segunda-feira, 1 de julho de 2013

Manda-me uma carta. Mandas?

O diálogo que se segue é pura ficção e não me envolveu.
Ok. O diálogo que se segue é baseado em factos verídicos. Passa-se num café e envolve uma jovem adulta indeterminada e uma criança indeterminada também que a aborda, como só as crianças sabem fazer - a despropósito, sem motivo nenhum.
Pronto, apanharam-me: o diálogo que se segue aconteceu mesmo comigo no Sábado, com um rapaz muito simpático que veio meter conversa comigo e que, no final, me partiu o coração.

- Olá! Sabes como é que eu me chamo?
- Não... Queres que adivinhe?
- Sim.
- Pedro? João? António? Rui? Bernardo?
- Não. Chamo-me Carlos.
- Olá, Carlos. Tens o nome duma das histórias portuguesas de que mais gosto - os Maias.
- Eu gosto do meu nome.
- E fazes muito bem em gostar. E de ler, também gostas?
(Conversa sobre trivialidades durante uns minutos... Até que a mãe dele o chama e o final da conversa se precipita.)
- Olha, mandas-me uma carta?
- Queres uma carta minha?
- Sim!
- Oh que querido. Mando, claro. Adoro escrever. Costumo escrever muito, sabes? Estou sempre a pensar em histórias e no trabalho também tenho que passar o dia a escrever. Além disso, adoro escrever e receber cartas. Claro que te escrevo! Vou adorar escrever-te.
- Está bem. Mandas uma carta?
- Sim. Vou já pensar no que vou escrever.
- Não... Não tens que escrever. Só quero a carta. Eu gosto de cartas.
(A mãe junta-se à conversa)
- Olá! Desculpe. Ele está a maçá-la a pedir cartas? Não ligue... é que ele colecciona envelopes. Pede isso a toda a gente.
- Ah...

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