quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Romantismo vs bens

Há dias, durante um jantar com uns amigos, a conversa adoptou, sem que nada o fizesse prever, um tom mais sério, e abordou-se o casamento e os regimes de bens existentes: a comunhão de adquiridos, a comunhão geral e a separação. E dei por mim a defender o último, no qual, resumidamente, os bens de cada um - presentes ou adquiridos no futuro - mantêm-se próprios, podendo cada um dispor deles livremente. Os meus argumentos foram, basicamente, que, dessa forma, cada um dos membros do casal poderá arriscar nos negócios, tornar-se empreendedor, representar empresas, etc, porque nunca afectará a pessoa com que se casou (que nunca será notificada pelas Finanças, por exemplo, por dívidas das empresas da sua cara-metade). Defendi ainda ser mais romântico restringir o casamento ao amor, e deixar as questões patrimoniais fora da equação, até porque seria sempre menos um assunto susceptível de gerar discussão. Enquanto dizia isto, tive um vislumbre, do outro lado da mesa, da minha amiga a torcer o nariz. Eu sei que ela pode estar a ler isto neste momento, e a dizer, de forma convicta, "não torci nada!", mas eu vi (com estes olhos que a terra há-de comer) um narizinho a contorcer-se em desaprovação. Não vale a pena negar. Pode ter sido inadvertido e não propositado. Mas ele estava lá. Sei que, mesmo não me tendo interrompido, esta minha amiga defende o contrário de mim - que romantismo é, no fundo, "o-que-é-meu-é-teu-e-o-que-é-teu-é-meu". Sei que é a favor das contas comuns no casal. Sei que é a favor da confiança mútua e na comunhão de amor e bens. E o nariz apenas denunciou uma convicção dela.

E isto deixou-me a pensar. A conversa evoluiu entretanto para outros assuntos e não foi desenvolvido o tema. Mas, dentro de mim, gerou-se toda uma discussão interna, desde então. Afinal o que é o romantismo na gestão de bens do casal? É partilhar tudo? É fechar os olhos e deixar que cada um utilize indiscriminadamente a conta bancária comum, independentemente do salário que cada um tem? Compreendo esta visão. Traduz confiança na outra pessoa. Um projecto a dois. No entanto, para mim, que não gosto de lidar com dinheiro, o regime de separação no casamento sempre simbolizou uma lufada de ar fresco. Sempre vi como uma declaração de "não se discutirá nunca dinheiro, porque o que cada um recebe, o que cada um faz, o que cada um perde, é apenas seu". Não existirá nunca o fantasma do euro a flutuar sobre o casal, qual nuvem aterrorizadora. Se um dos membros do casal quer ir às compras e perder a cabeça, que o faça. Se o outro quer jogar tudo no Euromilhões, que jogue. Se um receber uma herança milionária, parabéns, é sua. Cabe-lhe a si decidir partilhar com o seu amado ou não. E isto, para mim, é romantismo. Sei que a minha opinião não é a mais comum. Por aquilo que vou falando com amigos, sei que estou em minoria. Quero, portanto, saber a vossa opinião: o romantismo traduz-se em quê, no que ao dinheiro do casal diz respeito? Digam-me. Acham que se deve partilhar tudo ou não?

34 comentários:

  1. Leio o teu blog mas nunca comentei...até hoje.

    Sempre defendi que o uso do dinheiro dos 2 devia ser gerido e decidido pelos 2. E assim foi desde que casei (passam 4 anos) até ao dia em que me deparei com uma situação em que não estava de acordo. Ele queria gastar com alguma coisa que eu não concordava. Ficou chateado comigo por alguns dias o que me pôs a pensar.

    Sentamos, conversamos e achamos melhor dividir as despesas em comum e o resto do dinheiro cada um faz o que bem entender com o que sobra...

    Por isso entendo o teu ponto de vista. Se tivéssemos começado assim creio que algumas zangas e discussões podiam ser evitadas.

    Aprendi a lição e a partir de agora cada um cuida do seu dinheiro...

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    1. Anónimo23:33

      Depois de começarem a fazer como refere como fazem com as compras de supermercado, saídas, restaurantes e férias?
      Cristiana

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    2. Cristiana,

      dividimos as despesas comuns (renda, contas de água, luz...etc). Para as saídas, uma vez paga um, outra paga outro. As férias são divididas pelo meio (como ganhamos mais ou menos o mesmo no momento) e assim vai... Se recebessemos salários muito diferentes ou caso isso venha a acontecer iremos trabalhar com percentagens para quem ganha menos não sair prejudicado.

