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Que damos sinais contraditórios.
Que umas vezes gostamos de mimos e outras vezes de paixão mais assolapada.
Que às vezes rimo-nos. E que, por vezes, a mesma coisa nos irrita.
Tenho noção que sou assim e admito-o.
Ontem, perguntou-me se achava bem que fosse até casa dum amigo jogar um jogo da Playstation em que andam todos os amigos viciados (eu cheguei a tentar jogar, mas desisti... achei mau demais!). Olhei para ele, meio tristinho com o resultado do jogo de futebol a que tinha acabado de assistir, a fazer olhinhos de bambie e lá lhe disse, sem pensar duas vezes: "claro que sim! Vai, que sempre animas um bocadinho e eu aproveito e adianto trabalho para amanhã". "E qual é o limite de hora que me dás?". Pergunta-me sempre isto, como se eu fosse mãe. Eu acho piada. Às vezes negociamos. O que é certo é que, diga a hora que disser, ele cumpre sempre, religiosamente, feito relógio suíço. A maior parte das vezes até é ele que se auto-impõe um tempo limite e aparece antes da hora. Muito bem educadinho, o rapaz (e não, não foi por mim. Já me foi entregue assim, domesticado. Parabéns, sogrinha!).
Lá foi ele, feito puto, e eu a sentir-me espectacular por ser tão compreensiva e só me preocupar com a felicidade dele. A hora limite ontem, dita por ele, era meia-noite e meia, o que lhe dava duas horas de pura matança na Playstation. Eu atirei-me ao computador, no silêncio da casa, a trabalhar.
Quando olhei para o relógio já era uma da manhã. O mal das pessoas pontuais é este (
Lá chegou.
- Então? Muito bem, que pontual, ironizei.
- Oh... gozas sempre comigo por até vir antes da hora! Algum dia tinha que me atrasar.
- Mas não percebo: tens sempre sono. Hoje que estavas com os teus amigos já não te deu o sono, foi?
- Deu-me o sono, mas o jogo não acabava. Correu mesmo bem! Batemos os records todos!! Vamos para a cama?
- Nãa nãa. Se não tens sono para os teus amigos, também não tens sono para mim! Vou pôr música e temos que dançar e aproveitar que estás tão desperto!
Pus a música nas alturas. Ele ria-se, enquanto vestia o pijama. Lá me ri também e percebi que realmente nunca sei o que quero. Gosto que ele esteja com os amigos e incentivo-o sempre a marcar coisas e a ligar-lhes, porque é que já estava irritada? Gozo-o por chegar sempre antes da hora e hoje ia chatear-me? Insisti para que fosse, toda compreensiva, e agora ia amuar? Lá desliguei a música.
- O que te vale é que ao menos admites que és incoerente e ris-te de ti própria. E sabes que eu te acho piada, dizia-me ele, enquanto apagava a luz.
Pronto, é o que me vale. Desliguei a música.
Vêem o livro da imagem em cima? Realmente são precisos muitos livros daquele tamanho para se perceber estas confusas cabeças femininas. ;)
Também sou assim um pouco (muito) contraditória, as vezes penso que é só para implicar =)
ResponderEliminarE é mesmo. Às vezes precisamos dum drama para animar as coisas.
EliminarPensei que aquele livro tivesse as páginas todas em branco e o título fosse: "Tudo o que os homens sabem sobre as mulheres."
ResponderEliminarRealmente são parecidos, quando vi a imagem também confundi. A diferença é que este tem mais 2 páginas. ;)
EliminarEle é um amor e tu uma risota!! ;)
ResponderEliminarEle é um amor e tu uma risota!! ;)
ResponderEliminaradoro o qe tu escreves!!
ResponderEliminarOlha eu...é que é tal e qual!
ResponderEliminarAh! Acabaste de me descrever ahah
ResponderEliminarE nós é que somos todos iguais?
ResponderEliminarWhat?? Horas para chegar? E é ele que pergunta?
ResponderEliminarEu não ia nessa... Depois tinha eu de seguir o mesmo caminho...