saúde. Quanto ao amor, espero apenas que a minha relação continue igual. Por fim, desejo apenas que daqui a um ano possa dizer que me senti realizada durante este ano, nomeadamente por continuar a escrever neste blog e a retomar alguns dos meus hobbies antigos, como o piano. Às minhas amiga e amigos, desejo que se mantenham felizes com os seus meninos ou encontrem o amor das suas vidas este ano. E às que foram ou vão ser mamãs, prometo que vou estar aqui para tudo o que precisarem.
Mais uma vez, obrigada por estarem aí. Fazem-me sentir que não escrevo apenas para um diário-cheio-de-teias-de-aranha, mas sim para um diário-opinativo-interessante-e-que-me-responde. Obrigada.
E Feliz Natal!

domingo, 23 de dezembro de 2012

"Uma coisa mesmo fofinha"

É o que supostamente vou receber. E fico mesmo feliz! Prefiro presentes personalizados e com significado. Não faço questão absolutamente nenhuma de receber coisas caras.
Desta vez admito que estou mesmo curiosa. Geralmente recebo coisas que ele acha que eu devo querer, mesmo que de facto não queira. Este ano andava a vender-me as maravilhas do Iphone, a ver se me convencia. Já lhe disse que, até estar a nadar em dinheiro, vivo bem com o meu Blackberry. O Iphone é caro demais para o uso que lhe ia dar. Mas homem que é homem adora tecnologias e gadgets e o caraças. Insistiu mil vezes, mas acho que finalmente desistiu.
Ou não? ... Mais 25 horas e já sei a resposta.
Espero que ele também não sonhe com o que vai receber. Gosto de o surpreender!

E vocês, gostam de surpresas? :)

Primeiro foi a minha irmã, depois ele...


A sucumbirem a esta música e a mexerem o corpo, disfarçadamente, ao som do refrão "Call me mayyybeeee". Eu sou impossível quando não gosto de alguma música e fartei-me de gozá-lo. "Viraste adolescente! E adolescente mulher! ahah". Ele imune aos meus ataques, sem sequer responder.

Até que um dia temi pela sua sanidade mental. Acordei e ouvi a música maldita. Levantei-me, procurei a origem do som e vinha do computador dele. Ele a sorrir em frente ao computador, a ouvir, com ar babado. Pensei "está doido, daqui a pouco ouve Justin Bieber, queres ver?". Aproximei-me de mansinho... "Uffff!! Afinal estás só a ver gajas quase nuas, cheias de silicone, a dançar!! Boa!!! Adoro-te! Podes ver gajas nuas à vontade. Continua, por favor, finge que nem estou aqui". E suspirei de alívio. O vídeo era este:


São as cheerleaders dos Miami Dolphins, que vieram apoiar a equipa da única forma que conheciam - despidas e a dançar.  Mais tarde a música teve ainda uma versão dos soldados no Afeganistão e das tropas militares inglesas:


 

Mas lembrei-me da música, porque estava a ver um dos meus sites preferidos de música, o Pitchfork, e esta música que tanto gozei está, para eles, em 29.º lugar, apenas um lugar abaixo da minha adorada Cat Power. Vejam em: Pichfork Top List of 2012. Retiro tudo o que disse sobre a música. Quanto mais não seja, fez este grupo de homens feitos sorrir (Ver vídeos) e só por isso já merece o meu respeito. :)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Conselhos da Pippa: nunca peçam a um matulão para vos ver o óleo

Esta é das histórias mais constrangedoras que já tive.


Fui para a garagem, ia pegar no meu fiel Pippamobil quando me deparo com uma bela duma poça de óleo no chão. Fiquei em pânico! Ora, como mulher desenrascada e mecânica-nas-horas-vagas que sou, peguei logo no telemóvel e liguei ao meu pai:
- Uma poça de óleo! É melhor não pegar no carro, certo?
- Uma poça de óleo? Isso é muito estranho. O carro é praticamente novo. Não terá sido algum carro que aí esteve antes estacionado e que deixou isso?
- Não... Parece fresco, o óleo. E neste lugar só estaciono eu.
- Então porque não pedes aí ao segurança ajuda? Ele que veja o que o carro tem. Se não souber, levas à marca.

Procurei o segurança, um bocado a medo, porque este sempre me pareceu meio vesgo (só me vê quando estou a 5cms dele, praticamente. Ou então é tarado e quer que as mulheres se colem a ele). Quando o encontrei, este aconselhou-me que fosse ali a um café (talvez assumindo perante ele mesmo que era oficialmente cego) pedir ajuda. Meu dito, meu feito. Fui ao café a que costumava ir. Apareceu-me o empregado, um matulão com cara de nenuco chorão (tal como o meu namorado costumava dizer) e careca. Uma sweat cinza clara justinha, sem nada por baixo, para se ver os peitorais fruto do ginásio, e uns jeans gastos, também bem justos, claro, não fosse não vermos o rabinho empinado e os músculos das pernas. Um príncipe, portanto. (NOOOT!!!) À falta de melhor e na ausência de mais homens nas redondezas, lá lhe pedi ajuda. Além disso, costumava ir àquele café com o meu namorado e sentia-me "protegida" por saber isso. Lá fomos à garagem. Eu com vergonha por ter pedido ajuda, mas contente por a situação se ir resolver rapidamente.

- Então é este o carro?
- Sim...
- Vamos lá ver. Realmente tem uma poça de óleo.
(Uhhhh, génio!, pensei)
- Vou ver o que se passa debaixo do carro. Podes pegar-me na sweat? Não quero sujá-la.
- Hãaaa...
Tirou aquilo num ápice. Juro que tinha os peitorais contraídos. Nem sei como não morreu sem ar, pois pareceu-me uma eternidade que esteve a conter a respiração. Fiquei a morrer de vergonha, a pedir aos santinhos que ninguém entrasse na garagem naquele momento. Atirou-se para o chão, só com um braço. Oh meu Deus, flexões só com um braço! Ahahah, pensei, de mim para mim. Dá um salto.
- Já está. Tem uma fuga. Tem que ir a uma garagem ver isto.
- Obrigada!! Era mesmo isso que precisava de saber.
Nesse momento, entra uma família inteira. Os meus vizinhos. Pai, mãe, avó, filhos pequeninos. Vão para o carro ao lado do meu. E eu ali com o empregado do café semi-nú, peitoral contraído. Tenho a certeza que atingi os mais altos níveis de vermelhão humanamente possíveis. Estava para morrer. Aquele nenuco insuflável, cheio de músculos, com a sweat na mão e eu. É que nem que gritasse "ele estava só a verificar-me o óleo". Não ia parecer credível, mas apenas um argumento muito muito foleiro para um filme porno. Foi mau demais.

