segunda-feira, 17 de junho de 2013

A greve e o exame

Hoje de manhã, acordei a pensar nos alunos do secundário e falava aqui do caso do dia - a greve dos professores e os exames nacionais. Afinal, as últimas estatísticas oficiais, apresentadas pelo Secretário do Estado do Ensino Básico e Secundário, indicam que 76% dos alunos conseguiu fazer o exame nacional hoje. Pena não terem sido todos, situação que só se verificou em Latim. Dizia uma aluna entrevistada pela SIC "senti-me injusta". A parte boa é que tem mais alguns dias para estudar português (e a palavra "injustiçada", por exemplo - terão sido os nervos da câmara?).

Quanto à possibilidade de se restringir o direito à greve com base no interesse público ou no direito dos alunos a fazerem os exames, tendo a tomar o partido dos alunos, talvez por ter sido apenas aluna e sentir esse universo mais próximo de mim. Compreendo que seja uma profissão a sentir-se "injustiçada", tal como se sentem os funcionários públicos, os farmacêuticos, os notários, os dentistas, os advogados, os engenheiros civis, os arquitectos, os médicos, entre tantos outros. Todos eles foram afectados pelo número excessivo de profissionais, por opções legislativas, pela crise que o país atravessa, pelo aumento nos impostos ou pelos cortes nos privilégios anteriormente atribuídos. A verdade é que há cada vez menos profissões "sagradas" ou ditas intocáveis. O que era uma profissão de sonho no tempo dos nossos pais - "filho, devias ser médico ou advogado!" - hoje já não garante estabilidade financeira, rápida progressão ou estatuto social.

Ser professor era, há uns anos, o acto de dar aulas, inspirar alunos, servir de exemplo. Hoje, de acordo com os relatos que me chegam, é isso tudo, mas é também preencher Relatórios sobre tudo e sobre nada, dar apoio educativo a alunos se há horas em que não estão atribuídas aulas para dar, é preencher mais Relatórios e mais Relatórios. E agora ainda falam em mobilidade especial para docentes, aumento do horário de trabalho. Percebo a insatisfação. Mas a verdade é que qualquer dia me parecia certo para a greve à excepção dos dias dos exames nacionais. Então o que é feito do inspirar alunos, do incentivá-los a estudar e a serem os melhores, a entrar na faculdade com óptimas notas, o que é feito do servir de exemplo aos adultos de amanhã...? Infelizmente, um dos efeitos laterais do dia de hoje foi ter-se feito greve também a isto.

27 comentários:

  1. Não concordo com a posição dos professores! Acredito que têm vários motivos para fazer greve mas não o estam a fazer condignamente! Tanto que até tive de escrever um texto no meu blog sobre o assunto!

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  2. Pippa concordo e acresento.... olha se os médicos ou enfermeiros se lembrassem de fazer greve num dia que houvesse um desastre natural e fosse necesssário ajuda de todos os profissionais de saúde? É um bocado contra senso o que os professores fizeram, foram igoístas, andaram o ano todo a ensinar os miúdos, para depois na hora H ficarem em casa? Foi mto cruel e na mh opinião quem saí a perder são os próprios professores que até tinham o apoio de muita gente.

    obrigado, és o melhor blog :)

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  3. Dani*22:39

    Compreendo a tua opinião, mas a verdade é que para uma greve de uma classe profissional gerar algum impacto e inquietação nos nossos governantes, é essencial que a falta desses profissionais seja sentida... De pouco vale fazer uma greve em dias em que não vai "atrapalhar muito", pois não vai ser valorizada por quem é suposto...
    E os alunos vão ter oportunidade de fazer os exames noutro dia,, não deixa de ser chato e lhes criar algum stress acrescido, mas não penso que o futuro deles esteja, de todo, comprometido.

    Eu vejo bem isso na minha profissão. Sou enfermeira a as nossas greves parecem nunca causar impacto porque somos uma classe profissional que simplesmente não pode parar, caso contrario a vida de muitas pessoas fica em risco. Somos imprescindiveis na sociedade, tão imprescindiveis que nos podemos manifestar claro, mas temos que "assegurar serviços minimos".. ou seja...ninguem da pela nossa ausencia porque esta la um colega a fazer o dobro ou o triplo do trabalho de quem se esta a manifestar... Porque o senhor X n vai ficar sem a medicação e o senhor Y, não se vai sentir mal sem ninguem para o amparar... É por isso que as nossas greves tem pouco impacto... porque não podemos falhar...
    Pudessemos nós parar completamente a ver se não éramos ouvidos...