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  2. A minha opinião, diria que também, nos dias de hoje, menos comum, aponta no sentido contrário.

    Não diria que por uma razão de romantismo, mas antes pela ideia da família. Eu gosto de defender a família e de a tratar como uma unidade, é composta por pessoas diferentes, claro, mas para o bem comum. E por isso, a unidade que nasceu no casamento, alcança esse nível, não se justifica, para mim, haver separação de dinheiros, e acredito, piamente que isso seria uma lufada de ar fresco que evitaria ou poderia evitar uma série de chatisses, mas poria em causa a unidade no rumo da família.
    Sinto, muitas vezes, que esta opinião escandaliza, mas é a que nos faz mais sentido.

    Essencialmente, foi uma escolh que nunca foi propriamente pensada, mas que foi alcançada naturalmente. Vivemos para nós próprios e uns para os outros. O que ganhamos ou fazemos, desde que casamos, já não é só nosso. É só um dos aspectos, dos mil aspectos, que o casamento traz.

    Ah e já agora.. a questão dos apelidos. É a mesma razão, pela qual no século XXI, quando casei, ainda por cima novinha, decidi passar a usar o apelido do meu marido. Deixar de usar o apelido do pai para usar o apelido do sogro?! Credo!! É verdade, a mim também me causa estranheza, mas fi-lo, em prol da unidade da família, ou seja, para o meu filho (e eventuais irmãos) identificarem-se todos nesta família. Um bocadinho de mim que ofereci aos meus filhos.

    Eu sei que parece um pouco demagogo, mas não é! É a minha opinião, e a que sigo. Entendo que existem outras. Não entendo é que haja tanta raiva no mundo. (enfim.. já estou a divagar, perdoa-me o testamento..)

    www.meuqueridodiario.pt

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  3. Anónimo13:28

    Eu concordo com a posição da separação de bens. Cada um deve ter a sua conta bancária, apenas sua e por si controlada. Da mesma forma que passwords de web bank, email, facebook, telemóvel e afins são pessoais e intransmissíveis. Nem ao marido/mulher se devem dizer. Existe um casal, mas, antes disso, existe uma pessoa, que assim se deve manter, independentemente de estar inserida num núcleo familiar. E isto, a meu ver, não é falta de confiança; antes pelo contrário! Lá em casa é assim: cada um com a sua conta bancária, despesas comuns dividem-se por dois (sem mesquinhisses, ok) e cada um compra aquilo que bem entende para si, sem ter de dar justificações ao outro. E funciona!

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  4. Concordo plenamente com a separação de bens. Foi assim que casei e não estou nada arrependida. Nenhum dos dois tem de dar satisfações sobre o que faz com o seu dinheiro e na sua conta particular, mas mantemos uma conta comum onde partilhamos todas as despesas da casa e da família (agora somos 3).E funciona :-).

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  5. Anónimo14:00

    Na minha opinião deve haver uma conta comum para as despesas da casa e da família onde cada mês se coloca um montante acordado entre ambos! A partir daí e o que cada um faz com o dinheiro fica ao seu critério! Assim são evitadas imensas confusões!
    beijinhos
    M

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  6. Concordo com a separação de bens...cada um com o que é seu, tanto para o bem, como para o mau! Sim, porque se podemos gastar dinheiro do outro, se o outro se endividar, também nos tornamos responsáveis.
    Acredito que deve de existir uma conta conjunta, e depois terem contas individuais para outros gastos...Mas, mesmo neste aspecto é preciso ter cuidado. Tenho um casal amigo, que vivem juntos, pais de filhos, tudi, tudi, mas fazem contas separadas, sempre que vamos comer fora ou outra qualquer actividade, quando chega a hora do pagamento, cada um paga o seu e dividem a parte da criança, parece-me demasiado rídiculo.

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  7. Anónimo14:27

    Acho que cada um faz o que quer e aquilo que melhor funciona para a sua familia. Na minha casa é tudo nosso. Não há cá meu, nem teu.
    Não me vejo a dividir a conta do supermercado, cada vez que tivesse que lá ir, ou a conta do gaz, ou todas as outras contas. Para mim não faz sentido...
    Pippa, e já pensou, quando / se um dia tiverem um filho, que vão ter que dividir as despesas da criança também... não é muito prático.. Digo eu!
    gosto muito de ler o seu blog.
    Beijinhos
    Carla Nunes

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  8. Marta C.14:31

    Ora aqui está um tema que muito me inquieta! Na minha opinião o melhor a fazer é, tal como já disseram, haver uma conta conjunta para as despesas em que cada um deposita um montante acordado entre os dois no final do mês, e depois haver uma conta individualizada. No entanto, penso que parece mais simples do que o que é porque em determinadas situações não sei como faria, por exemplo: vão jantar fora, como é que pagam, com a conta conjunta ou dividem a conta a meio e cada um paga o seu? Marcam férias, pagam com a conta conjunta ou não? Um sobrinho directo de um deles faz anos, quem paga a prenda, os dois?