"Pai, como é que se fazem os bebés"? #2

Cenário: ainda em Marrocos. Férias de Verão. Ainda o mesmo grupo de amigos.

Puto: - Prima, já saiu o ovo?
Prima: - Ahah. Já saiu, sim. Amanhã vai ser só piscina.
- Fixeeee!! E depois vais querer ter filhos?
- Ainda não, porquê?
- Porque assim já não tens que ter isso a sair todos os meses!
- Ohh mas um bebé tem que ser planeado. Temos que casar-nos primeiro e ter um marido que também queira muito um bebé. Não é assim tão simples.
- É, é! Tens que fazer como nos filmes.
- O que é que se faz nos filmes?
- Quando elas querem ter bebés, tiram a roupa, saltam para o palco e dançam agarradas a um poste. Assim convencem os homens. Não sabias?

(O que eu já me ri com este rapaz. Mal sonha ele.)

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Dúvida existencial #4

Pronuncia-se "pêrda" ou "pérda"?
Já discuti isto com algumas pessoas e não consegui concluir nada.
Os apoiantes da primeira usam o "pêra", por exemplo, como estandarte da sua luta.
Os defensores da segunda corrente costumam defender-se com a entoação da palavra "pérna".
E ambos me convenceram.
Sei que não é uma grande perda para a Humanidade não descobrirmos isto, mas eu sou muito teimosa e não descanso enquanto não souber a resposta.

"Pai, como é que se fazem os bebés?"

Cenário: Marrocos. Piscina. Verão. Férias em família com mais dois casais e respectivos filhos.
Protagonistas: Eu, filho de 6 anos dos amigos dos meus pais, prima e restantes famílias

(Puto, virado para a prima, da minha idade) - Andaaaa, saltaa para a piscina!
(Prima, já meia irritada com tanta insistência) - Já te disse que não posso.
- Não podes? Podes podeeeees. Anda láaaa. A água está óptima!!
- Acredito, mas hoje não posso.
- Estás doente?
- Não.
- Entãaaaao?? Estás mal-disposta?
- Não te posso explicar.
- Ohhh!! Pippa, o que é que ela tem?
- Hmm... Tem uma coisa que as meninas a partir dos 12, 13 anos têm uma vez por mês. Mas olha, pergunta ao teu pai, que ele é médico e vai explicar-te tudo direitinho.

O puto foi a correr ter com o pai. Mais tarde, soube pelos meus pais que o diálogo foi, mais coisa, menos coisa, este:
- Paaaaai!!!
- Diz, filho.
- O que é que a prima tem?? A Pippa disse que é uma coisa que as meninas têm e que tu ias explicar-me.
- Hmmm... Agora não é uma boa altura. Estamos todos à mesa.
(Os amigos dizem que não há problema, todos a rir, e até incentivam o assunto).
- Paii, diiz-me!
- Pronto, eu digo. A tua prima tem um ovo dentro dela que vai sair. Esse ovo sai uma vez por mês. Só não sai depois da mulher se casar e querer ter bebés. Enquanto é solteira e não tem bebés, sai-lhe sempre esse ovinho. O problema é que as mulheres sofrem um bocadinho nessa altura, dói-lhes a barriga e às vezes até andam mais irritadas.
(O pai fica orgulhoso pela rápida explicação, despede-se do filho com um beijo e retoma o almoço e as conversas com os amigos. O puto volta para a piscina.)

- Primaaaa!! Vou dar um mergulho outra vez. Já podes vir?
- Ainda não. Só devo conseguir ir daqui a dois dias.
- Fogo!! Dois dias?? Não sabia que esse ovo era assim tão grande!!!

Os últimos momentos

Quais teriam sido as vossas últimas palavras caso o mundo tivesse acabado?


Quais  seriam as últimas palavras dirigidas às pessoas que vos são mais queridas?

O que disseram aos vossos pais, irmãos, namorados, maridos, amigos, familiares...?

Estava a ver o episódio do "How I met your mother" de ontem, em que o pai do Marshall morre de ataque cardíaco. A Lily conta-lhe a triste notícia e, após o choque inicial, ele tenta lembrar-se das últimas palavras do pai. Fica desesperado quando percebe que os últimos diálogos incluíram o pai a recomendar-lhe o terceiro filme do Crocodile Dundee (e que nem é o melhor da triologia, segundo este) e a proferir insultos racistas que envolvem coreanos. Fica devastado quando se encontra depois com a mãe e com os irmãos e cada um deles conta o último momento que teve com o pai. Diga-se, a título de curiosidade, que todos tiveram momentos memoráveis, que incluíram declarações de amor, frases sábias e conselhos profundos. O episódio acaba por terminar bem, pois o Marshall descobre uma mensagem no Voice Mail deixada pouco antes do ataque cardíaco que o vitimou e que inclui um "gosto muito de ti".

Ora, quais seriam as minhas últimas palavras? "Mamã, ensina-me a fazer aquela receita de bacalhau que fazes tão bem."; "Sim, papá, acho que vão gostar desse vinho, leva para o jantar de Natal"; "Está frio aí em Espanha?";... Só frases sábias e conselhos profundos, portanto. Disse há uns dias que, por norma, guardo muito as palavras. Raramente digo o que sinto pelas pessoas que gosto. Trato bem e dou muitos mimos, mas sou tão poupada nas palavras... E não era assim que queria ser lembrada, se não estivesse aqui amanhã. Acho que é isto que vou tentar mudar.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Adeus a todos

Chegou o momento da despedida.

