sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ritmo alucinante

Estava a ler o título desta notícia - funcionários públicos não aguentam o ritmo alucinante de trabalho - e achei que fosse mais uma daquelas situações em que título deturpava totalmente o conteúdo da notícia em si.

Infelizmente, não foi o caso. E acho que são entrevistas destas que destroem totalmente a imagem dos funcionários públicos. "Ritmo alucinante?". Podem argumentar que têm faltas de condições, salários baixos (ainda que haja estudos no sentido de que, em média, o salário dum funcionário é maior que o salário do setor privado), progressividade lenta na carreira, o que quiserem... Mas ritmo alucinante? Já para não falar do facto de as horas semanais irem ser reduzidas para 35...

Sei que com certeza trabalharão mais que isso, mas não usem a palavra "alucinante", por favor. Convido-os a virem trabalhar comigo uma semana e voltamos a falar.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Irmã mais velha

Entretanto, esta minha bebé vai crescendo de dia para dia e está quase a ganhar o estatuto de "irmã mais velha". Espero que reaja bem à novidade, a outro bebé, à perda da atenção exclusiva... É que, mesmo a crescer, continua a ser tão pequenina...

Estarás pronta, Constança? Sempre vi a minha irmã como o melhor presente que os meus pais já me deram. Desejo do fundo do coração que sintas o mesmo. Quero tanto que sintas o mesmo...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Ok, sem mais rodeios

A primeira novidade que tenho para vos contar - e relativamente à qual estou há meses a explodir (quase literalmente!) para vos contar - é, com certeza, fácil de adivinhar...

Estou grávida!

Sim, outra vez.

A dada altura sentimos que o ideal seria "arrumarmos" logo a fase das fraldas, biberons, cocós e noites mal dormidas de uma vez e embarcar novamente nesta loucura aventura. Tínhamos ido de férias e tínhamos conseguido descansar, apanhar sol, beber uns gins à tarde, namorar e passear - mesmo com uma bebé! - e sentimo-nos prontos para outra. Afinal, era possível fazer vida normal mesmo com filhos. "Vamos lá para o segundo e não se pensa mais nisso?". Pois...

O pior é que aqui o útero da vossa amiga ainda deve ser mais maluco que a dona, porque, mal pensámos... ele tratou logo de arrendar o espaço a um bebé. :) Foi um mês entre o pensar e o estar grávida. Como é que é possível? De maneira que é isto... Tenho tanto para contar... Vou ver se divido em vários posts por temas, para ser mais simples.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Escrever não é como andar de bicicleta

Pensei que escrever fosse como andar de bicicleta - depois de aprender e ganhar o jeito, nunca mais esqueceria. Mas começo a ter dúvidas que assim seja. De cada vez que fico alguns dias sem escrever, cada vez custa mais recomeçar. Abro a folha em branco e não sai nada. Os pensamentos fluem e as ideias são imensas, mas nada que se converta em palavras.

Não, escrever não é nada como andar de bicicleta. E retomar custa sempre.

Tudo isto para dizer que não venho cá há mais de um mês e que hoje está a custar mais que nunca. Bloqueio de escritor? Podia ser, se fosse escritora. Como não sou, chamemos-lhe apenas "bloqueio". Sinto que já não sei escrever, que o jeito falta. O ano novo, que seria altura de resoluções e força de vontade para escrever cada vez mais, veio afinal trazer este bloqueio maldito que teima em crescer. Hoje decidi que era tempo de escrever algo, nem que fosse um "estou aqui, estou bem, estou só bloqueada". Porque é tudo verdade. E, por outro lado, porque me sinto há mais de um mês em falta com quem me segue. Estou em falta com quem me lê. E estou em falta comigo mesma, porque tenho a cabeça num turbilhão, cheia de ideias, cheia de novidades (tantas novidades!!), cheia de planos, cheia de medos, cheia de dúvidas, cheia de sonhos, cheia de tudo... e, se não atualizo isto tudo, em breve expludo.

Escrever não é como andar de bicicleta. Hoje sinto que estou outra vez com as rodinhas pequeninas atrás, sem equilíbrio nenhum e com o corpo a cair, ora para a esquerda, ora para a direita, sem saber bem como se conduz isto. Pelo menos não caí. E cheguei ao fim do quarto parágrafo. Agora é pousar a bicicleta. E ver se o jeito volta.... naturalmente. Para vos contar tudo. Para recontar tudo também a mim também.