quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sexo oposto não entra!

Julgo que isto acontece na maioria dos casais: existem os amigos comuns com que se partilham programas e férias - muitas vezes são casais também - e existem depois os amigos que se vão mantendo do tempo de solteiros e com os quais se marcam jantaradas, jogos de futebol (para eles) ou compras (para elas) ou saídas para os copos - muitas vezes estes também estes solteiros, mas não é obrigatório serem. A diferença no quotidiano não é nenhuma: são todos amigos do casal, mantém-se o contacto e a amizade com todos, independentemente de serem solteiros ou casados, do tempo de solteiros ou não.

O ponto de distinção entre uns e outros é que, no caso dos segundos, encontram-se, geralmente, os amigos das noitadas e dos copos. Por aquilo que me vou apercebendo, é comum nalguns casais instituir-se os jantares de amigos, em que ele ou ela vão sozinhos, e em que o sexo oposto não entra. Esses jantares costumam ter, por objectivo, matar saudades dos tempos de solteiro, desanuviar, conversar, comer e beber bastante. Conheço bastantes casos em que se aceita com naturalidade estes programas e em que o casal vive bem com isto. No entanto, conheço também alguns casos em que os respectivos se opõem veemente ao facto de a cara-metade precisar de algum tempo "sozinho", só com os amigos, e em que exigem, portanto, a sua presença. "Não faz sentido não ir o sexo oposto! Eu namoro contigo, quero ir" - dirão. Para estes, uma relação só faz sentido se os dois estiverem sempre juntos e apreciarem a companhia um do outro. E um dos argumentos que invocam é que, se estão juntos, é porque gostam um do outro, sem segredos, por isso não precisam de tempo só com os amigos.

Quanto a mim? Sinceramente, sempre fui convidada para 99% dos jantares dele, por isso, quando não vou é porque simplesmente estou com vontade de ficar em casa a ler, a ver um bom filme no sossego no lar, ou porque tenho outro programa. Mas admito que, a passar a existir sempre um jantar de homens em dia marcado da semana, me faria alguma confusão. E desse lado, o que vos parece a ideia de a vossa cara-metade ter um dia por semana, por exemplo, para ir sempre com os amigos, sem o sexo oposto? ;)

8 comentários:

  1. Acho que tb me faria alguma confusão... Mas até percebo, apesar de não concordar a 100%!

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  2. Anónimo20:28

    Eu acho bastante saudável cada um manter o seu grupo de amigos com quem possa de vez em quando sair para uma noitada mais "agressiva". No meu caso, esporadicamente fazemos isso e até agora tem funcionado muito bem até porque aprendemos a ganhar confiança um no outro.

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  3. Faz falta a ambos os lados ter momentos a sós ou de descontracção com os amigos.
    A minha cara metade funciona mais ou menos como tu. Só não vai se não quiser, mas... há sempre aquele jantar ou saída à noite que é para os 4 do costume (eu e mais 3) e aí não há quem entre.

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  4. Na minha opinião, são situações normais e até saudáveis. Tudo passa pela confiança e pelo respeito mútuo. Se estes dois ingredientes estiverem no ponto não vejo mal nenhum nisso. A mim nunca me fez confusão essas coisas. Se fizesse era porque alguma coisa estava errada no meu relacionamento. No fundo, é tudo uma questão de hábito :)