Foi tão bom para vocês como foi para mim?
Espero que sim.
Agora vão declarar-se àquela pessoa por quem nunca admitiram que estão loucamente apaixonados. Contem os vossos segredos mais recônditos. Façam amor. Insultem aquela pessoa de quem nunca gostaram. Comam todas as guloseimas que vos apeteça. Façam bungee-jumping. E depois façam outra vez amor, para se despedirem deste mundo da melhor forma possível.
Vemo-nos do outro lado.
beijinhos/ abraços

Diz que era para ficar natalício

... mas acho que este blog ficou apenas com um ar "tuning".


A ideia era torná-lo mais festivo durante estas duas semanas. Temo não ter conseguido. Depois volto a pô-lo mais sóbrio.

Espero que a visualização destas estrelas não cause epilepsia. Visualizem com moderação, por favor. Ou não. Sabem que mais? Vejam até mais vezes. Pode ser que haja algum efeito alucinógeno associado. E talvez nem seja mau de todo. Vou experimentar.

Dúvida existencial #3

Um Happy Meal.
Dois Happy Mís?

Ai não?

Então digam isso ao senhor que repetiu ontem, na fila atrás de mim, para aí mil vezes que era isso que queria.

Vestido de noiva

Definitivamente o meu romantismo não é uma herança materna.
Choro a ver filmes. Já a minha mãe controla aquelas glândulas lacrimais estoicamente até no Rei Leão, se for preciso.
Tudo tem para mim um valor sentimental (roupas, canetas, cadernos, bilhetes, postais, flores que alguém me deu, qualquer porcaria, em resumo), porque me faz lembrar algum momento. A minha mãe sempre foi mais prática e chegou até a deitar fora algumas coisas minhas, sem eu dar por ela. (E verdade seja dita que nunca me fizeram falta. Obrigada, mamã!! Tinhas razão ;))
No entanto, tivemos há pouco uma conversa que me deixou pensativa. Disse-me que, se fosse hoje, vendia o vestido de noiva dela. Argumentos para tal:
(i) nunca mais o usou;
(ii) hoje em dia não está na moda;
(iii) tinha uma cinturinha de vespa, pelo que às filhas não serve (infelizmente é verdade - uma vez peguei no vestido e, perante as medidas, perguntei se era o vestido da comunhão. sniif);
(iv) está só a ocupar espaço há anos;
(v) podia ter feito outra noiva feliz se tivesse sido reutilizado.

Ainda não decidi o que acho disto. A verdade é que acho que, sem o véu cor-de-rosa do romantismo, estes argumentos são convincentes. E vocês, o que acham?

Quando a três não é demais

Estava eu a chegar casa depois de levar a minha cadela à rua, quando esta decide que está farta de viver onde vive e prefere ir para a casa dos vizinhos. Ainda gritei e comecei a correr, mas já era tarde demais - já tinha entrado na casa do lado. Fui atrás, sem pensar, e é nesse momento que dou de caras com o meu vizinho, para aí da minha idade. Fiquei envergonhada por entrar assim em casa alheia.
- Peço desculpa! Não consegui segurá-la!
- Não tem mal nenhum. Oh minha pequenina (e sorria para mim), anda cá. Deixa-me fazer-te festinhas (novo sorriso e contacto visual). Tu és muito bonita, não és? Muito bonita. E macia. Olha para este pelo. Ai que fofinha.
Comecei a achar o momento "awkwaaaard". Parecia um engate e daqueles mesmo fraquinhos.
- Tenho que começar a por-lhe a trela. É que costuma ser obediente.
- Por mim não é preciso. Adoro animais. São tão fiéis não é? (eu a olhar para a porta) Aliás, basta ver. (sorriu. Eu já nervosa. Silêncio. Até que se vira para trás) X, chamou, traz aí os nossos gatos.
("Menos mal, está aqui alguém", pensei.)
- Oláaaaa! (diz um segundo homem, com dois gatos ao colo. Dão um beijo na boca.) Tudo bem?
(Gritei um "Yeeeeessss" histérico mental)

Pode parecer estúpido, mas mudou logo tudo. Até aí eu estava constrangida. Quando percebi que era gay, fiquei logo a sentir-me à vontade. Conversámos um bom bocado, os três. De onde eram, o que faziam. Até dos pais falaram. Da relação deles, da minha. No fim despedimo-nos com beijinhos. E cheguei a casa a pensar no ridícula que sou: não conseguia conversar de forma descontraída, porque tinha medo que me quisesse "saltar para cima". A partir do momento em que percebi que isso era impossível, tornei-me eu mesma, sem medos ou filmes. Será que eu é que sou doente por partir do princípio errado - que um homem hetero pode ter logo segundos pensamentos quando conhece uma mulher? Será que devemos descontrair quando conhecemos qualquer homem, seja hetero ou gay?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Dúvida existencial #2

De onde virá a expressão "fazer marmelada" associada a .... hmmm... cof cof?
Estava a ouvir a "Hora do sexo", na Antena 3, com o Quintino Aires, e dei por mim a pensar nisso. Não consigo chegar lá, por muito que tente.

Ah e escrevi no Google, mas só apareceram receitas. Gastronómicas, entenda-se.

Pronúncias

Já vivi em três cidades diferentes. Por ter nascido numa. Estudado noutra. E ter trabalhado numa terceira cidade. Tenho amigos algarvios, alentejanos, alfacinhas, tripeiros e minhotos, além de amigos que já viveram noutros países. E acho que aprendi a, no final de duas frases do meu interlocutor, colocar automaticamente um "pin" no mapa de Portugal, qual Google-maps-humano, e que representa de onde a pessoa é. Por norma, consigo acertar se é de Aveiro ou Cortegaça. Lisboeta ou da margem Sul. De Évora ou de Beja. De Guimarães ou de Braga. E a verdade é que adoro pronúncias. Adoro as pequenas nuances que cada zona do nosso pequeno país apresenta. As expressões típicas de cada cidade ou a própria musicalidade do discurso, que varia consoante viajamos Norte-Sul-Este-Oeste.