    Desta forma, concordo com os professores... a greve é uma coisa que chateia muita gente, ms é um mal necessário!

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  4. Dani*22:42

    Ninguém deveria era ter feito o exame.. mas isso é outra questão!

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  5. Anónimo22:56

    Os exames já são por si só são um autentico stress , os alunos nao precisavam ainda mais desta sobrecarga ,de salas invadidas, salas a fazer exame e outras não, entre outras.

    Como estudante não podia estar mais agradecida à minha escola, e aos meus docentes, por todos termos feito o exame com TODA a normalidade, sem preocupações acrescidas.

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  6. Não posso deixar de estar do lado dos professores. Não fazer greve, não mostrar de uma vez por todas o que a escola pública se está a tornar isso sim era prejudicial para estes e para todos os outros alunos que um dia estarão a fazer exames.

    O exame devia ter sido anulado, ou faziam todos ou não fazia ninguém, mas isso é outra história.

    Tenho apenas pena que os lideres sindicais sejam fraquinhos e não consigam mostrar a toda a sociedade o que realmente está por detrás desta greve e o que se passa verdadeiramente nas nossas escolas.

    A Educação é um dos pilares de uma sociedade pró-ativa e justa e eu como professora (oude deverei dizer ex-professora?) tenho vergonha de tudo que estão a fazer ao nosso sistema de ensino. :(

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  7. Eu percebo perfeitamente a questão de marcar a greve num dia de exame. Se tivesse sido marcada para um dia em que não há exame, ninguém falava no assunto, seria um tiro completamente ao lado. Os alunos não ficaram sem poder fazer o exame. Têm é uma data diferente!

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  8. Observador Atento00:47

    Sempre dei valor aos magníficos Professores que tive. Ainda hoje recordo muitos deles. Tive muitos deles como modelos a seguir. Apesar de já ter dado aulas na Faculdade, a verdade é que nunca me considerei um Professor porque sempre me achei muito aquém dos modelos que conheci (e todos Professores da Escola Pública). Hoje sinto que já só tenho uma ideia nostálgica dessa profissão. Recordo os Meus e coloco-os num patamar superior aos actuais. Não sei de quem foi a culpa, não sei se foi o Governo que os destruiu, mas... brincarem com o futuro dos jovens que deviam inspirar... Por mais motivos que tenham... há limites.
    Há limites...
    Recordo-me do tempo em que, eu aluno sério e comprometido com o meu futuro, estudei dia e noite para me preparar para os exames nacionais. Se estivesse no lugar de um destes jovens sentir-me-ia traído. Sentir-me-ia um objecto de negociação... um número... um naco de carne...
    Uma coisa é greve.
    Outra coisa é chantagem.
    Outra coisa é irresponsabilidade e insensibilidade.

    Têm 364 dias para fazer greve e reivindicar os vossos "direitos". Da próxima tentem reivindicar os vossos "direitos" quando cumprirem os vossos DEVERES (e não estou a falar em deverem contratuais - ESTOU A FALAR DOS VOSSOS DEVERES PARA COM OS VOSSOS ALUNOS).
    Não foi preciso licenciar-me em Direito para aprender esta lição. Esta lição foi-me dada pela Senhora Professora Filomena na Escola Primária nos inícios dos anos 90.

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  9. Eu não sou professora, mas no meu trabalho, tenho 7 alunos do ensino secundário de cursos profissionais a realizar estágio curricular. É extremamente frustrante lidar com eles.

    Tem tudo e tem acesso a toda a informação, falo da Internet, dos computadores portáteis, alguns deles com macbooks pro, mas não sabem o que é responsabilidade para com a entidade patronal, não tem respeito por nós (passam a vida a responder por tudo e por nada), não sabem fazer quase nada ou simplesmente não se esforçam sequer para mostrar que estão a fazer alguma coisa. Podia alongar-me mais neste comentário, mas resumidamente é isto.

    Para mim que sou 10 anos mais velha, sinto esta geração como completamente o oposto da minha. Lembro-me de querermos ser todos melhores, de estudarmos, de ficarmos contentes com um estágio e de o agarrarmos a todas as oportunidades, para nós estar a estudar e estagiar era uma oportunidade de estar fora da escola e aprender a realidade e a prática. Para eles é uma "seca" e em vez de aproveitarem, passam o dia a olhar para o ecrã, não a fazer alguma coisa de útil, mas a falar no chat, jogar, etc.. Já foram apanhados pelo nosso chefe no facebook e para eles está tudo bem. Claro que já foram chamados à atenção, mas nada.