    ndnan.blogspot.pt

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  5. Anónimo23:36

    Acho ridículo, aqueles casais que andam sempre juntos para todo o lado, que não se desgrudam, que fazem questão de mostrar ao mundo que são muito felizes só os 2 e que não precisam de mais ninguém, etc etc. O amor, o companheirismo, a cumplicidade, é muito importante numa relação. Mas a confiança é uma mais valia. Acho mesmo saudável que os casais tenham a confiança suficiente para poderem fazer programas com os amigos, sem levarem a cara metade. Faz parte. Pessoalmente, tenho uma relação que considero muito saudável. Tenho tempo para tudo. Mas sou a primeira admitir que adoro quando estou com as minhas amigas, sem o namorado atrás. Podemos conversar mais à vontade, fazer coisas de mulheres, e o meu namorado é o primeiro a incentivar-me para isso. Mas também conheço casos, em que se prendem mutuamente, em que há ciúmes se algum quiser sair sozinho, e depois começam a mentir e a esconder coisas, e isto sinceramente mexe muito comigo. Não entendo a necessidade de prender a cara metade. Para mim trata-se de desconfiança. Há muitos casais que mais tarde ou mais cedo, se esquecem que têm amigos. Depois, um dia quando precisarem, se calhar não os vão ter. Não querendo ser mal interpretada, eu adoro todo o tempo que passo com o meu namorado, fazemos muita coisa juntos, somos amigos e companheiros. Mas há dias, que gosto de fazer coisas só com as amigas, da mesma maneira, que entendo perfeitamente que ele também goste de estar com os amigos dele. Temos todo o tempo do mundo para estar juntos. Acho que é precisar continuar a respeitar o espaço e a privacidade do outro. Mesmo que se viva junto. Há coisas, como pintar as unhas, ler um livro, etc etc, que gosto de fazer sossegadinha no meu canto. E o resultado? Nunca nos chateamos (ou quase nunca, porque uma discussão de quando em vez, nunca fez mal a ninguém). Falamos sobre tudo. Sabemos ouvir. Sabemos respeitar um ao outro. E já lá vão 8 anos de namoro. =)

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  6. Bem, acho que a anónima das 23h36 disse tudo o que eu penso. Não há muito a acrescentar. Talvez acrescente que a única coisa que me faz confusão é "haver dia marcado" para esses jantares. Isso não concordo. Acho que essas coisas não devem estar marcadas fixamente num dia de semana e sim acontecer quando as pessoas lhes apetece.

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  7. Aqui o Namorado, até há pouco tempo, tinha futebol e chegava a casa tardinho. Eu podia ir assistir ao jogo mas não ia. O nosso apartamento é pequeno e assim aproveitava para ter a casa só para mim durante umas horas para fazer todas as coisas que a ele não lhe interessam nada: pintar as unhas, máscaras faciais e etc.
    É claro que depois, quando o excelentíssimo chega a casa, é melhor verificar discretamente se os ténis trazem as bolinhas pretas características do piso do futebol, se vem transpirado da actividade de jogar futebol e não de outra qualquer.
    E depois também há os copos com os amigos em que já sei de antemão que a conversa não me vai interessar nadinha e não também não faço questão de ir. Ou então, se ele insistir, vou só um bocadinho e depois volto à minha vidinha.
    Quando eu quero mesmo ter uma saída só de raparigas sou sincera e digo. Acho que ele também não se importa porque, geralmente, diz logo que vai aproveitar para jogar PSP.

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  8. Isso por acaso não me acontece. Cá em casa nem um nem outro tem um dia semanal estipulado para isso. Mas acho que não me oporia a tal coisa. Olha não sei, nunca pensei nisso lol. Sinceramente eu própria gosto de um tempo (cada vez mais escasso) para mim e para as minhas amigas. E se a minha cara metade quiser uma tarde, uma noite, aqui e ali, para ir ter só com os amigos... qual o problema?
    Lá porque somos um casal não significa que sejamos gémeos siameses. Não andamos colados.
    Sou um ser independente. Não perco a minha identidade se não for aos jantares todos dele. E sinceramente acho que se deve tornar uma prisão aqueles casos em que os casais querem estar SEMPRE juntos.
    Ir arejar, fazer outras coisas com outras pessoas, também ajuda a relação, contamos novas coisas, etc.
    Acho que tudo deveria ser q.b.
    Como se costuma dizer: viver nao custa, o que custa é saber viver ;)

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