Por isso mesmo, se há coisa que nunca gostei de ver foi pessoas que, como eu, foram para Lisboa trabalhar, e que adaptaram a pronúncia. Tenho muito orgulho na minha e acho mesmo que todos deviam ter. Ver portuenses que, no final de dois meses em Lisboa, falam como se fossem nascidos e criados aqui - NOOT. Encontrei uma colega há uns tempos, cumprimentei-a, ela falava com forte pronúncia e com uns palavrõezitos à mistura, nada de escandaloso, até me ri. O telefone tocou "tôooo?? épá já lhe disse que não devo DE ir hoje. Não trouxe os TÉNIS e nem tenho CABIDE para pendurar depois o fato. VÁA, beijo.*" O meu Google-maps-interno estava confuso, o pequeno "pin" saltitava no mapa, sem saber onde pousar. Não gosto. Não gosto de pessoas que alteram a pronúncia propositadamente. Era o mesmo que eu começar a utilizar o verbo 'abalar' no sentido de 'sair', como as minhas amigas alentejanas usam. É delas, não me vou apropriar indevidamente dele. Sei que é normal mudarmos, sem querer, algumas expressões ou a própria maneira de falar, de acordo com o sítio em que vivermos. Mas deliberadamente alterarmos a nossa identidade consoante o interlocutor? Não gosto, definitivamente.

*A título de curiosidade, o discurso dum portuense seria: "tou? já disse que não devo hoje. Não trouxe as sapatilhas e não tenho cruzeta para pendurar depois o fato. Ok? beijoo".

Pancas

Admito que tenho as minhas. Não gosto de portas abertas. De ver calçado no chão. Os bolos devem ser geometricamente cortados. Embirro com algumas marcas. E há grupos de música por que nutro um odiozinho de estimação.

Mas sinto que, no meio destas mil pancas, sou uma pessoa apta a viver em sociedade e que se integra bem em diferentes ambientes. Posso disfarçadamente corrigir, num aniversário, as fatias mal cortadas, ou oferecer-me simpaticamente para ser eu a cortar. Posso empurrar de mansinho, com o cotovelo, as portas que encontro abertas... e por aí adiante.

No entanto, tenho para mim que há cada vez pessoas com manias estranhas e excêntricas. Vou contar-vos um diálogo a que assisti há uns anos. Estava a estudar para um exame e apercebi-me do que diziam duas colegas, que estavam de costas para mim:
- O que estás a fazer?
- Estou a passar para o computador as aulas.
- Não é isso, nas folhas. Estás a riscar tudo?
- Ah siim... À medida que passo as coisas, risco. É para não me confundir.
- Ahhh... (silêncio). Olha, e sempre me podes emprestar a aula de hoje?
- Posso, claro. Vai estar é riscada.
- Hmm... e não podes não riscar?
- Claro que não, não é? Se não, perco-me.
- Ok, ok...
- E tens que tirar agora as fotocópias.
- Mas estava a pensar tirar de tarde, naquele reprografia que é mais barata.
- Pois, mas depois à tarde já tens que ir ao lixo buscar a aula.
- Ao lixo?
- Claro! Depois de riscar as folhas, deito ao lixo, não é? Se não confundo-me.
- E não podes não deitar? (a medo)
- Oh por favor... Estás a pedir-me que altere o meu método de estudo?? Sabes que sou tua amiga e empresto-te tudo. Mudar o meu método de estudo é que não.

Diga-se, a título de curiosidade, para aqueles que iam JÁ adoptar este belo método, que esta pessoa nunca chegou a passar naquele exame, após cerca de 4 ou 5 tentativas, pelo que soube há dias. E já lá vão uns anos desde esta história.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

EMPREGO DE SONHO


Adoro aquele momento em que, por que pegar numa peça de roupa que estava para ali abandonada, há logo alguma mulher que começa a salivar a olhar e a querer também. Aconteceu-me hoje outra vez. Peguei numa carteira (a pensar na minha irmã) que estava na prateleira triste e sozinha, fui ver o meu reflexo ao espelho, a exibir-me para mim mesma, e eis que oiço logo mãe e filha "Maria, olha que bonita. Não era assim que querias?".

Eu decidi que não queria, mas só pensava "isto podia dar dinheiro! Era grande profissão - andar de loja em loja a pegar em peças, rir-me para o espelho como se fosse algo imprescindível para a minha vida e pronto".

Lojas deste mundo, estou aqui. O meu email está ali do lado esquerdo, estão a ver? Em cima, debaixo da fotografia. Pensem nisso. Olhem que resulta. 50/50 da margem de lucro? Sim? E é só por ser Natal. ;)

Miss Popular (ou não)


Ando numa onda de nostalgia, talvez por estar a fazer o balanço do ano que está agora a chegar ao fim. Tenho-me apercebido, na sequência do post de ontem, que deixei praticamente todos os meus hobbies para trás. Primeiro, andava no ballet, até que decidi que era uma actividade demasiado "betinha" e troquei pela dança jazz. Estupidez pura, até porque agora fico sempre melancólica quando assisto a bailados. Tocava piano até que, quase a entrar para a faculdade, decidi que queria ser "radical" (fase da estupidez) e tocar guitarra. Conclusão: vim a perceber que tinha zero jeito para a guitarra e, mais uma vez, só serviu para hoje em dia ter vontade de me espancar. Adorava desenhar e pintar, as minhas amigas chegaram a dar-me um cavalete, mas depois também desisti.

Ia mudar o mundo (como todas as outras crianças, certamente), ia expor quadros, tornar-me prima donna. Nada. No fim da faculdade comecei a estagiar. Horário: das 9h às 21h. Livros, livros e mais livros. O dia todo em frente ao computador. Fatos escuros. A menina cheia de sonhos e actividades perdeu-se quando decidiu que não queria ser "betinha" e queria tocar guitarra e dançar com ritmo, porque era aquilo que os miúdos "cool" faziam. Mas a verdade é que acho que essa menina se perdeu nessa decisão. E escondeu os tutus e os seus sonhos para sempre, debaixo dum fato escuro igual ao de toda a gente.

