quarta-feira, 5 de junho de 2013

Almas gémeas

Como saberão, a Fox Life anda a repor os episódios da série Sexo e a Cidade, por isso ando a rever aquele que foi, com certeza, o manual de relacionamentos de muitos (e eu, como cliché que sou, não fujo à norma). Ontem assistia pela enésima vez a este episódio do qual retive o seguinte diálogo entre a Charlotte e a Samantha:
- I believe that there’s that one perfect person out there to complete you.
- And if you don’t find him, what?... You’re incomplete?, it’s so dangerous! (...) the bad thing about the one perfect soulmate is that is so unattainable you’re being set out to fail.
O que, traduzindo, dará algo como uma discussão à volta das almas gémeas: há alguém, algures, que te completa, mas... e se não a encontras? Ficas incompleto? Tudo anda à volta disto.

A discussão é tudo menos nova ou original. Tão-pouco é conclusiva. O que é trazido de novo para a baila é a questão do ter que ser inalcançável. Mas... terá que ser? O que é certo é que tudo o que é inalcançável parece mais perfeito. Ou, como ele aqui em casa chama, é o "truque dos vinte metros" - qualquer mulher parece perfeita a vinte metros, sem falhas, imperfeições. Só quando se aproxima vemos as rugas, as gordurinhas, o acne, a pele flácida ou uma depilação por fazer (too much?). O mesmo truque aplica-se a quase tudo, que, ao longe, parece perfeito. Com as almas gémeas, muitas vezes acontece o mesmo: ao longe, são ideais. São uma teoria. Uma equação que tem tudo para resultar. Um mito. Mas... e na prática? No dia-a-dia?

Para mim, as almas gémeas são mais que um livro preferido em comum. Mais que uma música especial que se partilha. Um destino de viagem com que ambos sonham. Gostos iguais. Histórias de vida parecidas. Ou um sorriso encantador. Uma alma gémea é alguém que nos completa. Num todo. Compreende e aceita as nossas imperfeições. Partilha as suas. Adapta-se. Quer agradar. A alma gémea não é, afinal, algo inatingível. Está aqui. Se é inatingível, como é que nos pode completar, afinal? Pois... Esse é, em resumo, o meu ponto de vista.

4 comentários:

  1. AWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWWW

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  2. concordo, é completamente alcançável, basta querer muito e trabalhar em conjunto para isso. e não acho nada que é aquela história de ter todos os gostos e hobbies em comum, a diferença tb aproxima e faz a sua parte no que diz respeito à rotina! beijinhos

    http://justknowingmeknowingyou.blogspot.pt/

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  3. Tenho uma amiga que há muitos anos, ainda éramos teenagers, me dizia que achava que não havia uma só alma gémea, que havia várias para cada altura da vida. Lembro-me de pensar que era uma estupidez e na altura a minha noção sobre esse tema era bem mais romântica. Hoje em dia acho que talvez ela não tivesse assim tão longe da verdade. Se calhar temos várias almas gémeas que vão passando por nós ao longo nada vida, para cada fase da vida. Simplesmente algumas ficam connosco, acompanham-nos, a vida toda, outras não :)
    Almas gémeas podem também ser amigas, irmãos, etc. Mas bom, percebo que aí me desvio um bocado do que querias dizer no teu post.

    Alma gémea pode também não ser bem a mesma coisa que a nossa cara-metade. Uma alma gémea pode ser alguém que pensa como tu, alguém que gosta das mesmas coisas que tu, que sente as coisas como tu. A cara-metade pelo contrário pode ser alguém completamente diferente de ti (os opostos atraem-se, certo?) mas que de algum modo encaixa bem assim contigo, as falhas de um são colmatadas pelo outro, as forças idem, o companheirismo e amor existe na mesma.

    Não sei se me fiz entender hehe. Olha... e viva o amor! :)

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  4. Ter uma "alma gémea" não há-de ser muito engraçado.
    Eu não queria na minha vida alguém "formatado" para dizer sempre sim sim, não não, comigo.
    O companheiro para a vida é aquele que nos acaba, que nos completa, que discordando nos apresenta o outro lado, quando a gente não o vê. É aquele que pode estar a milhares de quilómetros de distância física mas apesar disso se sente perto, tão perto que se sente cá dentro.
    Companheiro é aquele que concorda conosco no essencial, nos pilares, mas que depois aceita a partilha das divergências atravês das quais se chega a acordo, na construção do lar. Sendo que onde ele está, onde eu estou está a nossa casa, nós somos as paredes:) a vida da casa floresceu com as nossas filhas. O meu companheiro pensa diferente de mim muitas vezes e eu dele, mas respeitamo-nos nessas diferenças e amamo-nos nas semelhanças e assim é o nosso amor.


    jinhossssss

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