    Não querem saber. Assim, se numa primeira vez eu fiquei "contra" esta greve, pensando bem, sou mais do que a favor dela e não percebo como neste momento os professores não partem para formas de luta "Piores". Os pais estão com muitas dificuldades hoje em dia, mas isso não quer dizer que os professores tenham que educar os meninos e que para além de dar matéria tenham que ser pais. Os professores carregam às costas os problemas deles em leccionar, os problemas deles enquanto professores, os problemas deles enquanto pais, os problemas dos alunos, os problemas dos pais dos alunos. E vi muito poucos alunos preocupados com a greve, algumas respostas de certos alunos (nomeadamente aqueles com bons óculos de sol) foram suficientes para mim. É necessário rever a atitude dos meninos, chumbar, faltas disciplinares, suspensões. As estatísticas dos agrupamentos tem que mostrar isso, mas não... os meninos são todos obrigados a passar. Estamos, na raiz, a empobrecer mais o nosso país e a nossa educação.

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    1. Anónimo14:05

      Mas é que esta greve não prejudicou esses alunos que chumbam, têm faltas disciplinares e suspensões. Prejudicou sim aqueles que se esforçam por obter bons resultados e conseguir entrar no curso que querem.

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    2. Anónimo14:15

      Os alunos dos cursos profissionais raramente realizam exames (só aqueles que querem seguir para o ensino superior)mas muito raramente o fazem...logo não é deles que se trata! A greve afetou os alunos do cursos cientificos-humanisticos, que estudam que se fartam e lutam por uma média para entrar na universidade!!

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  10. Não fiz exames nacionais assim há tanto tempo que não me consiga lembrar do stress que nos provocavam. Eram dias e dias de medos, histeria, muitos cigarros e mais medo.

    Quanto ao nhónhó da mobilidade especial, não entendo esse argumento. A minha mãe é prof há 20 e tal anos e já andou por algumas cidades do país, era para onde a mandavam.

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    1. Ah entendi, estive a ler bem o que quer dizer esta da mobilidade. É, basicamente, dar um subsídio de desemprego aos FP. Que confusão vai na cabeça de quem nos governa, senhores.

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  11. Anónimo10:17

    Pela quantidade de erros de Língua Portuguesa nos comentários a este post, parece-me bem notório o decréscimo da qualidade de ensino em Portugal, uma vez que não considero aceitável, adultos escreverem "estam", "igoístas", etc! Portanto esta greve (e outras do género), provavelmente, já deveria ter acontecido há uns bons anos atrás!

    Apesar de ter seguido a via de ensino, nunca exerci por vontade própria. O sonho e exemplos que me levaram a dar esse rumo aos meus estudos, vieram a revelar-se completamente errados. Desiludi-me! Hoje em dia ser Professor, não é como há uns anos atrás, em que de facto estes eram uma inspiração para os alunos. Hoje em dia é um "salve-se quem puder" (e nem vale a pena entrar em mais pormenores). Sem dúvida que está mais do que na hora de os Professores reclamarem e fazerem exigências para que possamos voltar a ter um ensino de qualidade, que (como penso que todos sabem) trará vantagens a todos, sem exceção.

    Maria Santos

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    1. Anónimo14:07

      'Pela quantidade de erros de Língua Portuguesa nos comentários a este post, parece-me bem notório o decréscimo da qualidade de ensino em Portugal'. Decréscimo? Então dantes as pessoas não davam erros? :o

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  12. Anónimo11:04

    Bom dia,

    Estou com a Maria Santos.

    Acho que os professores estiveram muito bem. Se não os ouvem quando eles revindicam, tomaram a decisão de afetar terceiros. Terceiros esses, que lhe minam o dia-a-dia. Nenhuma guerra, nem nenhuma batalha é ganha sem alguns danos colaterais!!

    Abr,
    Paulo

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    1. Terceiros que não têm culpa de nada que se está a passar. Acho mal.

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    2. Anónimo13:17

      São os mesmos que não têm culpa de agredir professores, de serem mal educados, de agredirem os colegas e filmarem, etc...

      Nem vale a pena continuar. Na realidade, eles até serão os grandes beneficiados se os professores tiverem melhor qualidade de trabalho.

