segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

No meu chuveiro

Não acontece com toda a gente?
O chuveiro tem a melhor acústica: faz-nos parecer afinados (mesmo que a música nem pareça a mesma cantada por nós), com a melhor dicção (mesmo que para os outros o nosso inglês soe a mandarim), e capazes de colocar um Coliseu em delírio.
O chuveiro é ainda terapêutico: para mim, pelo menos, serve para organizar o dia, lembrar-me de assuntos pendentes e tomar decisões. Também é local de inspiração e ideias.
No entanto, ultimamente, o chuveiro tem sido mais que isso: tem sido o meu spa caseiro. Ontem, depois de uma passagem muito rápida pelo ginásio, para cansar o corpo após um fim-de-semana tão cansativo e exigente em frente ao computador, meti-me no chuveiro e senti-me nas nuvens. Ali, ninguém nos chama. Ninguém nos faz perguntas. Ninguém nos pergunta por prazos. Ninguém nos pede para mudar fraldas ou fazer sopas para a bebé. No chuveiro, somos só nós, as nossas músicas, a água a cair e a inspiração a chegar.

Sim, quem não tem cão (neste caso, tempo para spas, massagens ou simplesmente DORMIR), caça com gato! Depois só tenho é que ter coragem de olhar para a conta da água...

4 comentários:

  1. Por acaso a minha inspiração vem mais na cama e não no chuveiro :P

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  2. É uma semi verdade essa... Já me aconteceu estar no meu spa e entrarem na casa de banho com o bebé nos braços em prantos a perguntar se ele tinha fome!!!!

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  3. Anónimo21:48

    Aproveite que provavelmente quando a Constança souber falar e andar nem no chuveiro terá descanso :)

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  4. Verdade! entendo perfeitamente esse sentimento, ás vezes é o único lugar onde podemos respirar fundo

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