quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Benfica

Acho que daqui a uma hora e pouco vai ter lugar mais um daqueles momentos (e este é colectivo, aviso já) de surdez masculina.

Eu até simpatizo com o Benfica (já sei que se as minhas amigas lerem isto vão atirar-me à cara que sou uma vendida e tal, mas é verdade... simpatizo!!) e gosto de futebol... Mas não consigo delirar, gritar, gesticular, insultar o árbitro e a mãe do árbitro, e o jogador X e o Y e o Z e a mãe deles todos, não consigo saltar da cadeira e viver o futebol como um homem. É a mais pura das verdades. Não consigo.

Acho piada a ir ao estádio, mas confesso que metade das vezes nem consigo perceber quem é quem (principalmente no início da época, em que o plantel é todo renovado), e até tenho medo de perguntar, porque é pecado ir à "catedral" e não saber metade da "missa". Ainda se vira o estádio em peso contra mim!

Por isso, ultimamente optei por assumir perante mim mesma a naba que sou no que ao futebol diz respeito, e aproveitar as horas de jogo para deixar o homem em paz, e ir correr/ ver as minhas séries/ simplesmente ir ao shopping.

E é engraçado constatar que muitas mulheres fazem o mesmo, porque as ruas e as lojas ficam habitadas só por mulheres... O que me leva a pensar que é essa é a hora em que nós, mulheres, ficamos a governar o país. O país fica totalmente entregue a nós. Estão a sentir o peso da responsabilidade?

Experimentem sair à rua e reparem. :)



4 comentários:

  1. ahahah Lá em casa o mundo todo pára quando dá a bola... pelo menos para ele.

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    1. E rendeste-te ao vício ou aproveitas para fazer as tuas coisas? :)

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  2. Na final do euro 2004 trabalhava num centro comercial e nesse dia nem elas se viam nos corredores do shopping. Estava vazio. Foi a unica vez.

    homem sem blogue
    homemsemblogue.blogspot.pt

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    1. Eu fui ao estádio. Estava tão confiante que antes do jogo até troquei de t-shirt com uma grega simpática, cheia de solidariedade pelos - pensava eu - futuros perdedores. Depois daquele golo quase que me apetecia imolar, só de olhar para a t-shirt maldita que trazia. Grrr.
      E assim se ganhou uma mulher nos centros comerciais em dia de jogo...

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