      Sofia, estudaste a II Grande Guerra? Vê lá então se percebeste o que eu quis dizer por "terceiros".

      Paulo

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    3. Anónimo18:10

      Sabe o que eu acho, caro anónimo, acho que a maioria das pessoas que fala mal dos alunos já não põe um pé numa sala de aulas há anos. Sim, existem alunos mal educados, mas a maioria não é. Como também existem professores mal educados, mas a maioria não é. Já não se aguenta que adultos ponham sempre as culpas nos jovens, como se a culpa fosse sempre nossa. Se você soubesse da missa a metade, em relação a professores. Uns são verdadeiros anjos, mas outros não o são, de todo.

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    4. Anónimo09:49

      Cara Anónima, o seu comentário é um oximoro.

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    5. Anónimo23:50

      1. Caro Anónimo (09:49), sinto-me agora mais culto. Obrigou-me a ir a WIKIPÉDIA. Para que “terceiro” (pobres coitados!) não tenham que fazer o mesmo:
      “Oximoro - ou: oximóron, paradoxismo1 (do grego ὀξύμωρον, composto de ὀξύς "agudo, aguçado" e μωρός "estúpido") é uma figura de linguagem que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando assim um terceiro conceito que dependerá da interpretação do leitor. Trata-se duma figura da retórica clássica2 . Mas, dependendo do contexto, ele pode ser um vício de linguagem.
      Dado que o sentido literal de um oximoro (por exemplo, um instante eterno) é absurdo, força-se o leitor a procurar um sentido metafórico (neste caso: um instante que, pela intensidade do vivido durante o mesmo, faz perder o sentido do tempo). O recurso a esta figura retórica é muito frequente na poesia mística e na poesia amorosa.
      EX: "Foi sem querer querendo".
      - "É proibido proibir"
      - inocente culpa
      - lúcida loucura
      - silêncio eloqüente
      - declaração tácita
      - ilustre desconhecido
      - guerra sem guerra
      (Fim de WIKIPÉDIA)

      2) Caro Paulo
      “Acho que os professores estiveram muito bem. Se não os ouvem quando eles revindicam, tomaram a decisão de afetar terceiros. Terceiros esses, que lhe minam o dia-a-dia. Nenhuma guerra, nem nenhuma batalha é ganha sem alguns danos colaterais!!”

      Espero que na vida nunca tenha que ser nenhum “dano colateral” (PIMENTA NO RABO DOS OUTROS PARA MIM É REFRESCO – será um AXIMORO?)
      Não sabia que estávamos em “guerra” ou numa “batalha”. Neste caso, não esqueça que por norma ganha o mais forte. E o mais forte… é o POVO no longo prazo, mas o Estado no Curto Prazo. Ou seja, ainda bem que os nossos governantes não têm a mesma visão bélica do Sr. Paulo para fazerem levar a sua avante.
      O Bom Senso é um recurso muito escasso. Por norma as posições extremas não são as mais correctas, encontrando-se o tempero e a harmonia no meio.
      Todas as frases do seu comentário (13.17) são riquíssimas a nível de recursos estilísticos. Quantas figuras de estilo encontramos?
      a) “São os mesmos que não têm culpa de agredir professores, de serem mal educados, de agredirem os colegas e filmarem, etc...”
      b) “Nem vale a pena continuar.”
      c) “Na realidade, eles até serão os grandes beneficiados se os professores tiverem melhor qualidade de trabalho.”
      d) “Sofia, estudaste a II Grande Guerra? Vê lá então se percebeste o que eu quis dizer por "terceiros".

      Por último, não sei se a Sofia estudou a II Grande Guerra. Eu estudei, mas parece que estudei mal porque não percebi o que quer dizer por “terceiros”. Desta vez não será tão fácil como pesquisar AXIMORO na WIKIPÉDIA. Por isso, opto conscientemente em continuar ignorante.

      A minha posição é simples:
      Os professores até podem ter razão (neste momento nem me interessa saber o que reivindicam). O meio utilizado para atingir os seus objectivos foi extremamente incorrecto. Os "danos laterais" e os "terceiros"... independentemente dos significados que lhes atribuam devem ser tidos em conta.

      Ass. Observador Muito Pouco Atento (AXIMORO!!!???...)