Só que às vezes, e cada vez mais, tenho saudades dessa menina com sonhos do tamanho do mundo e sem medo de ser croma, que adorava tocar e dançar música clássica, ler compulsivamente até quase de manhã, era viciada em estudar latim e em resolver charadas de lógica. Adorava o visual-óculos-mais-aparelho-nos-dentes, que era, para mim, o mais espectacular que existia e ficava sempre deprimida quando o oftalmologista dizia que via bem (hoje em dia fico super feliz por não precisar de usar óculos, obviamente, e rio-me com este desejo de criança). De qualquer maneira, podia não ser fixe e estava com certeza muito muito longe de ser considerada a "Miss Popular", mas era assim que era e acho que era mais autêntica nessa altura. Tenho medo de me tornar a minha profissão. Quero muito acreditar que sou mais que isso. E que tenho, também eu, "em mim todos os sonhos do mundo".

"Posso ter dias maus, mas todos os dias acordo feliz"

Li ontem que a Miranda Kerr e o Orlando Bloom se tinham separado. E quem são essas personagens?, perguntará alguém. Ela é modelo (Victoria's Secret, por exemplo), ele actor (entre outros, entra nos Pirata das Caraíbas).

E escrevo, não por ser fã especificamente de algum deles, mas porque me assusta reparar que as mulheres mais bonitas que conheço são aquelas que mais desgostos de amor têm. No caso deste casal, existe um filho pequeno, com meses. Cada um deles chega a casa, no final dos longos dias de trabalho, e têm à sua espera, respectivamente, um/a dos/das homens/mulheres mais desejados/as do mundo. Milhares de pessoas, um pouco por todo o mundo, a sonhar com cada um deles. A fantasiar com aquele sorriso, com aquele olhar, com aquela pele... Para muitos, acredito, cada um deles corresponderá totalmente ao ideal de beleza e sonham poder trocar de posição com a cara-metade nem que seja por um fugaz minuto. Não é irónico?
Isto só prova que, mais difícil que encontrar alguém que nos "encha as medidas", é complicado manter uma relação. Sobreviver à fase depois da novidade. Ultrapassar a rotina, as vidas preenchidas com empregos que exigem tanto de nós.

Acredito que a chave duma relação feliz e duradoura é essencialmente o companheirismo. Aprender a partilhar tudo com a pessoa que temos ao nosso lado. Tornar, por exemplo, o momento da cozinha, ou um momento banal como fazer a cama, um momento divertido. Partilhar o levantar da mesa. Conversar sobre cada dia. Partilhar momentos piores, pedindo conselhos ou simplesmente desabafando. Partilhar momentos melhores. É importante rir, mesmo que nem sempre o dia tenha sido perfeito. Queixar-se qualquer pessoa sabe, mas ser optimista todos os dias é um trabalho árduo. E, claro, são obrigatórios os mimos, muitos mimos. E beijos. Beijar. Muito...

Não sou nenhuma perita em relações, mas todos estes conselhos são os conselhos que dou a mim mesma. Esforço-me por melhorar a vida da pessoa que está comigo e acabo por ter o (bom) reverso da medalha. Tento que o stress do trabalho não me absorva demasiado e esforço-me por recuperar a magia e a alegria de viver e amar todos os dias. É difícil, mas tentar não custa nada, não é? E se há coisa que a minha querida avó (agora com menos memória) repetiu toda a vida, com os olhos cheios de garra, foi isto (e que quero poder repetir também um dia aos meus filhos e netos): "posso ter dias maus, mas todos os dias acordo feliz".

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Quando quem manda são eles...

... os cães, entenda-se!

É que é mesmo como no cartoon. Uma pessoa decide, no final dum dia cansativo, que quer descansar... mas quem manda são eles, por vezes. E lá vou eu passeá-la! O que vale é que "quem corre por gosto, não cansa". Pelo que vou levar o ditado à letra e dar uma bela duma corridinha. Até já! :)

Play it again, Sam


A propósito dos jantares de Natal que todas as empresas têm marcado nos últimos dias, estava a falar com uma amiga minha sobre o jantar do escritório dela:

Ela: "(....) Nem imaginas. Havia um piano na sala e um dos sócios decidiu começar a tocar."
Eu: "E tocava bem?"
Ela: "Mais que bem. Fiquei arrepiada. Até filmei. Ora vê." (e mostrou-me um vídeo que fez com o telemóvel. Realmente era lindo. Ele tocava, tocava, tocava. Sem partitura, sem hesitar e sem enganos. Fiquei nostálgica.)
Eu: "Sabes, fiquei com saudades de tocar piano. Não toco desde os 18 anos. E acho que tocava tão bem... Às vezes penso que é um disparate termos algumas capacidades, hobbies que adoramos e nos dão prazer, e esquecemo-nos simplesmente disso. Parece que não queremos ser felizes, não é? Eu adorava mesmo tocar, era das coisas que mais feliz me fazia!"
Ela (sempre mais prática que eu, nestas coisas): "Simples, tens que voltar a tocar, então. Queres saber o que eu realmente pensei?"
Eu: "Diz...."
Ela: "Só pensei 'vou mas é decorar duas músicas e na próxima festa dou um brilharete'. Com sorte ainda me convidam para ser sócia também".

Dei por mim hoje a rir a pensar nisto. Eu toda nostálgica a pensar no piano e nos arrepios que ainda sinto quando oiço alguém tocar. Ela prática, sem melodramatismos. É por isso que gosto de ter amigas diferentes de mim. :)

Nota: o piano da foto surgiu no filme Casablanca (1940) e foi vendido na passada Sexta por 455.000€. Não foi revelada a identidade do comprador que o adquiriu no leilão da Sotheby’s, em Nova Iorque. É nesse piano que Sam, o pianista, interpretado por Dooley Wilson, toca a canção mais conhecido do filme, As Time Goes By.

