quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Amas-me? Então dá-me a tua password.*

Para muitos casais, esta frase poderá não ser nova.
Muitas vezes, confiança é sinónimo de partilha total: PINs dos cartões para aceder aos movimentos bancários ou poder levantar dinheiro, passwords para poder verificar a conta de email, o Facebook ou outros sites.
Para outros, no entanto, confiança é exactamente o oposto: se não têm nada a esconder, por que hão-de revelar códigos supostamente pessoais?
Ora, confesso que, no meu caso, vivo actualmente uma dualidade: sei as passwords todas dele, mas nunca revelei as minhas. Fui eu que lhe criei a conta no Facebook - numa altura em que ele se insurgia contra o site -, porque insisti que estava a ficar para trás e que era uma forma de retomar contactos com amigos e conhecidos, ou acompanhar os acontecimentos mais recentes. Também fui eu que insisti para abrir conta no gmail, porque até podia aproveitar o chat. E então fui ficando com as senhas de acesso. O contrário nunca aconteceu, mas simplesmente porque não calhou. A verdade é que não tenho nada contra estas partilhas quando são casuais, como foi este caso. Já sou é totalmente contra imposições dos namorados, maridos ou amigos-coloridos, que exigem ter acesso a tudo, "porque só assim podem confiar". Acho que a confiança é muito mais que isso. A confiança é não precisar de partilhas destas para confiar. A confiança é partir do princípio que podemos confiar, sem mais.

* Título baseado neste artigo: se me amas diz-me a tua password

9 comentários:

  1. A propósito deste post, lembrei-me que devia escrever as minhas passwords num papel, pôr o papel num envelope e dizer onde está. Assim, no caso de eu ir desta para melhor, e me quiserem fazer um funeral virtual em condições, já sabem como aceder.

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    1. Ahahah vou pensar nisso! :D

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    2. Então se quiseres depois dás-nos dicas para o funeral: alguma música em especial, palavras a serem ditas?

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  2. Ele sabe todas as minhas passwords, e que jeito me tem dado. Às vezes sou tão ridícula... há não muito tempo fui comprar o passe de manhãzinha e paguei com MB. Errei o código duas vezes. Fiquei parva comigo, todas as minhas passwords numéricas são iguais, não sei o que me deu. Tive de lhe ligar e perguntar o PIN do meu cartão MB. Troquei lá a ordem de uns algarismos. Ele também sabe a password do meu FB, quando o criei só usava para jogar Farmeville, às tantas estava tão embrenhada naquilo que lhe dei a pass para fazer as colheitas quando eu não podia. O FB foi dos dois durante um ano talvez, até que ele sentiu "necessidade" de ter o dele. Sei as passwords dele dos login's que também uso. Jamais me passaria pela cabeça achar que só podia confiar nele se soubesse as pass's, que raio!

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    1. Pois, podemos saber as pass, mas não é obrigatório, certo? Mal estava a relação se dependesse disso. :)

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  3. Eu não tenho nada a esconder, mas da única vez que deixei o meu gmail e facebook aberto fiquei meio preocupada - simplesmente porque não me lembro de tudo que escrevo e ainda não estou preparada para ser um livro aberto! Não me preocupa conversas com rapazes, mas sim com as amigas - às vezes há coisas q eles não precisam saber! De qualquer forma, sinto que há confiança dos dois lados e que nenhum tem nada a esconder, o que é o importante! :)

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    1. Sim, o importante é confiarem um no outro, independentemente disso. Não tem que saber tudo tudo o que falas com as tuas amigas, porque a privacidade também é necessária. ;)

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  4. isto é tão verdade! conheço casos em que ambos tiveram logo de ficar a pass um do outro e posso afirmar que ao fim de uns tempos aquilo é o desrespeito total! não sou contra a cada um tenha a pass um do outro, ai podem ganhar a tal confiança, mas bem perdem o respeitinho que é tão bonito!

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  5. Nós sabemos as pass um do outro e no entanto não vamos lá. Eu apenas só uso o email do meu marido para confirmar as encomendas da fnac porque o cartão é dele.
    Concordo, isso não deve ser uma imposição mas quando não se tem muito a esconder não vejo o mal.

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