terça-feira, 17 de setembro de 2024

Os Nossos Filhos

Os meus filhos têm, neste momento, 8 e 10 anos. Quem segue este blog desde o início acompanha-me desde os tempos em que ainda sonhava em ser mãe. Pois é, o tempo voa! Ainda ontem descrevia o parto de cada um e hoje aqui estou eu a aprender a lidar com uma quase adolescente e um menino que ser o próximo Cristiano Ronaldo.

O Cristiano Ronaldo em potência é quase um clone dos meus gostos e comportamentos de criança, ainda que com testosterona à mistura. Mas a quase adolescente é uma criança muito diferente da criança que eu fui. E inicialmente custou-me aceitar isso, porque instintivamente todos nós queremos moldar as crianças à imagem do que fomos. Não gosta muito de ler, foge da ginástica e adora volley (que era simplesmente o meu ódio de eleição!). Tentei durante algum tempo torná-la a criança que eu era, admito com alguma vergonha. Até que pensei "mas não é muito mais divertido incentivar uma personalidade tão complexa e diferente da minha?". E desde então está a ser tão mais fácil! Aprendo com eles todos os dias. Tento ensinar, mas têm ambos uma visão tão diferente que redescubro o mundo ao lado deles.

Por isso, o melhor conselho que tenho a dar a quem está a entrar nesta jornada da maternidade é: esqueçam os filhos que foram e aceitem os filhos que têm. Tudo é mais fácil assim!

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Método do Silêncio

Tenho uma amiga que sempre foi a minha Conselheira Amorosa durante mais de 20 anos. Conselheira Amorosa é dizer pouco. Esta minha amiga ouve com toda a atenção e cuidado, dá inúmeros conselhos para a relação propriamente dita (namoro, caso, casamento, o que seja) e também conselhos específicos para apimentar a relação (no sentido s€xual). É uma amiga inteligente e muito perspicaz, lê bem os outros e tem desenvolvido uma técnica a que dei o nome dela, mas que aqui chamo "O Método do Silêncio", por uma questão de anonimato.

A técnica deve ser aplicada em relações amorosas ainda não sólidas, em fase de conquista, e consiste no seguinte: sempre que a outra pessoa se está a afastar, ou escreve menos, ou falha aos compromissos, ou parece estar a esmorecer nos sentimentos, devemos desaparecer. *Puf!*. Sem mais nem menos, sem nenhuma explicação, sem um "até já". Para o método ser bem aplicado, devemos deixar de abrir mensagens, escrever e dar notícias. 2 ou 3 dias assim. Ela já utilizou o método por tempos mais longos, mas penso que isto é suficiente. No fundo, fazer um "ghost" mas sem ser definitivo.

Lembro-me muitas vezes deste Método quando alguém me pede, a mim, um conselho amoroso. E lembro-me porque é exatamente o oposto do que sempre fiz e defendi (o "Método Pippa"): escrever, ligar, preocupar-me, querer saber do outro. Mas sei que resulta, porque já a vi utilizar - sempre com sucesso.

Já o utilizaram? Concordam com esta abordagem?

Segundo ela, a pessoa fica desesperada a querer notícias, porque se habituou à nossa atenção e presença, e por isso é infalível.

Partilho hoje aqui no blog, caso alguém esteja numa situação amorosa que corre mal e precise duma dica milagrosa :) Um dia destes direi, no entanto, em que consiste o Método Pippa.