Homens vs Mulheres #2

... Ainda sobre as diferentes posturas masculinas perante as questões do dia-a-dia.

Esteve uns dias fora, em trabalho. Reencontrámo-nos, eu a tentar conter o sorriso que parecia não me caber nos lábios. (já há algum tempo que não ficava assim) Passado uns minutos a matar saudades:

Ele: "Ora bem, tens ido correr?"
Eu: "Siiiim, eu disse-te. Tenho ido sempre, umas vezes com mais preguiça, mas vou!"
Ele: "Óptimo, e a partir de agora já tens roupa de corrida a sério." (diz, muito orgulhoso, enquanto abre a mala e tira uma t-shirt e um casaco da marca preferida dele. De carros, diga-se de passagem)
Eu: "Ohh que queridooo!!!" (a verdade é que, apesar de não ser tipicamente feminino, faz-me lembrar a roupa daquelas miúdas que costumam estar no pódio a dar os prémios e champanhe aos corredores vencedores. Bem giro, portanto.).
Ele: "Olha, e também trouxe isto, mas se andas a fazer desporto e a ter cuidado com a comida, não é para comeres tudo duma vez, vê lá!" (acrescenta, com ar de mau, e mostra-me para aí dez sacos de gomas).

E ele nem sabe ou imagina o quanto eu adoro este agridoce. Este fingir que é mauzão, enquanto me dá mimos. Ou os "acooordaaa, mongaaa!!", aos Sábados de manhã, enquanto me leva o pequeno-almoço (à inglesa, acrescente-se) à cama.

Podia ser mais meiguinho às vezes? Podia. Mas sinceramente, acho que são as pequenas imperfeições que nos tornam adoráveis. Acredito que só conhecemos verdadeiramente alguém quando ficamos totalmente à vontade um com o outro. E isto é válido entre casais ou entre amigos. Quando fazemos demasiada cerimónia com alguém, é porque ainda não desceram todas as barreiras. Pensem nas pessoas mais próximas de vocês. Têm que pedir licença para abrir o frigorífico quando estão em casa deles? Podem falar das vossas histórias mais privadas? Eu adoro chegar àquela fase das relações (e repito que o mesmo se aplica aos amigos) em que podemos falar de tudo, em que nos tornamos totalmente íntimos e deixamos de pensar no que dizemos ou na forma como o fazemos. Porque acredito que é nesse ponto que as pessoas se tornam mais profundas, mais interessantes, mais tridimensionais e com uma vulnerabilidade que só consigo qualificar como adorável. Somos bichinhos tão espectaculares, que não nos conhecermos verdadeiramente uns aos outros me parece um profundo desperdício.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Homens vs Mulheres

Ao almoço, em casa:
Ele: "grraaaau" (grande arroto, entenda-se).
Eu: "crriii criii criii" (i.e., silêncio. Opto, num gesto maduro e demonstrativo de auto-controlo, por não comentar, pensando antes, de mim para mim: "algures no mundo isto é um som apreciado e educado, que significa que alguém está grato pela comida e que está a adorar... e só isso importa, Pippa").

Minutos depois:
Eu: "Posso tirar um bocadinho do teu prato?" (e tiro, sem esperar pela resposta, duas folhas de espinafre do prato dele).
Ele: "O quê??? Que noooooojooooooo!!!" (com a voz a subir dois tons, porque quase todos os homens se tornam tenores quando se irritam).

E aqui temos um pequeno exemplo das diferenças do mundo visto através dos olhos dum homem e duma mulher. Bonito, não é?

E agora vou acabar de ver o "Love Actually", que está a dar, pela 1566.ª vez, na televisão, enquanto o tenor da casa vê, ao meu lado, um site qualquer da bola. ;)

Sobre o inegável "efeito-escadas-rolantes" #2

Chegou a altura de explicar esta teoria. A verdade é que, da minha pesquisa realizada nos últimos anos, concluí que há algo que poucos casais conseguem evitar de cada vez que "embarcam" juntos em escadas rolantes.

Ora reparem bem da próxima vez que estiverem num shopping: 86,3%* dos casais troca beijos, mimos ou simplesmente aproxima-se e sorri, sempre que viajam em escadas rolantes juntos. É inevitável. Há ali um campo magnético qualquer cuja origem ainda ainda não decifrei e que me parece estar ao nível do mistério do triângulo das Bermudas.

Vou tentar fotografar nos próximos dias alguns desses exemplos e colocar aqui. Estejam atentos também, por favor, sim?

"Eh páa, nunca mais vou pelo elevador!!"
*pesquisa realizada entre os dias 20/03/1994 e 15/12/2012, em 267 casais. Ou perto disso.  O Instituto Nacional de Estatísticas não lê este blog, por isso, arredonda-se e pronto. ;)


sábado, 15 de dezembro de 2012

Ter ciúmes ou não?

Tenho esta questão desde sempre e ainda não encontrei resposta.

Significa falta de confiança ou apenas que ainda nos sentimos atraídas/os pela pessoa com quem estamos?

Significa imaturidade ou trata-se apenas de uma forma de apimentar qualquer relação longa e segura?

Detesto ciúmes excessivos, mas também odeio a ausência completa e absoluta deles. Penso, no primeiro caso, que me estão a asfixiar. No segundo, que confiam demais em mim e me dão por garantida.

Gosto do meio termo. Um ciumezinho de vez em quando, saudável e que apenas sirva para nos espicaçar. No entanto, reparo que, à medida que os anos passam, mesmo este ciúme saudável vai decrescendo nos casais que conheço. As minhas amigas dizem-me que já não sentem ciúmes e que constatam que é recíproco - os respectivos também não. Será que sou imatura? É que ainda sinto algum e gosto de fazer sentir. Agora, por exemplo, ele foi para um jantar de Natal da empresa e dei por mim a repetir um subtil e envergonhado "não venhas tarde, sim?".

Respostas procuram-se. Obrigada.