    Para concluir, penso que algumas situações poderão trazer um certo desconforto para o casal, mas acredita que nada como o diálogo para as resolver.

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  9. Marta C.14:32

    acredito*

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  10. Para mim, quando há amor e uma relação, não vejo porque não se devam juntar as economias. É certo que o carro que ele comprou continua a ser só dele, e o carro que eu comprei é meu - mas vemos os carros como sendo dos dois. Mas temos uma conta comum e o dinheiro é partilhado. Neste momento, por exemplo, ele ganha quase o dobro de mim. Significaria isso que ele deveria contribuir "apenas" com o que eu contribuo e ficar com o resto? Não me parece. O que é dos dois, dos dois é. :)

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    1. Anónimo15:06

      Ah pois.... esta opinião é expectável, de uma pessoa que ganha menos do que a outra "metade" do casal. Eu não gostaria de ser sustentada por ninguém, por isso, penso que devem os dois contribuir da mesma forma e ele, porque ganha mais, fica com o resto. Foi ele que ganhou o dinheiro com o trabalho dele, ou foram os dois? Claro que isto tudo muda de figura quando a mulher, por opção do casal, tem um trabalho em part-time (ou mesmo não trabalha) porque quer ficar em casa com as crianças.... não é uma opção que eu considerasse para mim, mas existe e, nesse caso, essa "divisão" não é possível. Ainda assim, mesmo neste caso, contas separadas, sempre!

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    2. Está a dizer então que quando um dos membros do casal ganha o dobro, tudo deve ser dividido a meias? Então e se a pessoa que ganha menos, depois de dividir todas as despesas com o outro membro no inicio de cada mês, pouco ou nada lhe sobrar? Enquanto o outro membro do casal continua com uma boa folga financeira? Anda um membro do casal a pão e água e outro vai jantar fora as vezes que quiser sozinho "porque tu não podes...", ou ainda "vou de férias para o destino X sozinho porque não ganhas o suficiente para me acompanhar". É isto? Ainda não tive de tomar esta decisão mas interessa-me ouvir e perceber todos os pontos de vista.

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    3. Eu não acho que se deva dividir a meias quando há uma discrepância muito grande entre os salário. Nesses casos resolve-se o assunto com percentagens assim quem ganha menos não fica 'prejudicado' apesar de ficar com menos no fim do mês. Mas fica com menos porque ganha menos, que fique claro.

      Quando saem juntos não precisam dividir a conta ao meio. Numa saída um paga e noutra n outro paga. E as férias são percentagens também.

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  11. Anónimo14:58

    Muito bom post!! Dá que pensar...

    Congrats

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  12. Eu como não acredito no casamento, essa questão nem se põe.

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  13. Anónimo16:14

    E quando um fica desempregado? deixa de viver ?! Ou o outro tem que o "sustentar"? Penso que não, a isso é que se chama familia.

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    1. para isso existem as poupanças e os subsidios

      mas isto sou eu que sempre vivi assim e nao conheço outra forma

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  14. Acho que há por aqui muita gente a confundir família com finanças. Há milhares de casais em Portugal que vivem juntos e tem filhos - formando, portanto, uma família - que não são casados, não se lhes aplicando nenhum regime financeiro, e não deixam de ser uma família porque não partilham legalmente todos os bens.

    Para mim, a solução é simples, seja para casais em união de facto, namorados a viver juntos, com ou sem filhos, ou casados com separação de bens: uma conta conjunta, em que cada um deposita uma percentagem do seu ordenado, que cubra as despesas comuns, compras de supermercado, viagens, jantares, despesas dos filhos (essa de dividir a conta da refeição do filho ao meio é ridícula, de facto). Mesmo que cada um só mantenha 20 ou 30% do seu salário para sí, é uma liberdade que acho necessária, seja para compras mais fúteis, ou presentes para o outro, ou saídas com as amigas.

    Além disso, vivemos numa altura em que a maioria das pessoas passa por dificuldades económicas, e é frequente que filhos, fiadores, etc, herdem dívidas dos seus familiares. Não me parece justo que um dos cônjugues fique queimado financeiramente por causa das relações do outro.

