sábado, 22 de dezembro de 2012

Conselhos da Pippa: nunca peçam a um matulão para vos ver o óleo

Esta é das histórias mais constrangedoras que já tive.


Fui para a garagem, ia pegar no meu fiel Pippamobil quando me deparo com uma bela duma poça de óleo no chão. Fiquei em pânico! Ora, como mulher desenrascada e mecânica-nas-horas-vagas que sou, peguei logo no telemóvel e liguei ao meu pai:
- Uma poça de óleo! É melhor não pegar no carro, certo?
- Uma poça de óleo? Isso é muito estranho. O carro é praticamente novo. Não terá sido algum carro que aí esteve antes estacionado e que deixou isso?
- Não... Parece fresco, o óleo. E neste lugar só estaciono eu.
- Então porque não pedes aí ao segurança ajuda? Ele que veja o que o carro tem. Se não souber, levas à marca.

Procurei o segurança, um bocado a medo, porque este sempre me pareceu meio vesgo (só me vê quando estou a 5cms dele, praticamente. Ou então é tarado e quer que as mulheres se colem a ele). Quando o encontrei, este aconselhou-me que fosse ali a um café (talvez assumindo perante ele mesmo que era oficialmente cego) pedir ajuda. Meu dito, meu feito. Fui ao café a que costumava ir. Apareceu-me o empregado, um matulão com cara de nenuco chorão (tal como o meu namorado costumava dizer) e careca. Uma sweat cinza clara justinha, sem nada por baixo, para se ver os peitorais fruto do ginásio, e uns jeans gastos, também bem justos, claro, não fosse não vermos o rabinho empinado e os músculos das pernas. Um príncipe, portanto. (NOOOT!!!) À falta de melhor e na ausência de mais homens nas redondezas, lá lhe pedi ajuda. Além disso, costumava ir àquele café com o meu namorado e sentia-me "protegida" por saber isso. Lá fomos à garagem. Eu com vergonha por ter pedido ajuda, mas contente por a situação se ir resolver rapidamente.

- Então é este o carro?
- Sim...
- Vamos lá ver. Realmente tem uma poça de óleo.
(Uhhhh, génio!, pensei)
- Vou ver o que se passa debaixo do carro. Podes pegar-me na sweat? Não quero sujá-la.
- Hãaaa...
Tirou aquilo num ápice. Juro que tinha os peitorais contraídos. Nem sei como não morreu sem ar, pois pareceu-me uma eternidade que esteve a conter a respiração. Fiquei a morrer de vergonha, a pedir aos santinhos que ninguém entrasse na garagem naquele momento. Atirou-se para o chão, só com um braço. Oh meu Deus, flexões só com um braço! Ahahah, pensei, de mim para mim. Dá um salto.
- Já está. Tem uma fuga. Tem que ir a uma garagem ver isto.
- Obrigada!! Era mesmo isso que precisava de saber.
Nesse momento, entra uma família inteira. Os meus vizinhos. Pai, mãe, avó, filhos pequeninos. Vão para o carro ao lado do meu. E eu ali com o empregado do café semi-nú, peitoral contraído. Tenho a certeza que atingi os mais altos níveis de vermelhão humanamente possíveis. Estava para morrer. Aquele nenuco insuflável, cheio de músculos, com a sweat na mão e eu. É que nem que gritasse "ele estava só a verificar-me o óleo". Não ia parecer credível, mas apenas um argumento muito muito foleiro para um filme porno. Foi mau demais.

4 comentários:

  1. Ahahahah Já que não estava presente, vou imaginar este momento menos constrangedor e mais erótico com um homem esbelto e atraente :p

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  2. ahahaha...isso é uma cena digna de filme!

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  3. hahaha hilariante. Isto mais parece um episódio de uma série cómica.

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  4. Fizeste-me chorar de tanto rir!

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