Entretanto, encontrei esta imagem e, obviamente, gostei.

Running in the rain

Custa, mas assim foi passada parte da manhã. Eu, a mana e o membro da família de quatro patas.

Agora, das duas uma: ou chego aos 100 anos, como aqueles idosos que são entrevistados na televisão e que garantem que foi a chuva e o tomar banho de água fria o segredo da longevidade. Ou fico só constipada e a sentir-me estúpida.

A ver vamos. ;)


Adoro estas fotografias de mulheres maquilhadas a correr.

Ahh e esta foi a "power song" de hoje!

A importância do "se faz favor"


Eu opto sempre pelo segundo. E vocês?

Bem me diziam os meus pais que a educação tinha as suas vantagens. ;)

Tenham um óptimo Sábado!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

I'm sexy (and 82% of women know it... or not)

"Para 82% das mulheres não há nada mais atraente do que um homem a barbear-se" (segundo o anúncio da Gillette).



Ouvi com atenção o anúncio que tem passado ininterruptamente na televisão. E resolvi escrever à Gillette com a minha análise do que ali é dito. Apresento-vos a minha missiva. Espero apenas não me enganar na morada e enviar isto ao Pai Natal e vice-versa. Eis o que me aprouve escrever:

Querida Gillette,
Antes de mais, muito obrigada por teres aumentado a tua presença em Portugal e teres permitido que passássemos de um país caracterizado maioritariamente por fartos bigodes, infelizmente masculinos e femininos, para um país onde as faces limpas de pelugem imperam. Julgo que a informação ainda não chegou a todo o mundo, como tenho constatado ao visionar alguns filmes ou séries do continente americano, mas acredito que lá chegaremos.
Escrevo-te relativamente ao anúncio em que afirmas veemente que 82% das mulheres não imagina nada mais atraente que um homem a barbear-se. Ora bem, não quero parecer mal agradecida, até porque, como disse, agradeço imenso o fim da hegemonia dos bigodes portugueses. No entanto, parece-me que, muito embora possas realmente ter realizado inúmeros inquéritos e perdido horas e horas a preparar gráficos e estatísticas, urge esclarecer uma questão. E essa questão que coloco é: quais eram as outras opções apresentadas neste inquérito? Apresento aqui algumas hipóteses que me ocorreram:
"Para si é, qual dos seguintes cenários é mais atraente:
i) Um homem a cortar os pelos das orelhas;
ii) Um homem a cortar as unhas dos pés, que já rasgam as meias, de tão compridas que estão;
iii) Um homem a barbear-se;
iv) Um homem a usar capachinho;
v) Um homem a coçar as suas partes baixas"?

E pergunto isto, porque a verdade é que consigo lembrar-me de mil e uma coisas mais atraentes. Junto exemplos:
i) Um homem a ajudar na cozinha;
ii) Um homem a passar a ferro;
iii) Um homem a ler algo que não seja um jornal desportivo;
iv) Um homem a elogiar-nos;
v) Um homem a tomar um duche;
vi) Um homem a praticar desporto (sem malícia, suas mentes perversas);
vii) Um homem a ajudar uma criança/ animal/ idoso;
viii) Um homem a tratar bem os pais;
ix) Um homem a falar com paixão de alguma coisa que goste muito;
x) Um homem a cantar e a vibrar com uma música que adore;
xi) Um homem a olhar-nos de forma apaixonada.

São só alguns exemplos, claro. No entanto, Gillette, julgo que todos estes exemplos superam a visão dum homem a barbear-se. Não é não esteja totalmente errado o cenário que apresentas. Simplesmente há coisas mais atraentes.
E não te iludas: não tenho especial preferência por homens com barba por fazer, não. Tanto gosto do ar descontraído da barba com 2 dias, num Sábado de manhã, como da pele de bebé pós-barbear. Simplesmente, repito: há actividades mais sexy que ficar a ver o lavatório ficar cheio de mini pelos da barba a cair.
Repara bem: nunca tentei seduzir (ou ouvi relatos de quem o tentasse fazer) nenhum homem a acenar com uma banda de cera, nem tampouco convidei nenhum homem a vir assistir às minhas sessões de depilação a laser. "Olha só isto, que sexy, hãaan? Mais um pelo exterminado. Olha que cheirinho a queimado. Hmmm." Percebes o meu ponto de vista? Eu sabia que sim.

Atenciosamente, a representante-da-minoria-(ou-talvez-não)-dos-18%,

PC.

Decidi mostrar-vos como sou

A nú. Apenas de saltos altos.

Deixei as vergonhas de lado.

Sou o que sou e não há nada a esconder.

Deixei apenas os meus saltos altos e o meu perfume, invocando a memorável Marilyn Monroe. Não é o N.º 5, mas por acaso até é da mesma casa.

Mostro-vos como sou. Perante o Raio X.





Mais fotos aqui.

E não, não sou eu, mas o que é certo é que, apesar de odiar generalizações, afinal, por dentro, nós mulheres somos todas iguais não é? ;)

Pippa, a vidente

Estou surpreendida comigo mesma. Desenvolvi uma capacidade de antecipar o futuro.

Primeiro, lembrei-me de organizar os documentos duma empresa com que trabalhei até há uns anos atrás. Já não tocava naquele dossier há imenso tempo. E dei por mim a organizar aquilo e a pensar "nunca mais soube deles, estará tudo bem? gostava de ter notícias". Passado duas horas ligaram-me. Vi o telemóvel a tocar, mas já nem tinha o número deles gravado. Quando atendi até senti um arrepio - "como é possível?". Tinham umas dúvidas relativamente a uns assuntos novos, mas relacionados com as questões em que lhes tinha prestado apoio. Felizmente tinha tudo muito bem presente, porque tinha acabado de ler os documentos e acho que os surpreendi com a minha memória. ahah

O segundo momento aconteceu hoje. Sonhei que me ligavam dum sítio cuja resposta espero também há muito. Acordei e o sonho tinha sido tão real que fui confirmar ao telemóvel se realmente tinha acontecido. Nunca vos acontece? O que foi mais estranho é que, cerca de 10 minutos depois, ligaram mesmo.