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    1. Quanto ao segundo parágrafo! Se não é para é para suportar as dificuldades um do outro para que casam? Porque não ficam em união de facto!? Repare-se que no civil o casamento não é mais que um contrato sobre gestão de bens!

      Atenção: eu compreendo, perfeitamente, que cada um opte por o caminho que mais lhe convém. A minha solução, não tem e não deve ser a melhor para toda a gente!

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    2. E também, não parece que se confunda a família com as finanças! A família altera, necessariamente, a gestão das finanças! É um cruzamento necessário, que se lida como achar melhor! No meu caso, achei que o casamento, trouxe em si esta agravante "financeira", mas o problema não se coloca só com o casamento. Mas com a economia comum (não no termo mais técnico!).

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    3. "Se não é para é para suportar as dificuldades um do outro para que casam? Porque não ficam em união de facto!?"

      Está a questionar a legitimidade dos casamentos com separação de bens? Se o regime existe, é porque há pessoas que o elegem como o ideal para a sua situação, e não me parece que eu ou a Pipa sejamos chamadas a opinar sobre o assunto. Mas pode perguntar à Caco, que também comentou o post, porque é que ela e o marido decidiram casar-se e não ficar em união de facto, se "não é para é para suportar as dificuldades um do outro". Se achar apropriado, claro.

      Repare que o meu comentário apenas sugere que há opções válidas e práticas para casais e famílias que não sejam unidos por comunhão de bens, sem recorrer ao ridículo de dividir as contas da refeição dos filhos e das compras de cada vez que se vai ao supermercado, como foi referido nos comentários anteriores.

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    4. Não, não pus em causa a legitimidade dos casamento com separação de bens! Aliás, porque também têm implicações patrimoniais muito próximas das que referiu, mesmo que em separação de bens, que não podem ser afastadas! Eu referia-me ao terceiro paragrafo e nao ao segundo! Precisamente, a situações de dificuldades económicas, em que justo ou não, o problema de um, é o problema de outro.

      Na verdade, discordo consigo, quando tenta separar família de finanças. Não deixam de ser família porque não têm um regime de bens, concordo. Não casam, organizam as finanças como quiserem e a sua sugestão é tanto válida nessa caso como noutro.
      Mas se escolhem casar, passam a ter um regime de bens (mesmo o da separação) que implica "apoiar-se um ao outro" (nomeadamente quanto ao dever de sustento em caso de dificuldades, etc. etc.). É aí que digo, que se não queirem correr risco de se queimar um ao outro, talvez o melhor seja não casar, mesmo em separação de bens!

      Quanto ao segundo paragrafo, compreendo perfeitamente como opção válida de lidar com a situação.

      Quanto ao comentário da Caco, compreendo perfeitamente o que ela quis dizer, nada contra! Se funciona com ela, tanto melhor, como disse desde início o que funciona com um pode não funcionar com todos!, até porque quando coloquei a questão que enfatizou não me referia à mera situação de partilhar ou não as contas correntes!


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  15. Como eu acho que deve ser:
    - Conta conjunta em que cada um deposita uma percentagem do que recebe;
    - Quem trabalha menos horas (tarefas domésticas incluídas) deve contribuir com uma percentagem maior.
    Como fazemos lá em casa:
    - Ela gasta o dinheiro todo em roupa e maquilhagem;
    - Eu gasto o dinheiro todo em gadgets e cerveja.

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  16. Anónimo18:27

    Mais do que ser a favor ou contra o regime de separação de bens, eu sou a favor do regime de comunhão de adquiridos. Na realidade, com esse regime de bens, o que é de um membro do casal antes do casamento, continua a ser bem próprio desse mesmo membro do casal, bem como as heranças que eventualmente venham a receber na constância do casamento. E sou a favor do regime de comunhão de adquiridos precisamente porque, para mim, o casamento envolve, para além de todo o romantismo de que falas, também uma comunhão de recursos. Não quero com isto dizer que cada um dos membros do casal perde a sua autonomia financeira. No entanto, estando a viver com outra pessoa, entendo que as decisões, no que respeita a gastos de maior relevo (e não nos pequenos gastos do dia-a-dia), deverão ser tomadas em conjunto, e, como em tudo na vida, não se ser de tal modo inflexível que o outro não possa ter extravagâncias utilizando o seu próprio dinheiro. Mas cada casal tem a sua própria dinâmica e o que é preciso é que as pessoas se entendam e conversem, e se resultar com o regime A, ou B, ou C, óptimo! Mas a questão pode e deve ser levada mais longe, a este campo: imagina um casal, casados no regime de separação, em que um dos membros fica desempregado e sem direito a subsídio de desemprego, sem quaisquer recursos. Ainda fará sentido a questão da "separação" dos bens? Creio que não... O tema é bastante polémico, e admite vários pontos de vista, a julgar pelos inúmeros comentários :) Muito bom post! R.

