quinta-feira, 6 de junho de 2013

Freud, preciso de ti

Ultimamente os meus sonhos tornaram-se histórias verdadeiramente alucinantes, com argumentos hollywoodescos e capazes de fazer inveja a um Spielberg. Ok, talvez não tanto. No entanto, talvez por andar em maratona da trilogia do 1Q84, noto que os meus sonhos ligaram um complicómetro qualquer e aumentaram o enredo e a intensidade. Pois então deixemo-nos de introduções aborrecidas e passemos à descrição da minha mais recente narrativa vivida em braços de Morfeu.

Lembro-me que estava de mãos dadas com um ser masculino indefinido. A sensação com que fiquei é que era um apoio que tinha ali e que era pouco relevante para a história: existia apenas para não me sentir sozinha, e nem tinha rosto ou forma. Estávamos perdidos no meio da vegetação, a andar sem rumo certo. Confusos e preocupados. De repente, encontrámos alguém que nos diz, a despropósito: "isto é 1996". E percebemos que nos enganámos e que devíamos ter ido por outro caminho. Virámos e começámos a andar por outro lado. Até que encontrámos um grupo de gente sentada numa roda, a cantar e a tocar guitarra. Havia uma fogueira e pareciam estar todos felizes.
- Desculpem, mas sabem dizer-me onde estamos? Perdemo-nos.
- Isto é 1996.
- Por onde é que se vai para 2013?
- Têm que esperar muitos anos até ele chegar aqui. Nenhum caminho vai lá dar.
- Mas nós ainda agora estávamos lá. O mal foi meu, perdi-me. Tenho péssimo sentido de orientação e devo ter virado para a esquerda em vez de virar para a direita.
- Se são de 2013, prova-o e canta uma música do vosso ano. Toma.
E deram-me uma guitarra. Comecei a pensar em músicas, mas só me lembrava de êxitos dos anos 80 e 90. Comecei a tocar Baba O'Riley, dos The Who, para gáudio do grupo. Entretanto, estava sozinha. Queria pedir ajuda à minha companhia masculina, mas ele tinha desaparecido. Estava presa no passado e não me lembrava de nenhuma música do presente que me salvasse. Ia ficar em 1996 sozinha e para sempre.

Acordei a transpirar e a precisar de respirar com força. Freud, que me dizes? A parte dos anos percebo que tenha a ver com o livro que ando a ler, é realmente uma cópia descarada... Mas e o resto? Freud, preciso de ti. Wo bist du? (Vou falar alemão a ver se me ouve melhor). Estou oficialmente ensandecida.

7 comentários:

  1. Eu acho é que estiveste a ver demasiado "Regresso ao futuro" :P

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  2. E por que razão querias voltar a 2013? Em 1996 vivia-se tão bem :P

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  3. Anónimo12:29

    Só faltava o Paulo de Carvalho com "os meninos à volta da fogueira" :)

    Ângela

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  4. Isso realmente são sonhos muito surreais

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  5. Que sonho fantástico, realmente parece um filme. Eu também tenho muitos sonhos assim, não te preocupes.

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  6. Observador Atento18:49

    http://www.youtube.com/watch?v=lpctMYwMiR8
    Nunca mais volto a ler o teu Blog. Como te esqueceste desta música???????
    Eu era logo reencaminhado para o sec. XXI.

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  7. Spike11:43

    Os sonhos pouco significam e o Freud será das últimas a que devemos pedir conselhos.

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