Conclusão: tornei-me vidente. Antecipo acontecimentos futuros. Precisam de respostas? Contactem-me. Mas rápido rápido, porque temo que esta nova capacidade não dure para sempre.

O vosso futuro está agora nas minhas mãos. Problemas de amor, dinheiro, saúde? Não temam mais!
Professora Pippa resolve.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Para quê cantar quando podemos brilhar em lingerie?


Podem não saber cantar.
Ou sequer assobiar...
Mas sabem vestir uma lingerie como ninguém... e quando assim é, que interessa saber cantar ou assobiar? Podem limitar-se a existir. Em lingerie!!

Se eu ficasse igual a estes anjos, fazia um vídeo natalício para festejar as 2.000 visualizações que vi hoje que já tive e que tão feliz me fizeram. Como não fico igual, agradeço do fundo do coração (com recurso a estas meninas) a toda a gente que, nestes 15 dias de existência do blog, teve paciência para me ler, se preocupou em comentar e por todas as palavras de carinho que recebi.
Um obrigada do tamanho do mundo! :)

E .. já agora... Boas Festas! Porque falta pouco, pouquinho.

Como é que os homens se apaixonam?

Nota prévia: não sou homem. Por isso, tudo aquilo que aqui disser pode estar completa e redondamente errado.

Da minha experiência de vida, e de todos os homens que vi apaixonados, concluí o seguinte: mais que um rabo tonificado, um decote generoso, umas pernas intermináveis ou uns lábios voluptuosos, os homens gostam de.... uma boa conversa. Gostam também de mulheres felizes e com um sorriso fácil. Mulheres optimistas, que apoiem os seus sonhos. Mulheres que falem um pouco sobre tudo. E, claro, das mulheres que são uma lady na mesa e uma louca na cama, como cantava sabiamente o nosso querido Marco Paulo.

Atente-se, contudo, na ordem dos acontecimentos: primeiro a mesa, depois a cama. Acho que o problema de muitas mulheres, hoje em dia, é que tentam mostrar logo os dotes de 'loucura' à mesa. Começam logo a fazer trocadilhos e a alinhar em convites mais ousados. Não estou a censurar esta nova igualdade dos sexos, mas acho é que têm que estar cientes dos riscos que correm. Não se prende um homem assim. O sexo pode ser de outro mundo, mas sem prender primeiro o CÉREBRO não há milagres. Em 90% das vezes, o homem pode levá-la para casa, adorar o momento, mas depois pensa "ok, ela queria o mesmo que eu" e não há telefonemas no dia a seguir, nem cinemas depois ou jantares à luz das velas.

Por isso, mulheres, ou estão conscientes desta realidade, ou então.... calma! Não tenham medo de conversar, apenas, durante algum tempo. Acho que a capacidade de conversar, ouvir e contar histórias anda subvalorizada. Sorrir, brincar, partilhar sonhos. E é exactamente isso que prende um casal ao longo de muitos e muitos anos e os mantém apaixonados. A parte da cama é importante, mas para apimentar o casal que já está apaixonado.

Palavra de Pippa.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Amo-te

Sou só eu que acho que só se podem amar pessoas? (e poucas, durante a vida)
Confesso a minha incapacidade para "amar" roupas. Ou para "amar" actividades. Tampouco sei "amar" coisas.
E se há coisa que me faz imensa confusão é ouvir alguém dizer frases como "aquele casaco? amo!", muitas vezes seguido dum "de paixão". Ou então "amo viajar". Ou "nós amamos ficar em casa a ver séries". E infelizmente parece-me que estas expressões caíram nos hábitos da maioria das pessoas. Banalizou-se o sentimento.

Eu sou do tempo em que se amava as pessoas mais queridas, apenas. Pai, mãe, avós, irmãos... e o "Tal". Sem nunca invocar a palavra "amor" em vão.
A verdade é que sou uma romântica e acredito que a palavra deve ser guardada, a sete chaves, no nosso coração e só ser dita naqueles momentos em que não conseguimos mais mantê-la cá dentro. A pessoa assim o exige. Este é um dos presentes mais preciosos em forma de palavra que podemos dar. E gosto de acreditar que todas as (poucas) vezes que o disse foram realmente sentidas e... merecidas. :)


A ternura dos 40... e 6

Acho que estou a ficar com rugas.
Eu, ainda ontem uma adolescente e anteontem um bebé.
Estou a ficar com rugas.
Mas não tenho a certeza se estou realmente a envelhecer ou se, por andar a preocupar-me com isso, estou, isso sim, a ganhar uma expressão de preocupada, logo, mais envelhecida.
No outro dia dei por mim especada em frente a um espelho daqueles que ampliam a imagem 500.000 vezes a analisar cada poro do rosto. Ele bem me dizia "não compres o espelho, vais ficar paranóica". Acertaste. Como 5% das vezes. ;) ahah

Mas agora muito a sério, estava a ver a revista Shape deste mês e só pensava: como é que se chega aos 46 assim, Cindy, meu amor? Eu tenho menos uns anos valentes, mas queria começar a saber essas coisas. O cabelo acho que até temos bastante parecido, já é um bom começo, não achas? Agora ensina-me a parte da cara impecável, sem rugas, e a parte desse corpão, sim? É que confesso que já imitei religiosamente os teus vídeos de fitness (tinha vergonha de assumir isto, mas agora fica dito) e não ando nem perto. Obrigada, Cindyzinha. Sabia que podia contar contigo. beijinho
PS: se quiseres podes vir passar uns dias cá a Portugal e ficas lá em casa a passar férias de graça. Como já aqui disse, tenho a casa sempre impecável quando tenho visitas. Em troca? Coisa pouca. Contento-me com umas aulas de culinária, fitness, cosmética e maquilhagem. E até podemos trocar algumas roupas (estás à vontade), podes fazer-me tranças no cabelo, podemos ver filmes e comer pipocas... essas cenas de amigas. Temos negócio?