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    6. Anónimo11:21

      Caro Observador Muito Pouco Atento,

      Devo ter tido bons professores de português e, como tal, não necessito a ir à Wikipedia para saber o que é um oximoro. Se deixasse de lado a sua "gaitice" saberia que um dos sonetos mais famosos de Luiz Vaz de Camões é todo ele composto por este recurso de estilo. Mas como já depreendi que gosta de pesquisar vá lá descobrir qual é. Já agora não perca o lanço e pesquise o papel da Resistência Francesa na II Grande Guerra, tal como, a frase de Winston Churchill: "Nunca tantos ficaram a dever tanto a tão poucos" e possivelmente me perceberá.

      Quanto ao resto do seu comentário vou aceitar como sendo um dano COlateral da tacanhez mental que assola PT neste momento.

      Paulo

      PS - Pippa peço desculpa pelo teor dos comentários, bem sei que este é o seu blog e não queria de algum modo causar desconforto com os meus comentários. Por favor, apague o que achar que não tem direito de aqui figurar. Quanto ao resto, continuarei seu leitor. Keep up the good work.

      Eu até gostaria de contrapor a segunda parte do seu comentário mas é tão

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  13. A questão é que os Professores criaram uma mancha negra na opinião pública ao decidirem fazer greve, precisamente, na única época em quem já mais o poderiam fazer!!

    Coisas de sindicatos no fundo...foi vergonhoso.

    Os alunos é que pagaram: uns fizeram exame ao som dos protestos dos próprios colegas de turma (cujo os nomes não começava por A B e C)
    E os restantes cá fora, com sentimento de impotência e de revolta, sentindo-se desapoiados no apoio final de todo o massacre que os professores pregaram o ano inteiro - ESTUDEM PARA OS EXAMES...PREPAREM-SE..BLÁ BLÁ BLÁ...

    Quanto à da "injusta" em vez de "injustiçada" ela corrigiu-se pelo menos..lapsos todos temos..até uma miúda de 17/18 anos...

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  14. Anónimo12:27

    A greve tem que ser feita quando realmente incomoda. Mas apenas não houve 100% dos alunos a realizarem o exame por causa do ME! Que remarcasse nova data! a greve estava convocada para dia 17, se quisessem que remarcassem a data, que a greve não iria mudar para a nova data! Tenho realmente pena dos alunos que não realizaram o seu exame, sim! Mas esta luta não é só para nosso bem, é também pelo interesse dos alunos ao direito a uma escola pública com pés e cabeça....

    DS

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  15. Escrevi a minha opinião sobre este assusnto, como aluna afectada, no meu blogue.

    Um excerto:

    "O meu problema, nem é o facto de os professores terem feito greve. Eu compreendo que o tenham de fazer. E compreendo que a tenham de marcar numa data significativa. Mas os exames já estavam marcados há meses e meses e se o Governo só anunciou as novas medidas em Maio, manifestavam-se em Maio ou no início deste mês, mas não no dia de exame. Não é justo para os alunos e, como aluna, sinto que o Governo tem-se preocupado com o Governo e os professores têm-se preocupado com os professores. Ninguém se preocupa com os alunos e os alunos não têm a força do Governo, nem a força de sindicatos para se revoltarem."

    http://cronicasdosdiariosdebordoperdidos.blogspot.pt/2013/06/greve-de-professores-exames-e-os-alunos.html

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  16. Anónimo18:23

    Parece-me que a posição mais coerente deveria ser, ... estou pela luta dos professores, estou a defender uma escola pública de qualidade, estou, e sem qualquer sombra de dúvida, pelos ALUNOS. A minha leitura é que, os professores estão por eles, que a verborreia de que, "estão a defender o melhor para eles e a lutar por uma forte e boa escola pública para os alunos", é treta.
    Então se o Governo (e não sou pelo governo, nunca fui, nem votei nestes senhores) podia mudar o dia da greve, porque é que o Sindicato não mudou o dia da Greve?
    Muito tristemente, e porque já fui professora, digo, estiveram muito mal, mas muito mal mesmo, e nenhum aluno com as características mencionadas em comentário anterior, merece este tipo de "represálias". Aliás só existem escolas porque existem alunos, as escolas são para os alunos, e professores existem porque há alunos e não deixam de ser seres maravilhosos, que ensinam, formam, e ajudam a educar as nossas crianças, mas pronto, não tenho mais palavras. Lamento o quanto mal estiveram...
    Telma

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  17. A greve tem que de facto incomodar. Infelizmente há quem ache que os professores deviam fazer greve aos fins de semana ou em Agosto

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