A história parece, inicialmente, simples e linear. Parece dramática e realista. E, acima de tudo, casual. É por acaso que a personagem de Rooney Mara visita aquele psiquiatra, interpretado pelo Jude Law. Está deprimida e nada a parece salvar dessa depressão, desse "poisonous fog bank, rolling in on [her] mind". É por acaso que este lhe receita aqueles anti-depressivos específicos. É por acaso que ela vai acusar tantos efeitos secundários. É por acaso que Jude Law se cruza com a antiga psiquiatra da sua nova paciente. E é por acaso que decide alterar a prescrição. É também por acaso que a paciente não consegue sair da depressão em que se encontra. Ou que os dramas sucedem.
Mas será afinal tudo casual? Este é um thriller mais denso do que aquilo que parece à partida. E agarrou-me do início ao fim. Fez-me querer ver novamente e reparar em todos os pormenores. Todas as pistas. Os olhares. Os gestos. É que tudo indicia o final que a história toma. E tudo pode passar, no entanto, tão despercebido... Aquele primeiro encontro entre paciente e psiquiatra parecia tão simples e linear. Tão dramático e realista. Tão casual... Mas, afinal, tudo pode ser diferente do que parecia. Vejam. Confiem em mim. Vejam. E digam se não é uma história muito muito bem contada.
Ah, aos homens que não estejam convencidos com esta prosa, posso sempre dizer que há um beijo entre duas mulheres.
Tenho de ver, parece bom.
ResponderEliminarJá vi! Também adorei :)
ResponderEliminarTambém vi. Uma história brutal sobre manipulação.
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