segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Terceiro dia de escolinha

E pensava eu que ao segundo dia já não ia custar tanto, nem a ela nem a nós. Pensava eu que, ao terceiro dia, já seria tudo fácil e sereno. Errado. Hoje deixei-a e continuou a chorar tanto que senti que deixei parte do meu coração atrás de mim. Chamava pela ama, chamava por mim, pelo papá, pedia colinho, dizia que não queria "escolinha"... e eu só queria conseguir explicar-lhe que isto é o melhor para ela, que é melhor estar ali com outros meninos que ficar em casa fechada mais um ano, e que me sai caro pagar ama e escola, e que é um sacrifício que fazemos pelo bem dela. Só que o meu lado racional desfaz-se em cacos ao mesmo tempo que o coração se parte e também me dá vontade de chorar, e choro mesmo, e saio dali a pensar "vou mas é acabar com isto e deixá-la ficar em casa mais um ano, coitadinha".

Enfim. Isto é mesmo duro. Custou menos regressar ao trabalho no fim da licença que isto. Porque ao menos nessa altura sabia que ela ficava no ambiente dela e que a podia visitar quando quisesse. Escola? Ninguém me tinha avisado que custava tanto. Às duas. :(

1 comentário:

  1. Nunca comentei, mas acho que precisa de mim. Deixei o meu filho na escola aos 18 meses, a educadora era amorosa e eu confiava nela ( o mais importante acho eu), mas o meu santo filho chorou de setembro a maio! Ficou doente bastantes vezes o que não ajudou nada. Eu estava tranquila porque sabia que nao lhe faziam mal, mas custou horrores, ele passou a dormir mal de noite e a Joana dizia-me que durante o dia chorava por mim.
    Na altura não tinha alternativas, pelo que não pude fazer nada, mas sei que lhe fez muito bem, estar com outros meninos, aprender coisas que em casa serão sempre mais solitárias e sem tanta magia.
    Chorei muito no carro, mas nunca à frente dele e saber Deus a força com que se agarrava a mim.
    Passou, ele já têm 7 anos, mas nunca me esqueci! Logo eu que sou a antítese da mãe galinha.

    Coragem!

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