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  17. Cristiana Costa23:25

    Eu concordo com a tua maneira de pensar. Já vivo com o meu namorado há algum tempo e cada um tem a sua conta, o seu dinheiro. A casa foi mobilada a meias e td se divide por dois. Acho mto mais justo e simples. Não há problemas nenhuns em relação ao dinheiro.

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  18. Anónimo00:36

    são sempre coisas complicadas. no meu caso, como somos pobres e não sobra dinheiro nem pra um na pra outro, tem-se só uma conta e assim evitam-se despesas de manutenção que teríamos com duas. Se ganhasse mais, provavelmente também preferia contas separadas pra poder dar um presente surpresa mais extravagante sem ele desconfiar, por exemplo. Mas para já a conta comum tem funcionado.
    No caso de pessoas com negócios, por exemplo, a coisa já deve ser mais complicada a menos que o negócio também seja comum; e pessoas com bastante património antes do casamento também devem querer assegurá-lo porque pode não ser sempre amor e uma cabana...
    penso que não existe um regime certo, cada pessoa deve adoptar o regime em que se sentir mais á vontade e pronto. E se se zangam pelos bens antes de casar, é preferível não casar...

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  19. O problema é que as pessoas não pensam no cenário de tudo um dia acabar e, pior, acabar mal.

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  20. Anónimo10:28

    Eu sou casada em separação de bens, e as contas de gestão corrente da família são pagas a meias. A separação de bens permite que eu nunca tenha de ser responsável por dívidas dele e vice-versa. Se pretendermos comprar um bem a meias podemos sempre optar pela compropriedade, mas se pretender comprar um bem sozinha, com o meu património pessoal, posso fazê-lo, assim como o posso vender sem necessidade de consentimento.

    Eu casei-me para a vida, mas a verdade é que metade dos casamentos dão em divórcio, e nessas situações, bens comuns são um quebra cabeça.

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  21. Ora aqui está um tema do meu dia-a-dia. Trabalho num Cartório Notarial e nem imaginas a fobia q existe num recém-casal relativamente à palavra "separação", ainda q só dos bens :)

    Juridicamente falando, o facto é q o Regime da Separação de Bens existe na lei e pode perfeitamente ser utilizado, sem medo nenhum. Se ele existe, é pq pode ser aplicado. E, como jurista, considero q previne mtos litígios. Não é nenhum monstro de sete cabeças :)

    Agora, emocionalmente falando é outra história. O coração tem razões q a própria razão desconhece.
    No meu ponto de vista, qdo se está apaixonado e convicto q é p toda a vida, o q deveria interessar verdadeiramente é o amor e não os bens. Logo, se pensarmos bem, numa relação de verdadeiro amor, qualquer regime de bens seria indiferente!
    Mas todos sabemos q a realidade não é assim tão linear e mais cedo ou mais tarde as contas à carteira e à vida falam mais alto. Por isso, se calhar é melhor prevenir do q romancear ;)
    Beijinhos

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  22. Anónimo12:04

    Olá Pippa!
    Eu não me lembro nada de torcer o nariz - como é que isso se faz?!?!?
    Mas tu já sabes a minha opinião, e é então sinal que sou uma pessoa transparente :)
    Ass.: A Amiga :)

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  23. Nada como sermos pobres. Não há nada para separar. O meu caso ;)

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  24. Anónimo15:03

    Quando os casais não tem tudo em comum, então está entornado o caldo, mais cedo ou mais tarde. Se o formato é a pensarem nas facilidades de separação, podem ter a certeza que já começaram a acelerar o processo. Gerir a relação, tem de ser em todas as vertentes. Não há, cá para mim, essa coisa de contas separadas, bens de cada um, ferias a custos partilhados, jantares a dividir, etc, etc...isso não tem o formato de FAMÍLIA. Parece-me mais um contrato para social, com direitos e deveres, tipo sociedade comercial, que obriga cada um dos 'sócios' a participar segundo estas regras. Acredito que, no meu caso, se as finanças domésticas fossem o motivo de preocupação e apreensão, que aqui muitos evidenciaram ter, não considerava ter uma FAMÍLIA. Acredito que, se eventualmente o dinheiro for motivo de 'discussão', o fim estará próximo, pois 'outros valores' se levantam. ASSINO: O marido FELIZ...

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